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Terceira morte por suspeita de intoxicação por metanol é registrada na Grande São Paulo

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Casos confirmados envolvem São Bernardo do Campo e a capital paulista; autoridades intensificam monitoramento

Por Informa Rondônia - segunda-feira, 29/09/2025 - 18h24

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Porto Velho, RO – A Prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou nesta segunda-feira (29) a terceira morte na Grande São Paulo com suspeita de intoxicação por consumo de bebida adulterada com metanol. O município já havia registrado um óbito no dia 24 de setembro e notificou que um homem de 45 anos morreu no sábado (27) em hospital particular. O Instituto Médico Legal (IML) da cidade investiga a causa dos dois falecimentos.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a morte de um homem de 54 anos, ocorrida em 15 de setembro na região da Mooca, também está sob apuração. Segundo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), profissionais do Centro de Controle de Intoxicações (CCI-SP) foram orientados a identificar sinais clínicos, agilizar o diagnóstico e garantir notificação dos casos suspeitos.

De acordo com dados da prefeitura, foram registrados 14 casos de possível intoxicação por metanol na cidade de São Paulo ao longo deste ano. A recomendação é que os consumidores adquiram apenas bebidas com rótulo, selo fiscal e lacre de segurança.

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo informou que, desde junho, duas mortes já haviam sido confirmadas pela substância no estado. Nesse período, seis casos de intoxicação foram constatados e outros dez permanecem em investigação.

Em nota, o CVS ressaltou que “bares, empresas e demais estabelecimentos devem redobrar a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos”, e alertou que a população deve evitar itens de origem duvidosa.

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, emitiu alerta na sexta-feira (26) sobre o aumento de notificações relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas no estado. O comunicado destacou que os episódios ocorreram em curto espaço de tempo e em ambientes sociais, com registros envolvendo diferentes tipos de destilados.

O órgão chamou a atenção para o risco de “surtos epidêmicos” em decorrência da adulteração, considerando a elevada taxa de letalidade associada ao metanol.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol é um composto da família dos álcoois (CH3OH), inflamável e incolor, utilizado na indústria química como insumo para adesivos, solventes, plásticos e combustíveis. A substância não pode ser destinada ao consumo humano, já que pequenas doses podem provocar intoxicação grave e morte.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece limites residuais muito baixos de metanol que podem aparecer em bebidas alcoólicas de forma natural, em razão da fermentação. O órgão reforça que esses limites não representam autorização de uso, mas apenas o reconhecimento de que traços inevitáveis podem estar presentes.

O Procon-SP orienta os consumidores a observarem indícios de adulteração, como lacres ou tampas irregulares, rótulos desalinhados, falhas de impressão, ausência de informações obrigatórias ou preços muito abaixo do mercado.

Entre os sintomas de intoxicação relatados estão visão turva, dor de cabeça intensa, náuseas, tontura e alteração do nível de consciência. Em situações suspeitas, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico de urgência.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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