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Reservas de Confúcio: decisão que virou fantasma político e segue cobrando explicações do senador

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E mais: os desdobramentos das reservas ambientais, estatísticas de desaparecidos em Rondônia e a defesa do vereador Tiago Tezzari sobre a PPP do lixo em Porto Velho

Por Cícero Moura - quinta-feira, 02/10/2025 - 08h22

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Na coluna desta quinta-feira, 02, o jornalista Cícero Moura aborda o constrangimento vivido pelo senador Confúcio Moura ao ser cobrado em público sobre as reservas ambientais criadas em seu governo, tema que segue rendendo disputas políticas, judiciais e sociais.

O texto também detalha os dados oficiais sobre pessoas desaparecidas em Rondônia, esclarecendo índices inflados por ausências temporárias, e apresenta a nota do vereador Tiago Tezzari, que defende tecnicamente o novo contrato da Parceria Público-Privada da coleta de lixo em Porto Velho.

CONSTRANGIMENTO

O senador Confúcio Moura (MDB) tem enfrentado situações constrangedoras em visitas ao interior de Rondônia. Na última terça-feira (30), em Costa Marques, acabou acuado por um morador que, em vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, cobrou explicações sobre um dos capítulos mais polêmicos de sua passagem pelo governo estadual: a criação de 11 reservas ambientais, decretadas no apagar das luzes de sua gestão.

INCOMODADO

O parlamentar, visivelmente desconfortável, respondeu inicialmente que a Assembleia Legislativa estaria buscando alternativas para o impasse, mas quando questionado se estaria arrependido da medida, preferiu se retirar sem completar a resposta.

ENTENDIMENTO

O gesto, mais do que o silêncio, falou alto sobre o peso político que o tema ainda carrega. Desde que foram instituídas, as chamadas “reservas de Confúcio” se tornaram combustível para debates políticos, judiciais e sociais.

FAMÍLIAS

Estima-se que cerca de 4.500 famílias tenham sido atingidas pelos decretos, com restrições de uso da terra e insegurança jurídica.

PARLAMENTO

A Assembleia Legislativa abriu uma CPI das Reservas Ambientais, cujo relatório final, com 129 páginas, apontou indícios de irregularidades: reaproveitamento de estudos ambientais, ausência de audiências públicas e descumprimento de etapas legais.

CPI

O documento, encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça, ainda recomenda auditorias, revisão de limites territoriais e maior participação das comunidades afetadas.

ACORDOS

Ao mesmo tempo, contratos de crédito de carbono firmados pelo Estado naquela época entraram na mira da Justiça: um deles, com a Permian Brasil, já foi anulado; outro, com a Biofílica, segue em análise.

SEM ARREPENDIMENTO

Confúcio, por sua vez, nunca demonstrou arrependimento. Em entrevista à SIC TV, em janeiro de 2024, reafirmou que criaria novamente as reservas.

REALIDADE

O problema é que o discurso não encontra respaldo nas consequências práticas. As famílias afetadas se tornaram o centro de embates políticos e judiciais, e a própria Assembleia Legislativa, presidida por Alex Redano (Republicanos), reconheceu a dimensão do impasse ao acionar o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) para tentar acordos.

FATO

O senador, que sempre buscou cultivar uma imagem de moderação e equilíbrio, vê-se agora às voltas com um tema que insiste em reaparecer como calcanhar de Aquiles.

GRAVAÇÃO

O vídeo em Costa Marques mostra bem isso: a pressão popular não se dissolveu com o tempo, e a cada aparição pública, a lembrança das reservas volta como fantasma.

CONTRADIÇÃO

Mais do que uma disputa técnica sobre preservação ambiental, o episódio escancarou a fratura entre governo, sociedade e interesses locais. Confúcio pode até insistir que “faria de novo”, mas é inegável que sua decisão se transformou em uma herança controversa, que gera constrangimento e mina o discurso de harmonia que sempre buscou vender.

DESAPARECIDOS

Sobre a coluna de ontem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Rondônia, informou que vem intensificando o trabalho de investigação voltado a pessoas desaparecidas.

DESAPARECIDOS 2

Os levantamentos realizados apontam que 96,8% das ocorrências registradas como desaparecimento tratam-se, na verdade, de ausências temporárias.

DESAPARECIDOS 3

Em parceria com a Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia Especializada (DPE), a Secretaria intensificou as ações com o objetivo de esclarecer o elevado número de registros no ano de 2025.

FAMÍLIA

A apuração demonstrou que a maioria desses casos está relacionada a conflitos ou situações familiares.

IN-LOCO

O Núcleo de Pessoas Desaparecidas realizou contato com os comunicantes e constatou que, das 600 ocorrências registradas, 96,8% correspondiam a ausências temporárias.

PARCIAL

Grande parte das pessoas retorna espontaneamente ao lar, enquanto outras se afastam por vontade própria, “dando um tempo” do convívio familiar.

MENOS DE 4%

Apenas 3,2% representam desaparecimentos efetivos, e, entre estes, os casos relacionados a homicídios já foram praticamente todos elucidados.

NACIONAL

É importante destacar que Rondônia aderiu ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

SIMULTÂNEO

Dessa forma, todo registro feito no Estado alimenta automaticamente a base nacional, o que explica o número elevado.

SEM AVISO

Contudo, quando a pessoa retorna para casa, nem sempre os familiares informam à Delegacia de Polícia Civil, o que mantém o nome/número da ocorrência ativo no sistema e contribui para a impressão de índices mais altos do que a realidade, gerando, por vezes, um alarme social desnecessário.

PREOCUPAÇÃO

A SESDEC reforça um dos títulos da coluna de ontem: “A dor do desaparecimento é silenciosa e não será ignorada! No entanto, destaca que os números apresentados não condizem com a realidade.

TRABALHO

Embora o índice de desaparecidos seja considerado pequeno, “a Polícia Civil continuará as buscas até que todas as ocorrências sejam devidamente esclarecidas,” afirma o diretor do Departamento de Polícia Especializada, Delegado José Marcos Rodrigues Farias.

EXPLICAÇÃO

O vereador Tiago Tezzari enviou nota para esclarecer as informação divulgadas na coluna de terça-feira, que tratou sobre o novo contrato de coleta de lixo na capital, que passa a vigorar a partir de hoje.

COERÊNCIA

O vereador diz que mantém uma postura técnica e coerente sobre a gestão de resíduos sólidos no município de Porto Velho, especialmente em relação ao modelo de Parceria Público-Privada (PPP).

DEFESA

Tiago diz que defende de forma consistente e fundamentada essa política porque acredita que ela representa a solução mais viável e sustentável para os desafios que a cidade enfrenta.

CRIADOR

Ele afirma que participou da elaboração da PPP como membro da equipe técnica responsável, trabalhando por quatro anos para estruturar uma concessão robusta, com parâmetros técnicos, operacionais e jurídicos voltados para as necessidades de Porto Velho e, especialmente, para regiões vulneráveis como o Baixo Madeira.

SERVIÇO

O vereador aponta que está comprometido em oferecer um serviço de qualidade que atenda a todos os munícipes.

CONTRÁRIO

Disse que foi contrário a Proposta que visava derrubar a Lei 3.174/2024, responsável pela regulamentação da concessão da PPP.

CONTRÁRIO 2

Diz que essa postura é resultado de uma análise técnica minuciosa, pois entendo que revogar essa legislação traria sérias consequências, como a interrupção de serviços essenciais e o agravamento de problemas em comunidades vulneráveis.

DESEJO

Tiago diz que seu objetivo é garantir que todas as áreas do município, sem exceção, sejam atendidas de forma eficiente pela concessão.

FRASE

Quem não enfrenta as próprias sombras jamais compreenderá a luz.

AUTOR: CÍCERO MOURA





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