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FALANDO SÉRIO
Rondônia mostra eficiência contra facções; Rogério politiza segurança; Justiça define coleta em Porto Velho

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A operação policial “Contenção” no Complexo do Alemão e da Penha escancarou o improviso e o populismo na gestão da segurança pública no Rio de Janeiro

Por Herbert Lins - quinta-feira, 30/10/2025 - 15h34

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CARO LEITOR, a operação policial “Contenção” no Complexo do Alemão e da Penha na cidade do Rio de Janeiro escancarou o improviso e o populismo na gestão da segurança pública do governador de extrema-direita Cláudio Castro (PL-RJ). O espetáculo bélico inviabilizou a circulação de pessoas, bens, mercadorias e serviços mediante um bloqueio territorial descoordenado imposto em uma área com cerca de 200 mil habitantes e aproximadamente 500 mil transeuntes em 5,2 km². Além disso, gerou colapso urbano, agravou o temor coletivo, alimentou o pânico moral, a previsibilidade e a regularidade das ações policiais, ganhou mídia nacional e internacional negativa, disseminando a percepção generalizada de insegurança. Neste caso, o governo do Rio de Janeiro produziu medo e desorientação social, atingindo diretamente o funcionamento cotidiano da cidade, impondo-lhe prejuízos econômicos, políticos, sociais e de imagem. Já a extrema-direita ficou muda quando a Operação Oculto pegou o PCC e a Faria Lima sem disparar um tiro, mas comemora a Operação Contenção no Rio de Janeiro com saldo de mortes de policiais, civis inocentes e peixes pequenos do tráfico.

Sabotar

A Operação Contenção, realizada na última terça-feira (28) pelas polícias civil e militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais. A megaoperação sem capturar os cabeças do Comando Vermelho (CV) terminou por sabotar o trabalho de inteligência e investigação das próprias polícias.

Planejamento

A falta de planejamento adequado para a realização da Operação Contenção se revela na condução por agentes generalistas, ou seja, não trabalham em unidades especializadas e nem têm qualificação em operações policiais de alto risco. Neste caso, policiais convencionais que tocam a rotina burocrática nos quartéis, o que resultou no aumento da letalidade e vitimização.

Geografia

Quando estudamos Geografia do Crime, aprendemos que não se deve matar as galinhas dos ovos de ouro da investigação e da inteligência. Paradoxalmente, ao matar 64 supostos bandidos, o Estado prestou um serviço ao crime organizado, eliminando possíveis integrantes de sua base criminal-comercial que poderiam servir de informantes e facilmente substituíveis.

Guerra

Criou-se uma guerra de narrativas da extrema-direita em direção ao Governo Federal. Convenhamos, não se pede apoio federal com blindados como quem pede emprestada uma xícara de chá. Não é possível colocar as Forças Armadas na rua sem compartilhar o planejamento, o comando, o controle e dividir responsabilidades nos acertos e erros de uma operação complexa de combate ao crime organizado.

Enganoso

Conversei com um oficial da Polícia Militar – pediu reserva de fonte jornalística. Esse foi enfático em dizer que “nada mais enganoso do que afirmar que a falta de integração com o governo federal numa operação policial de combate ao crime organizado deriva da ausência de legislação específica”. Segundo ele, “os dispositivos normativo-legais que já existem permitem realizar operações integradas e forças-tarefas com resultados efetivos e transparentes.”

Permanecem

Os núcleos dirigentes do Comando Vermelho permaneceram nos condomínios de luxo, protegidos pelos soldados do tráfico e pela polícia. Além dos agentes estatais, parceiros do crime e milicianos. Já a operação policial “Contenção” desenhou-se como uma operação “instagramável”, escancarando o improviso e os fins eleitoreiros.

Desabafo

A indignação e o forte desabafo do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que também é pastor, no uso da Tribuna da Câmara dos Deputados, revelou que quatro jovens pertencentes à sua igreja, sem envolvimento com o crime organizado, foram assassinados pela polícia na Operação Contenção. Segundo Otoni “foram colocados no pacote como bandidos. Vão ficar como bandidos porque são pobres e pretos.”

Defendeu

O senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) ocupou a Tribuna do Senado para lamentar o saldo da Operação Contenção de combate ao CV no Rio de Janeiro. Ele também defendeu uma abordagem mais ampla para enfrentar o problema da criminalidade no país. Um fala acertada.

Palanque

O senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) também criticou o Governo Federal e afirmou que o “desgoverno Lula negou três vezes ajuda no combate aos traficantes”. Rogério esqueceu que não se pode colocar blindados na rua sem compartilhar o planejamento, o comando, o controle e dividir responsabilidades. O resto é palanque eleitoreiro.

Esquece

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-Porto Velho), em tom crítico, comparou o cenário no Rio à Faixa de Gaza e responsabilizou o Governo Federal pela escalada da criminalidade. O coronel esqueceu de falar no seu pronunciamento que a responsabilidade da segurança pública é dos governos estaduais.

Reflexo

O deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil), líder da bancada federal, disse que a segurança pública precisa ser prioridade máxima e o Brasil não pode conviver com o medo. Por sua vez, destacou a gravidade da situação e classificou a Operação Contenção no Rio de Janeiro como reflexo do “narcoterrorismo” que ameaça o país.

Paralelo

O deputado federal Thiago Flores (Republicanos-Ariquemes) lamentou as mortes, afirmando que cada vida ceifada na Operação Contenção no Rio de Janeiro de combate ao CV revela o preço de um Estado que, por omissão ou conivência, deixou crescer o poder paralelo.

Validando

O delegado Thiago Flores, ex-prefeito de Ariquemes e atualmente no exercício do mandato de deputado federal, disse ainda que é triste viver sob a égide de um ministro da Justiça que não considera as facções criminosas brasileiras como terroristas, validando o discurso dos EUA para derrubar governos não alinhados à Casa Branca na América Latina.

Expressou

O deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos-Ariquemes) expressou apoio às forças de segurança, em especial, dos policiais do BOPE, PMRJ, PCRJ e a todos que atuaram na Operação Contenção de combate ao CV no Rio de Janeiro, afirmando que honram a farda e a missão de proteger vidas.

Evidente

É preciso reconhecer o preparo das forças de segurança pública em Rondônia no combate ao crime organizado, em especial, às facções criminosas. Em janeiro deste ano, ficou evidente a integração das forças de segurança pública, bem como o planejamento, o comando, o controle, a integração e a divisão de responsabilidades com resultados efetivos e transparentes.

Destaca

A coluna destaca a coragem do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho), a firmeza do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), bem como a atuação do secretário de Segurança Pública, Coronel Vital, e do comandante geral da briosa Polícia Militar, Coronel Braguim, além dos delegados e policiais civis e militares no combate às facções criminosas no início do ano em Porto Velho.

Entrega

Falando em firmeza, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) precisa definir o início e a entrega das obras de reformas das escolas estaduais Castelo Branco e Getúlio Vargas, ambas se encontram fechadas há anos esperando a dita reforma. Neste caso, cabe à nova secretária de Educação, Professora Albaniza Batista, correr com celeridade para Rocha devolver à população as duas unidades educacionais em pleno funcionamento.

Licitação

Falando em Educação, a SEDUC, por meio da SUPEL, lançou o Pregão – 90217/2025, para contratação de serviços contínuos de outsourcing de impressão, locação de scanner colorido, suprimentos, assistência técnica e capacitação na ordem de R$ 15 milhões. Interessante que o edital parece ser dirigido a uma empresa local mediante especificações e a similaridade com edital de outra escala de poder no âmbito estadual.

Verificar

Falando em licitação, o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) e o secretário de Saúde, Jaime Gazola, precisam verificar os valores do contrato terceirizado para realização de exames de perícia médica para servidores municipais. Segundo fontes, existem indícios de superfaturamento e irregularidades na contratação dos serviços médicos.

Escudeiro

O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) passa a contar com Arildo Lopes na sua equipe de secretários. Arildo deixa a Secretaria-Geral da Assembleia Legislativa de Rondônia e assume a Secretaria Geral de Governo da Prefeitura Municipal de Porto Velho. No seu lugar na Casa de Leis, assume Rogério Gago, fiel escudeiro do deputado estadual Alex Redano (Republicanos).

Lixo

A decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), assinada pelo desembargador Glodner Luiz Pauletto, suspendendo a decisão que restabelecia o contrato da Marquise/Eco Rondônia da coleta de lixo com a Prefeitura Municipal de Porto Velho – PMPV, atende a um pedido do Ministério Público de Rondônia (MPRO) e restabelece a legalidade do processo emergencial entre a empresa ECO/PVH – Amazonfort, e a PMPV, que ficará responsável pela coleta de lixo da capital emergencialmente.

Decoração

Falando em Amazonfort, a empresa é responsável pela gestão do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Essa comunicou que não fará a iluminação de Natal no espaço por determinação do SPU e do IPHAN. Em contato com a empresa para tomar conhecimento dos detalhes da decisão, a Amazonfort apresentou um documento de 2024 relacionado à suspensão do réveillon, contudo, lido, não proíbe decoração natalina do principal ponto turístico da capital.

Comemorou

O vereador Dr. Júnior Queiroz (Republicanos) comemorou o pedido atendido pela Prefeitura de Porto Velho, em especial, SEMAGRIC, em relação aos serviços de patrolamento e cascalhamento na Vila Franciscana e do Ramal Bom Jesus, garantindo trafegabilidade com segurança para os moradores daquelas localidades.

Sério

Falando sério, segundo estudiosos da Geografia do Crime, o planejamento politiqueiro e ingerência eleitoreira da Operação Contenção de combate ao Comando Vermelho (CV) desrespeitou protocolos de operações policiais das próprias PCERJ e PMERJ, elaborados em 2018. Faltou integrar o Governo Federal, o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Corpo de Bombeiros, Segurança do Trânsito e outros, o resultado foi uma operação sem coordenação, integração, cadeia de comando efetiva e sem responsabilidade pública compartilhada.

AUTOR: HERBERT LINS





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