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GUERRA À VISTA?
Trump afirma que Hamas enfrentará “aniquilação completa” caso não entregue o controle de Gaza

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Presidente dos Estados Unidos diz à CNN que plano inclui libertação de reféns e desarmamento do grupo palestino em troca de suspensão dos ataques israelenses

Por Informa Rondônia - domingo, 05/10/2025 - 09h57

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Porto Velho, RO – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em entrevista à CNN que o Hamas sofrerá “aniquilação completa” caso se recuse a ceder o poder e o controle da Faixa de Gaza. A declaração foi feita no sábado (4) e exibida no domingo (5).

Questionado se o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoia o fim dos bombardeios na região, Trump respondeu: “Sim, Bibi está de acordo”. Ele acrescentou que espera saber em breve se o Hamas está disposto a se comprometer com a paz.

Segundo o presidente, o plano norte-americano exige que o grupo palestino devolva os 48 reféns — cerca de 20 deles ainda considerados vivos por Israel —, abandone o poder e se desarme. Em contrapartida, Israel libertaria centenas de prisioneiros palestinos e encerraria a ofensiva militar em Gaza.

O acordo, aceito por Netanyahu, não prevê a criação de um Estado palestino. O Hamas, por sua vez, aceitou apenas três pontos: a libertação de todos os reféns, a entrega do poder e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

De acordo com o repórter William Christou, o movimento palestino informou que os demais aspectos do plano devem ser debatidos junto a outras facções, por se tratar de uma “posição nacional coletiva”. Na prática, o Hamas busca novas negociações sobre os pontos mais sensíveis da proposta de Trump, como o desarmamento e o estabelecimento de um cronograma para a retirada total das forças israelenses.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também se manifestou no domingo (5) em entrevistas à CBS News e à NBC. Ele afirmou que a interrupção dos bombardeios israelenses é necessária para garantir a segurança durante a libertação dos reféns. “Não é possível liberar reféns em meio a ataques, então as operações terão de parar”, disse à CBS.

Rubio informou ainda que o Hamas “basicamente” concordou com a proposta e que reuniões técnicas estavam em andamento para definir os detalhes logísticos. “Eles aceitaram, em princípio e de forma geral, a ideia sobre o que acontecerá depois”, declarou.

O secretário afirmou que os Estados Unidos saberão “muito rapidamente” se o grupo está agindo de boa-fé durante as conversas técnicas sobre a libertação dos reféns. Segundo ele, a prioridade é obter a liberação total dos sequestrados em troca de um recuo de Israel até a chamada “linha amarela”, posição mantida dentro de Gaza em meados de agosto.

Rubio classificou a segunda fase do plano — a que trata do futuro político da Faixa de Gaza — como a mais complexa. “Depois que Israel recuar, como se cria uma liderança palestina tecnocrática que não seja o Hamas? Como desarmar grupos que constroem túneis e conduzem ataques contra Israel? Como desmobilizá-los?”, questionou. “Todo esse trabalho será difícil, mas essencial, porque sem ele não haverá paz duradoura.”

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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