Iniciativa no Vale do Guaporé envolve comunidades locais e busca preservar o equilíbrio da fauna aquática
Por Informa Rondônia - sábado, 01/11/2025 - 09h54
Porto Velho, RO – Em São Francisco do Guaporé, a Reserva Extrativista Pedras Negras concentra uma das principais ações ambientais conduzidas atualmente pelo governo de Rondônia. Coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e pela Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), a iniciativa tem como foco o manejo e a erradicação do pirarucu (arapaima gigas), espécie invasora que afeta o equilíbrio ecológico do Rio Guaporé.
As atividades contam com o envolvimento direto de colônias de pescadores e extrativistas da região, que atuam em parceria com o poder público para reduzir os impactos causados pela presença do peixe. Nesta etapa, já foram retirados mais de 4 mil quilos de pirarucus, e a meta é ultrapassar 8 mil quilos até o encerramento do trabalho, previsto para 8 de novembro. A comercialização do pescado deve gerar cerca de R$ 3 mil para cada extrativista participante.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
++++
O governador Marcos Rocha destacou que a continuidade das ações é fundamental para a manutenção do patrimônio natural do Vale do Guaporé. “A conservação ambiental e a proteção das comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais é fundamental, e essas ações mostram que é possível conciliar desenvolvimento com responsabilidade ambiental”, declarou.
Segundo o coordenador da CUC, Daniel Santos de Souza, o sucesso da operação está ligado à colaboração das comunidades locais. “Os moradores das reservas conhecem profundamente o território e têm sido nossos principais aliados. Essa integração entre conhecimento tradicional e técnico é o que torna possível alcançar resultados tão positivos na proteção da fauna aquática do Guaporé”, afirmou.
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, ressaltou que o planejamento e o trabalho coletivo são fatores determinantes para os avanços alcançados. “O combate ao desequilíbrio causado por espécies não nativas requer planejamento, equipe técnica qualificada e a participação ativa das comunidades locais. O avanço da ação em Pedras Negras é resultado de um esforço coletivo, que reflete o compromisso com a gestão responsável das nossas unidades de conservação”, disse.
