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COLUNA DO SPERANÇA
Confúcio Moura em Guajará-Mirim; Sérgio Gonçalves tenta reagir nas pesquisas; e vereadores escandalizam Rondônia

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Enquanto Confúcio Moura lidera movimento político e inaugura obras na fronteira, o vice-governador Sérgio Gonçalves enfrenta resistência dentro da própria base

Por Carlos Sperança - quarta-feira, 15/10/2025 - 08h57

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Nesta quarta-feira, 14, o jornalista Carlos Sperança aborda as movimentações políticas e sociais que marcaram a semana em Rondônia. O senador Confúcio Moura lidera o movimento Caminhada da Esperança em Guajará-Mirim e projeta novos encontros regionais. Ao mesmo tempo, o vice-governador Sérgio Gonçalves tenta reverter sua baixa performance nas pesquisas rumo ao governo estadual, enfrentando resistência até entre aliados. Já no campo municipal, escândalos envolvendo vereadores de Porto Velho e Ji-Paraná, acusados de rachadinha, fantasmas e atos obscenos, reacendem o debate sobre a impunidade na política local.

A resposta sopra ao vento

Perguntar qual será o futuro das cidades amazônicas é fundamental quando se pensa em soluções para os problemas atuais e em planejamento para resolvê-los, projetando condições mais adequadas para o amanhã. Mas antes é preciso investigar, por meio de todos os recursos disponíveis, porque já existiram grandes cidades na Amazônia e elas desapareceram. 

Estudo de autores do Equador, EUA e Holanda publicado na revista Nature investiga por que o povo upano, residente em um vale entre a Cordilheira dos Andes e a floresta amazônica, depois de viver mais de um milênio em sua grande metrópole – a “Cidade Perdida da Amazônia” – abandonaram a região.   

O estudo vai fundo no passado. Encontra o início do cultivo do milho ao redor de 570 a.C., remontando as mudanças no uso da terra na fase de ocupação que incluíam corte e queima, cobertura morta e silvicultura. “Um declínio gradual na exploração florestal pressagiava um aparente abandono do local por volta de 550 d.C.”, reporta o estudo. 

“Uma onda muito posterior de uso da terra que começou por volta de 1500 d.C., juntamente com o abandono e uma sucessão influenciada por um clima mais quente e úmido, produziu uma composição florestal distinta e única nos últimos 120 anos”. Não está dito no estudo, mas nas entrelinhas aflora a questão: o fim da grande cidade decorreu de mudanças climáticas? 

Na fronteira

Nesta sexta-feira, dia 17, Guajará Mirim sedia dois eventos importantes. O primeiro é uma audiência pública tratando da questão da ponte binacional Brasil-Bolívia. Outro encontro, é de caráter político, envolvendo o movimento Caminhada da Esperança, que reúne oito agremiações, sob a liderança do senador Confúcio Moura (MDB), do ex-senador Acir Gurgacz (PDT), da deputada estadual Claudia de Jesus (PT), do presidente do PC do B Francisco Pantera e dirigentes dos demais partidos envolvidos na aliança. Na sequência de eventos, o movimento terá outro fórum estadual, no próximo dia 27 em Cacoal.

Mãos abanando

 Integrantes da caravana afirmam que enquanto o senador Confúcio Moura comparece nos municípios rondonienses lançando importantes obras, como a ponte binacional em Guajará Mirim, a restauração da BR 364, hospitais e outras obras do PAC, os bolsonaristas visitam o estado de mãos abanando. Os deputados e senadores conservadores de Rondônia tem tido uma atuação apagada na Câmara dos Deputados e no Senado nesta legislatura, ao contrário da época do presidente Jair Messias, quando o senador Marcos Rogério foi um dos destaques, carreando grandes recursos para o estado

Pagando caro

Os estados do Sul do País estão pagando muito caro pelo desmatamento nas últimas décadas e, por conseguinte, sofrem com as mudanças climáticas estabelecidas. Tempestades violentas, chuvas de granizo do tamanho de uma bola de tênis, destruição de casas e estabelecimentos comerciais, gado trucidado pela intensidade de raios, quedas de energia envolvendo milhares de residências, praias destruídas com o avanço do mar e constantes marés altas, tudo resultando milhões e milhões de prejuízos para a economia sulista. Alguns municípios já recorrem para o reflorestamento para diminuir a intensidade das ventanias.

Cultura sulista

Verdadeiras saúvas, agricultores paranaenses, catarinenses e gaúchos trouxeram do sul do País a cultura do desmatamento fomentado pelo governo federal que estabelecia a necessidade do parceleiro desmatar sua propriedade para garantir o módulo rural. Com capixabas saúvas, mineiros e baianos igualmente saúvas, todos se juntaram e Rondônia chegou ao ponto que está, ou seja, enfrentando ventanias e tempestades de lascar, além de chuvas torrenciais no inverno e estiagens bravas no verão amazônico. Fico imaginando a situação nos próximos anos em Rondônia, se assemelhando aos desastres naturais do Sul maravilha.

Com otimismo

Fraquejando nas primeiras pesquisas para a disputa do governo estadual, o vice-governador Sergio Gonçalves, virtual candidato do União Brasil, mantém seu otimismo, garante que está pronto para os debates e reverter a incomoda atual situação. Parte da base do atual governador Marcos Rocha, que vai disputar o Senado, não quer o vice-governador como postulante ao CPA Rio Madeira nem pintado de ouro e acredita que ele não terá condições, mesmo com a máquina estadual na mão de reverter a situação adversa. Se dependesse da militância conservadora o candidato a governador seria Fernando Máximo ou Marcos Rogério.

Via Direta

*** Em Porto Velho, com vereador afastado pela justiça pelo escândalo das rachadinhas e contratação de funcionários fantasmas. Em Ji-Paraná, um vereador pediu afastamento por se masturbar em via pública *** Em nenhum caso sequer foi cogitado a cassação dos seus mandatos. Tudo por aqui passa pelo jeitinho rondoniense de acobertamento.  E os infratores ameaçam abrir o bico caso punidos ***Imobiliárias e corretores de imóveis, urrando há meses, estão felizes com as novas medidas econômicas ampliando as possibilidades de financiamento da casa própria *** Com isto a classe média volta as compras. O que ainda incomoda é a brutal taxa de juros, mas nada que não diminua em época de eleição…

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





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