EDITORIAL

Segundo dia de paz em Porto Velho reflete avanço do Estado de Rondônia sobre o crime organizado

Intervenção estratégica demonstra força das instituições em áreas dominadas por facções

Porto Velho, RO – Porto Velho vive um momento significativo em sua luta contra a criminalidade, com o segundo dia consecutivo de paz marcando um avanço na resposta do Estado às ações de facções criminosas. As operações coordenadas pela segurança pública, lideradas pelo coronel Felipe Bernardo Vital, resultaram em prisões, apreensões de armamentos e na recuperação da ordem em regiões vulneráveis da capital.

A rendição de um líder de facção criminosa, mediada pela OAB/RO, foi um dos momentos mais simbólicos dessa ofensiva. A mediação, conduzida com foco em evitar confrontos mais graves, destacou a capacidade das instituições de dialogar e encontrar soluções eficazes mesmo em situações de alta tensão. “Acreditamos na força do diálogo e na justiça como pilares para a paz social”, afirmaram representantes da entidade.

Nos últimos cinco dias, os esforços da segurança pública levaram à prisão de 17 pessoas, à apreensão de armamento pesado e à captura dos envolvidos no assassinato do cabo Fábio Martins, crime que gerou grande comoção na sociedade. Em confrontos diretos, cinco criminosos foram mortos, evidenciando que as forças policiais não recuarão diante de ameaças e violência.

Além disso, os resultados do programa “Aliança pela Vida, Moradia Segura” trouxeram números expressivos. Entre os dias 13 e 17 de janeiro de 2025, foram realizadas 1.847 abordagens, apreendidas 13 armas e capturados 35 indivíduos com mandado de prisão.

O programa também registrou a prisão de oito suspeitos por atentado terrorista e conduziu 45 pessoas às autoridades competentes. Outras ações incluíram a apreensão de 2,8 kg de drogas, o recolhimento de 18 veículos e a recuperação de sete veículos roubados. Esses números refletem a intensidade e a abrangência das operações de segurança realizadas em todo o estado.

Dentro dos presídios, o trabalho dos policiais penais também foi crucial para desarticular o comando das facções criminosas. Revistas rigorosas foram realizadas nas unidades prisionais, reforçando o controle do Estado e impedindo que as ordens do crime organizado se propagassem para além dos muros.

O Orgulho do Madeira, bairro que havia se tornado um dos focos de ação das facções, foi alvo de uma presença massiva das forças de segurança. Com isso, a circulação de ônibus foi retomada, e os moradores puderam voltar a transitar com segurança. Além disso, uma articulação entre a prefeitura e o 5º Batalhão de Engenharia e Construção garantiu proteção para o transporte escolar, assegurando a continuidade das aulas e a segurança das crianças.

A articulação entre diferentes esferas de poder e estados vizinhos foi determinante para os resultados obtidos. Acre, Amazonas e Mato Grosso contribuíram com ações coordenadas para conter a expansão das facções, enquanto a Força Nacional, acionada pelo governador Coronel Marcos Rocha, consolidou o poder estatal em locais estratégicos e contribuiu para reduzir a violência.

Entretanto, os eventos recentes também expuseram desafios estruturais. O déficit no efetivo policial e a falta de investimentos em tecnologia e infraestrutura continuam sendo obstáculos que o Estado precisará enfrentar para evitar a reincidência de crises. Especialistas defendem que uma segurança pública mais robusta depende de planejamento contínuo e de maior aporte de recursos.

Sob a liderança do coronel Felipe Vital e do governador Marcos Rocha, as ações mostraram que o crime organizado não é imbatível diante de uma estratégia bem executada. A união entre forças estaduais, municipais e federais, aliada ao apoio de instituições como a OAB/RO, provou ser a chave para desestabilizar o domínio das facções.

O segundo dia de paz em Porto Velho não representa apenas um alívio momentâneo para os moradores, mas sim um marco na recuperação da soberania do Estado em áreas antes dominadas pelo crime. A mensagem enviada pelas operações é clara: Rondônia não se curva às forças paralelas, e a determinação do Estado continuará sendo a maior barreira contra o avanço do crime organizado.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA