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COLUNA DO SPERANÇA
Fernando Máximo em ascensão; Marcos Rogério segue orientação de Bolsonaro; e Leo Moraes amplia alianças em Porto Velho

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Cenário político rondoniense ganha contornos definidos com movimentações no PL, alianças estratégicas da Prefeitura de Porto Velho e disputas acirradas por vagas na Câmara dos Deputados em 2026

Por Carlos Sperança - terça-feira, 07/10/2025 - 08h52

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Nesta terça-feira, 07, o jornalista Carlos Sperança aborda o avanço de Fernando Máximo como nome de consenso no PL de Rondônia, a decisão de Marcos Rogério em seguir a recomendação de Jair Bolsonaro para buscar a reeleição ao Senado e o fortalecimento político do prefeito Leo Moraes, que amplia alianças em Brasília e entre antigos adversários locais. O texto também percorre as projeções eleitorais para 2026 e o impacto das tradicionais alagações na popularidade dos gestores da capital.

Negociar sempre

A disposição do presidente Lula da Silva de negociar com os EUA não é um gesto de “livre e espontânea pressão”, como se poderia supor diante da truculência do presidente Donald Trump ao impor tarifas injustificadas e fazer uma mistura maluca de negócios de Estado com interesses políticos menores. Quando se tem a dignidade de ignorar o absurdo, uma situação pode ser considerada sem melindres. Neste caso, o Brasil, como Estado e nação, não tem vantagem alguma em abrir confronto com os EUA – a vantagem está em negociar, sempre mais e melhor. 

Se o presidente brasileiro fosse um desses líderes familiares que só pensam em si e nos próprios negócios ou ditador que se beneficia de peitar potências estrangeiras, como ocorre na Coreia do Norte, levaria vantagem para si, mas prejudicaria a nação. A atitude correta é se dispor a negociar tudo que não implique abrir mão da soberania nacional nem da democracia, duramente conquistada, enfrentando golpes violentos baseados em mentiras.

Qualquer outra atitude fora da mesa de negociações seria prejudicial ao país, quando se considera que ao compartilhar a Amazônia com outras oito nações o Brasil não pode pensar apenas em si mesmo, menos ainda em interesses pessoais ou familiares de quem não tem vergonha de danificar as relações entre nações e povos apenas por egoísmo político-eleitoral. A atitude vencedora é negociar aberta e honestamente, pensando no bem geral.  

Projeções 2026

Na mais renhida disputa a Câmara dos Deputados em Rondônia desde 1982, quando foram realizadas as primeiras eleições estaduais, é possível constatar algumas postulações levando vantagens no pleito 2026. No Cone Sul rondoniense, descartada a candidatura de Natan Donadon, é muito provável que a região de Vilhena volte a emplacar um parlamentar federal. No caso Ezequiel Neiva, atual deputado estadual. Em Ji-Paraná, tudo está se encaminhando para a eleição do ex-prefeito da capital da BR, Jesualdo Pires. Em Ouro Preto do Oeste e Bacia Leiteira, os indicativos são em torno da reeleição do deputado federal Lucio Mosquini.

Apostas difíceis

Temos apostas difíceis nesta peleja dos federais. Vejam o caso de Ariquemes e Vale do Jamari, que tem dois deputados federais. Thiago Flores, uma liderança já consolidada graças as boas administrações na prefeitura de Ariquemes e o emergente Rafael Fera, um transloucado suplente que acabou assumindo o cargo. Com apoio do grupo político da prefeita Carla Redano e do presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano, acredita-se que Thiago garanta sua reeleição. Para o bem de Ariquemes e região, que Fera seja reprovado nas urnas. A região também conta com outras lideranças emergentes – e outras já decadentes.

Região do Café

Na Região do Café e Zona da Mata estão em evidencia as postulações a Câmara dos Deputados de Joliane Furia (PSD), muito bem votada nas eleições de 2022, do ex-senador Expedito Junior, buscando retomar sua carreira depois de seguidos fracassos, da maninha do ex-governador Ivo Cassol Jaqueline, do ex-deputado federal Luís Claudio. Uma eleição equilibrada, mas surgindo também novas lideranças na Região do Café, polarizada por Cacoal e Zona da Mata, como polo irradiador de influência, o município de Rolim de Moura. A região sempre projeta novas lideranças políticas. Vamos ver em 2026 como serão as coisas.

As alagações 2025

Com o inverno amazônico dando as caras em Porto Velho já é previsível que teremos mais um ano sofrido, principalmente nas regiões mais baixas da cidade, prejudicadas com as primeiras tempestades. Mas será possível verificar que alguns pontos críticos estarão debelados. As alagações tradicionalmente têm causados também estragos na popularidade dos prefeitos e dos governadores na capital rondoniense. Mas a conta recai geralmente nas costas do prefeito em mandato, principalmente na Zona Leste, uma região mais baixa cujas principais ruas e avenidas acabam se deteriorando nesta estação.

PL em debate

 O PL de Rondônia encerrou em Porto Velho uma série de encontros no estado, denominados de Rota 22, que é o número do partido, discutindo questões relacionadas ao estado. O partido ainda não definiu se terá candidato ao governo estadual. Por enquanto o senador Marcos Rogério (PL-RO) segue a orientação do chefe Bolsonaro para sair a reeleição, cuja recomendação veio através da sua esposa, a ex-primeira dama Michele Bolsonaro. Com isto, Rogério, obediente ao Jair Messias deixará de disputar o governo estadual, cedendo a primazia ao deputado federal Fernando Máximo.

Via Direta

 *** Mantendo bom relacionamento com deputados federais e senadores o atual prefeito de Porto Velho Leo Moraes tem conquistado importantes recursos através de emendas parlamentares para sua administração *** Até está pulando cirandinha com antigos adversários como o deputado federal Mauricio Carvalho (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (PL-RO) *** Duas regiões poderão ser prejudicadas pelo número excessivo de candidatos a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados. Falo de Ji-Paraná na região central e de Vilhena, no Cone Sul rondoniense *** Pesquisas recentes apontam o baita endividamento da população para o fluxo reduzido de consumidores no comercio lojista. É coisa de louco! 

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





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