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Porto Velho sem parabéns!

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Cidade completa 111 anos marcada por críticas à falta de saneamento, gestão pública e festas bregas

Por Professor Nazareno - quinta-feira, 02/10/2025 - 08h01

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Na coluna desta quinta-feira, 02, o Professor Nazareno fala sobre os 111 anos de Porto Velho, questionando a ausência de avanços estruturais e sociais ao longo de mais de um século de existência.

Ele critica os índices de saneamento básico e de água tratada, a condução política da cidade e até as festas de comemoração, que, segundo ele, refletem improviso e breguice.

O articulista também aponta que, mesmo com a promessa de investimentos federais, a capital segue acumulando deficiências históricas e sendo marcada por gestões municipais ineficazes.

Professor Nazareno*

Hoje, dia 2 de outubro, Porto Velho, a eterna e inabitável “Capital de Roraima”, está incrivelmente completando 111 anos de existência. Apesar das festas programadas, não há absolutamente nada para se comemorar na cidade mais porca, fedida, imunda e sebosa do Brasil. Dentre as 27 capitais do país, a “cidade das hidrelétricas” ostenta o último lugar em saneamento básico e em água tratada. Aqui se convive com menos de três por cento de esgotos sanitários e menos de 40 % de água encanada. Com mais de um século de sujeira e de desorganização, o lugar é uma curva de rio que nem de longe pode ser comparado a algumas cidades localizadas no sul e no sudeste do Brasil. A “capital do descaso” sempre foi mal administrada e por isso apresenta deficiências em quase todos os setores urbanos. Nunca, nenhum prefeito lhe deu ou lhe fez qualquer uma benfeitoria.

Só que além de suja, esquecida, distante, pobre e lodosa, Porto Velho também é muito brega. Seria, afinal de contas, uma cidade do “Brasil do Norte”, como disse Paulo Bilynskyj, deputado federal bolsonarista pelo PL de São Paulo. Ideologicamente é uma cidade estranha, totalmente fora de contexto, pois quase 70 por cento de seus eleitores apesar de serem pobres e miseráveis, são da extrema-direita que só elegem candidatos conservadores e reacionários. Aqui não há festa do padroeiro e as comemorações festivas acontecem geralmente fora de época. Agora mesmo, o dia 2 de outubro terá o feriado adiado para o dia seguinte somente por ser uma sexta-feira. Até as próprias autoridades locais muitas vezes não se interessam muito pela data de criação do município. O 4 de janeiro, por exemplo, que é uma data do Estado, já foi mudado várias vezes.

Um absurdo!

O mesmo acontece como o arraial Flor do Maracujá. Uma festa junina sem santo, mal feita, sem nenhum sentido e que nunca teve data certa para acontecer na cidade. A breguice crônica de Porto Velho está também nas festas que a cidade tenta promover. Para esses 111 anos de aniversário estão dizendo que a Maria Fumaça, uma locomotiva velha, obsoleta, cheia de ferrugem, imprestável e ultrapassada vai dar o ar da graça. A festa matuta terá também um bolo com 111 metros de tamanho. Quanta criatividade, meu Deus! Quanta inovação na “cidade sebenta!”. A breguice porto-velhense só não é maior do que a apresentação de uma cantora que foi escolhida a dedo para divertir a todos com suas músicas igualmente bregas e cafonas. Teremos festa na roça de novo. Deve ser a festa de aniversário mais bizarra já vista.

Roberto, Caetano, Gil, Chico nunca viriam aqui.

Fala-se que o governo Lula, por meio do PAC 2, estará mandando mais de 200 milhões de reais para arrumar a cidade. Tomara que o prefeito “influencer” Léo Moraes faça alguma coisa com toda essa grana. Espera-se que ele construa pelo menos alguns centímetros a mais de saneamento básico e aumente um pouco o número de pessoas beneficiadas com água tratada. Em Porto Velho quase ninguém bebe água da torneira, coisa até normal em muitas outras cidades do país. Mauro Nazif fez um inesquecível Natal com pneus velhos envergonhando a todos os munícipes. Hildon Chaves disse que ia beijar, abraçar e acariciar a cidade. Não teve coragem. Já o atual prefeito, praticamente se elegeu por que “dançou” numa poça de lama lá na rua Guaporé com a Rio de Janeiro antes das eleições. Porto Velho é uma prostituta velha e abandonada, uma capital sem eira nem beira, uma currutela fedida. Parabéns, nada! Meus pêsames! Pena de seus moradores!

*Foi Professor em Porto Velho.

AUTOR: PROFESSOR NAZARENO





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