Família de detento condenado a 14 anos de prisão participa de ato promovido por oposicionistas em Brasília
Porto Velho, RO – Segundo o site de notícias UOL, parlamentares de oposição levaram ao Congresso Nacional uma mulher de Rondônia, mãe de seis filhos, para um ato em defesa da anistia aos presos do 8 de Janeiro. A presença da família foi o foco do evento, realizado para sensibilizar a sociedade sobre as penas aplicadas aos condenados pelos atos de vandalismo ocorridos em Brasília.
Durante a entrevista coletiva, Vanessa Vieira afirmou que seu marido, Ezequiel Ferreira Luis, foi sentenciado a 14 anos de prisão, sem que houvesse, segundo ela, provas concretas de sua participação nos crimes. Ela declarou que não há registros de imagens, testemunhos ou qualquer outro elemento que vincule o marido à depredação do Palácio do Planalto. Emocionada, disse que precisará criar os filhos sozinha e que o caçula, de dez meses, nunca teve contato com o pai.
A sentença contra Ezequiel aponta que ele entrou no Palácio do Planalto utilizando violência. Ele foi condenado pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e dano qualificado com uso de substância inflamável.
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Governo de Rondônia leva serviços essenciais ao residencial Morar Melhor em ação especial do Plano Aliança pela VidaHomem que participou de protesto contra a PM no Orgulho do Madeira antes da prisão em Guajará é solto pela JustiçaProfessora da UNIR e secretário de Meio Ambiente alertam para riscos no consumo de peixes de igarapés alagadosAinda de acordo com o UOL, a exibição da família durante o evento faz parte de uma estratégia dos parlamentares oposicionistas para impulsionar a discussão sobre a anistia. A proposta tem sido defendida publicamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que compartilhou imagens da mulher e das crianças nas redes sociais. Apesar do apoio à causa, Bolsonaro optou por não comparecer ao ato no Congresso. Segundo a publicação, a ausência teria sido motivada por uma avaliação de que sua presença poderia dificultar as negociações políticas.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também entrou no debate. Em recente entrevista, declarou que considera as penas aplicadas aos envolvidos nos atos do 8 de Janeiro excessivas. A declaração foi bem recebida por setores da oposição, mas provocou reações negativas entre aliados do governo e membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ainda segundo o UOL, a discussão sobre a anistia está inserida em um contexto mais amplo de movimentações políticas na Câmara. Um dos projetos em tramitação, elaborado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS), prevê a redução do período de inelegibilidade de condenados por crimes, passando de oito para dois anos. Caso a proposta avance, Bolsonaro poderá retornar à disputa eleitoral antes do previsto.
Líderes oposicionistas afirmaram que pretendem continuar pressionando o Congresso pela anistia dos condenados. O deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, afirmou que buscará um encontro entre a família de Ezequiel e o presidente da Câmara para discutir a questão.