O Brasil precisa de proposta, precisa de projeto, precisa de visão, ação e dinamismo
CARO LEITOR, você já percebeu como muitos eleitores da extrema-direita não falam em votar para melhorar o Brasil? Eles não chegam dizendo: “eu quero mais escola, eu quero mais hospital, eu quero transporte digno, eu quero salário melhor”. Esse discurso quase nunca aparece. O que aparece na maioria das vezes é o voto como arma, a suposta ameaça do comunismo e ancorado numa única bandeira: segurança pública. Não é um voto para construir, é um voto para eliminar, para acabar com programas sociais, para reduzir direitos e fechar portas para o bem-estar social que já existem para o povo. É como se a política fosse um campo de batalha e não um projeto de país. Não se fala em criar novas universidades, institutos federais, fortalecer o SUS, a Embrapa e autarquias de extensão rural, promover a reforma agrária, investimentos em infraestrutura, industrializar o país, ampliar acesso à casa própria ou garantir comida na mesa. A conversa é sempre sobre desfazer o que já está pronto. E quando o voto nasce do ressentimento, a esperança morre antes mesmo da urna ser aberta. Porque país nenhum cresce quando a prioridade não é o futuro, mas sim, destruir o presente. O Brasil precisa de proposta, precisa de projeto, precisa de visão, ação e dinamismo. Assim, construir dá trabalho e destruir é mais fácil. A pergunta é simples: votamos para melhorar a vida das pessoas ou para impedir que outras pessoas vivam melhor?
Difunde
A extrema-direita difunde a pauta de costume e espalha o ódio. Ódio a mulheres, gays, negros, à cultura, à ciência, à educação e ao conhecimento. Já a direita prega o Estado-mínimo e o modelo desenvolvimentista em escala local, estadual e nacional.
Seguir
Costumo afirmar e repetir, a direita brasileira precisa deixar de seguir a reboque da extrema-direita. Novos líderes da direita precisam surgir, apresentar um projeto viável de desenvolvimento para o país, se tornar conhecidos em todos os segmentos eleitorais e fazer um enfrentamento à esquerda nas urnas.
Polêmica
A coluna de ontem (25) causou polêmica em relação ao editorial dedicado a uma reflexão em torno das condenações sofridas pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por crime de transfobia. Sinceramente, Nikolas não merece o meu respeito, porém, no meu fórum íntimo, acredito ser injusta a condenação sofrida por ele pelo crime em voga.
Pena
Ontem (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o início do cumprimento das penas impostas a condenados do Núcleo 1 da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado. O grupo é formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e militares do primeiro escalão do seu governo.
Regime
Falando em militares, o Almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e sentenciado a 24 anos de prisão, em regime inicial fechado, ficará custodiado na Estação Rádio da Marinha em Brasília (DF). Já o tenente-coronel Mauro, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teve o início do cumprimento de sua pena decretado em 30/10. Réu colaborador, ele foi condenado a dois anos de reclusão em regime aberto.
Generais
Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, envolvidos na trama do golpe, cumprirão pena no Comando Militar do Planalto, em Brasília, para onde já foram levados na tarde de ontem (24). Outro condenado, o general Walter Braga Netto, está preso preventivamente desde dezembro de 2024 no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro, e lá deve ficar.
Ramagem
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) condenado por envolvimento na trama do golpe, está foragido e fora do Brasil. O seu nome foi incluído no Banco Nacional do Monitoramento de Prisões (BNMP) e a Câmara de Deputados foi avisada sobre a perda de seu mandato.
Chora
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) conversa com jornalistas após visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), reconhece o golpe, chora e reclama do pouco tempo de visita. Além disso, afirmou que o pai está devastado psicologicamente e disse que a família e os aliados têm se dedicado para mantê-lo forte.
Michelle
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) visitou o marido Jair Bolsonaro (PL) na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde ele está preso. Na chegada e na saída, não falou com a imprensa, mas na entrada e na saída do prédio da PF, estava o tempo todo esbanjando simpatia e sorriso.
Pesquisa
Na pesquisa CNT/MDA divulgada ontem (25), o presidente Lula (PT) lidera em todas as projeções para o primeiro e o segundo turnos da eleição de 2026 contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Encomendada
Falando em pesquisa, chegou às mãos desse colunista a pesquisa de consumo interno encomendada pelo Partido Liberal (PL) ao Instituto Perfil Pesquisa. Analisei detidamente os dados levantados da pesquisa quantitativa realizada entre os dias 10 a 17 do corrente mês e ano. A pesquisa entrevistou 1.480 eleitores em todas as regiões do estado num universo de 1.234.439 eleitores. A margem de erro é de 2,5% e 95% é o nível de confiança.
Espontâneo
Na intenção de voto espontâneo para governador, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-paraná) lidera com 8,3%, o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD-Cacoal) aparece com 7,3%, deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) com 3,9%, o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) com 2,6%, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) com 2,5%, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho) com 0,4%, advogado Samuel Costa (Rede-Porto Velho) com 0,2% e o ex-senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) com 0,1%.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
++++
Estimulado
Na intenção de voto estimulado para governador no cenário 2, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-paraná) lidera com 39,6%, o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD-Cacoal) aparece com 22,3%, o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) com 15,5%, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) com 14,3%, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho) com 5,4% e o advogado Samuel Costa (Rede-Porto Velho) com 2,9%.
Liderar
Em todos os cenários, quando comparado com outros candidatos, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) lidera a pesquisa entre 29,2% e 37,9%. Neste caso, tanto Máximo como o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), caso não apareça um novo nome da direita com capacidade de entrega e carismático, ambos deverão liderar os eleitores da direita e extrema-direita nas eleições do próximo ano na corrida ao Governo e Senado.
Novidade
Analisando todos os cenários e o voto estimulado e comparando aos números para disputa ao governo do voto espontâneo, deduzo que podemos ter surpresas nas urnas na corrida para o Governo de Rondônia nas eleições de 2026, dependendo da estratégia. Por que afirmo isso? Enxergo o número de 56,2% de indecisos e não sabem responder como um norte. Por sua vez, nenhum candidato ultrapassou 10% da intenção de votos espontâneos. Neste caso, deduzo que o eleitor rondoniense está esperando uma novidade com credibilidade.
Rejeição I
Segundo o Instituto Perfil, quem lidera o índice de rejeição é o senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) com 38,8%, seguido de Marcos Rogério (PL-Ji-paraná) com 13,4%, Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) com 11%, advogado Samuel Costa (Rede-Porto Velho) com 10,7%, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho) com 10,3%, o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD-Cacoal) com 8,2% e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-Porto Velho) com 5,7%.
Rejeição II
O que me causou estranheza na pesquisa foram os índices de rejeição do senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), quando comparados aos índices da pesquisa Real Time divulgada pela CNN em 17/10/2025. Rogério apareceu com 43% de rejeição na Real / CNN, já na Perfil Pesquisa com 13,4%. Essa quantidade reduzida em um mês, podemos deduzir um cenário montado com um quadro favorável para Rogério disputar o governo nas eleições do próximo ano.
Senado
O Instituto Perfil também trouxe levantamento para a disputa ao Senado. Na coluna de amanhã (27), trago os números e análise dos dados. Contudo, a previsão é de uma disputa competitiva e acirrada para as duas vagas ao Senado nas eleições de 2026. Contudo, pode haver surpresas nas urnas dependendo da estratégia eleitoral.
Alambrado
Construindo um alambrado próprio para buscar a reeleição, o deputado estadual Ribeiro do Sinpol, hoje filiado ao PRD, corre o estado todo atrás de lideranças para se filiar ao partido Democracia Cristã (DC). O DC já contou com duas cadeiras na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO). Com Ribeiro à frente do projeto de construção da nominata de candidatos a deputados estaduais, poderá repetir a proeza do DC voltar a ter assento na ALERO nas eleições de 2026.
Alagações I
O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho) acordou com críticas da população nas redes sociais devido às fortes chuvas na madrugada que alagaram avenidas na Zona Norte e bairros da Zona Leste. Léo e sua equipe de infraestrutura precisam levar em consideração os estudos de hidrologia em Geografia e na Engenharia para resolver os problemas de alagações na capital.
Alagações II
Falando em alagações, não basta desviar as águas pluviais para os igarapés, faz-se necessário contratar pequenas balsas para limpar e desassorear o curso d’água. Com a técnica de sucção dos sedimentos acumulados e entulhos acumulados, possibilita-se a revitalização dos corpos hídricos no sentido de prevenir enchentes e alagações. Contudo, o material retirado deverá ser levado para descarte em locais apropriados.
Priorizar
Preocupado com o bem-estar da população de Porto Velho, o vereador Gedeão Negreiros (PSDB-Porto Velho) apresentou Projeto de Lei obrigando a administração direta e indireta no âmbito municipal a priorizar pedidos relacionados a problemas como esgoto ao ar livre, focos de doenças, iluminação pública precária, estruturas em risco de desabamento, buracos em vias principais, alagamentos e falhas graves de sinalização.
Modelo
Falando em administração, o prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos-Vilhena), acertou quando adotou o modelo de gestão terceirizada do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira. Em visita in loco, constatei as mudanças reais e de forma integrada com a terceirização como forma de manter e ampliar a assistência à saúde à população não só de Vilhena, mas de todo o Cone Sul do estado.
CV
Bairro Teixeirão se tornou território do Comando Vermelho (CV). Faccionados andam aterrorizando a população em plena luz do dia com assaltos à mão armada, inclusive quem se dirige a pé para deixar seus filhos nas escolas e a caminho do trabalho. O secretário de Segurança, Coronel BMRO Vital, e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel PMRO Braguim, precisam promover uma ação enérgica de combate ao crime organizado naquele bairro.
Sério
Falando sério, o eleitor brasileiro, na sua grande maioria, vota em candidatos sem analisar o perfil, capacidade técnica e capacidade de entrega. Além disso, o compromisso e a contribuição dos representantes políticos com o povo. Depois ficam padecendo e exigindo retorno da representação política porque não observaram na campanha eleitoral o óbvio em relação aos candidatos.









