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COLUNA DO SPERANÇA
Rafael Fera pede desculpas pela PEC da Impunidade; Acir Gurgacz no Senado; e Confúcio Moura no governo

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Coluna de Carlos Sperança destaca articulações políticas em Rondônia, reconstrução da BR-319 no Amazonas e o impacto da imigração negra na economia do Sul do Brasil

Por Carlos Sperança - segunda-feira, 29/09/2025 - 08h59

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Nesta segunda-feira, 29, o jornalista Carlos Sperança aborda a movimentação da federação Brasil Esperança, que deve lançar Acir Gurgacz ao Senado e Confúcio Moura ao governo de Rondônia; o pedido de desculpas do deputado Rafael Fera após erro na votação da PEC da Impunidade; a reconstrução da ponte do rio Curuçá e o avanço das obras na BR-319 no Amazonas; além da chegada de imigrantes haitianos, venezuelanos e africanos que sustentam setores da economia no Sul do País e em Rondônia, em um contexto de envelhecimento populacional brasileiro.

Tempo louco

Rezar pela manhã, odiar à tarde e matar à noite é um comportamento desumano, mas há quem considere isso justo e natural, como se viu no assassinato amplamente televisionado do ativista conservador Charlie Kirk. Ele falava em Deus e defendia a matança quando foi atingido no pescoço por um jovem radical que resolveu praticar essas ideias contra o próprio autor.

A humanidade vive tempos de muita loucura. Há quem considere esses comportamentos desumanos consequência da piora das condições climáticas, que geram desequilíbrios em cascata, com verões tórridos e invernos enregelantes, secas com fogaréus e inundações quilométricas.

Aliás, não se pode excluir dessa terrível equação o recente alerta da Nasa sobre a expansão da Anomalia Magnética do Atlântico Sul. Localizada sobre o Brasil e parte do Oceano Atlântico adjacente, é um fenômeno que embora sendo natural é raro e, para assustar ainda mais, parece estar expandindo sua área de impacto.

O cometa que se aproxima da Terra já tem estratégias de combate, mas a anomalia magnética ainda não tem um diagnóstico de como afetará a humanidade, hoje tão dependente de satélites, sistemas eletrônicos, GPS radiocomunicação e redes elétricas. Nem ao menos se sabe ainda se o fenômeno está ligado a um processo de reversão dos polos magnéticos da Terra. Pode ser que rezar ajude, mas odiar e matar não vai melhorar as coisas.

Grande encontro

A federação Brasil Esperança realiza no próximo dia 4 de outubro em Ji-Paraná seu grande encontro estadual para discutir temas de interesse do estado e a construção de candidaturas da aliança ao governo estadual, Senado, nominatas destinadas para Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. A chamada Caravana da Esperança já reúne nove partidos e está encorpando com novas adesões. Acredita-se que a federação deverá lançar o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) ao Senado e o atual senador Confúcio Moura (MDB) ao Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual.

Ponte reconstruída

As lideranças políticas do Amazonas, lideradas pelo senador Eduardo Braga (MDB), comemoraram a reconstrução da ponte sobre o rio Curuçá, na rodovia 319, que desabou naquela grande cheia ocorrida em 2022. A ponte já está operando desde ontem e a expectativa agora é que o Dnit acelere as obras de reconstrução da ponte sobre o rio Autaz Mirim, também na estrada que conecta Porto Velho a Manaus e destruída pelas chuvas do inverno passado. As lideranças amazonenses estão numa nova expedição na BR-319 acompanhando as obras de recuperação da rodovia.

Pediu desculpas

De quem menos se esperava no episódio da votação da PEC da Impunidade, um pedido de desculpas pelo equívoco. A atitude partiu do deputado federal Rafael Fera (Ariquemes), aquele que substituiu Eurípedes Lebrão. Fera admitiu que se enganou na votação e se desculpou perante os seus eleitores. A grande verdade é que neste caso apenas a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil), da bancada rondoniense, se posicionou com voto contrário àquela proposta que beneficiava os parlamentares e dirigentes partidários encrencados com a justiça e até com impunidade futura.

A miscigenação

Nos primórdios da colonização brasileira, a escravidão tornou grandes cidades com população (casos de Salvador, Rio de Janeiro, Santos etc.) majoritariamente negras. Para reduzir o índice da tez escura no Brasil, as autoridades da época, visando branquear a população brasileira, liberaram e estimularam a migração de italianos, alemães, espanhóis, ucranianos e de outras nacionalidades europeias. Séculos depois desta medida, o Sul do Brasil está recebendo uma verdadeira explosão de imigrantes negros, a partir da chegada de haitianos, venezuelanos e novos habitantes de outros países africanos.

Os benefícios

Ainda existem brasileiros que resistem a esta migração negra no País, seja em Porto Velho ou nos estados do Sul, onde os ônibus de transportes coletivos trafegam entulhados de operários negros. Mas vejam só os benefícios desta imigração de haitianos, venezuelanos e africanos em Rondônia e nos estados do Sul do País, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: não fossem estes imigrantes, o Sul estaria com a sua economia paralisada. São eles que estão tocando os supermercados, frigoríficos, cooperativas e a construção civil. Sem essa mão de obra, a economia estaria caótica por lá. É preciso lembrar ainda que a população brasileira está diminuindo e aumentando muito o índice dos idosos. Para o quesito aposentadorias futuras dos brasileiros, também eles são bem-vindos.

Via Direta

*** O nosso inverno amazônico está começando e eis aí um grande teste, um verdadeiro desafio para a popularidade do prefeito Leo Moraes: as alagações neste período. *** Nesta estação geralmente os prefeitos são xingados pela população devido a um histórico de alagamentos das casas, de bairros na região periférica e nas vilas mais baixas da Zona Leste da capital. *** Seguem as comemorações alusivas aos 111 anos do município de Porto Velho com sua sofrida população padecendo com sérios problemas de saúde pública, abastecimento de água encanada, coleta de esgoto e segurança pública. *** Já estão fuçando a ficha corrida do diretor do Detran-RO Sandro Rocha no Acre. É que ele foi demitido por lá.

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





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