Mulher assume pela primeira vez na história o comando do Superior Tribunal Militar
CARO LEITOR, a coluna não pode passar despercebida a posse da mineira, magistrada e ministra Maria Elizabeth Rocha como primeira presidente do Superior Tribunal Militar (STM) ocorrida na última quarta-feira (12). No discurso de posse, abriu o discurso saudando a primeira-dama Janja Lula da Silva, depois o presidente Lula (PT) e demais autoridades. Durante a sua fala, ela, que integra o STM desde 2007, assumiu o comando da instituição defendendo a paridade de gênero, admitindo ser feminista e mulher com muito orgulho. Mas um trecho do discurso, quando ele pediu licença poética a Milton Nascimento e a Lô Borges para dizer: “Porque se chamavam mulheres, também se chamavam sonhos, e sonhos não envelhecem”. E nós, mulheres, temos um sonho: o sonho da igualdade. A Carta de 1988 nos emancipou, graças a um reduzido e diminuto grupo de parlamentares eleitos para o Congresso Nacional em 1986, que colaboraram para que as garantias femininas fossem fundamentalizadas. Resta-nos agora ressignificar nosso papel nas estruturas societárias”. Rocha é a primeira mulher a assumir a presidência do STM em 206 anos de existência da instituição.
Integrou
Antes de presidir o STM, Maria Elizabeth Rocha integrou a Advocacia-Geral da União (AGU), na carreira de procuradora federal, exerceu diversos cargos de assessoria jurídica na Administração Pública Federal. Em 2007, foi escolhida pelo presidente Lula (PT) para o cargo de ministra do Superior Tribunal Militar (STM), em vaga destinada a membro da advocacia.
Revelou I
Na entrevista que concedeu à Agência Pública, a Ministra Maria Elizabeth Rocha (STM) revelou que “não é fácil atuar na corte militar.” Por vezes, eu voto para absolver e a maioria vota para condenar e, se voto para condenar, eles votam para absolver. A violência simbólica contra as mulheres persiste na Justiça Militar”. Não é fácil para uma mulher fazer uma fala desta, revelando que sua presença incomoda seus pares.
Revelou II
A ministra Maria Elizabeth Rocha (STM) ainda revelou na entrevista à Agência Pública que “quando chega a vez de uma mulher, uma progressista, feminista e com posições e pensamentos diferentes da corte – que eu faço questão de manter, porque estou ali para falar em nome das minorias –, fui rechaçada. Não fui tolerada, tentou-se até quebrar uma tradição do tribunal. Houve quem me recomendou desistir da candidatura, mas felizmente acabou, e eu fui eleita”.
Defesa
A eleição e posse da ministra Maria Elizabeth Rocha (STM) para comandar o STM é uma quebra de paradigmas para o machismo sofrido por ela e outras mulheres na Justiça Militar, bem como em outros ambientes militar e civil. Ela prometeu, durante a sua gestão frente ao STM, promover a “transparência, inclusão e defesa do Estado Democrático de Direito” como três pilares da sua gestão.
Desdobramentos
A ministra Maria Elizabeth Rocha (STM) foi mais longe no tema inclusão, disse que “pretendo mexer com vários problemas da Justiça Militar, como a homofobia, a transfobia, o machismo, a segregação”. Além disso, durante sua gestão à frente do STM, ela terá ainda de lidar com desdobramentos do caso da tentativa de golpe do 8 de janeiro, sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF).
Inquietações
A fala da ministra Maria Elizabeth Rocha (STM) me provocou inquietações, inclusive me peguei fazendo a seguinte pergunta: por que tantas mulheres apoiam pautas e se comportam como feministas, mas rejeitam o rótulo? Principalmente, mulheres que militam na extrema-direita que defende a bandeira de “bela, recatada e do lar”.
Feminista
É simples, aborde uma mulher no seu ambiente familiar, de trabalho ou na rua, daí pergunte se ela considera justo os homens ganharem mais do que as mulheres que desempenham a mesma função? O “não” está na ponta da língua. Em seguida, você pergunta se ela se considera feminista, possivelmente vai dizer que “não”.
Diferença
Contudo, existe uma enorme diferença entre a mulher feminista empoderada e a mulher dominadora. Penso que a feminilidade da mulher consiste em não abrir mão da sua inteligência emocional, racionalidade, cumplicidade, capacidade de argumentar e acordar no convívio a dois.
Papel
A mulher feminista não subordina o seu marido a seus caprichos, muito menos demonstra ciúmes, ou seja, ela é leve, mais feminina, demonstra equilíbrio e confiança no relacionamento. Já a mulher dominadora assume um papel de liderança e quer comandar todas as situações, inclusive comandar o companheiro ditando regras. Além disso, não reconhece as necessidades do companheiro, apenas a satisfação pessoal.
Espaços
A cada pleito eleitoral, Rondônia demonstra ser um estado conservador mediante os resultados eleitorais das urnas. Contudo, mulheres do espectro ideológico de esquerda, centro, direita e da extrema-direita, conquistaram seus lugares nos espaços de poder e de tomada de decisões.
Gays
As mulheres gays também conquistaram seus lugares nos espaços de poder e de tomada de decisões em Rondônia. Neste caso, mulheres gays já chegaram nas Câmaras de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara de Deputados e poderá chegar ao Senado Federal no pleito eleitoral de 2026.
Convite
AS ÚLTIMAS DO INFORMA RONDÔNIA
Somos, ainda, uma democracia!Vinicius Miguel representa Rondônia na elaboração do Guia sobre Usos de Dispositivos Digitais por Crianças e AdolescentesQuerem tomar o União Brasil dos Gonçalves e o PSD de Expedito; e ninguém atrás do PT, exceto ConfúcioO ex-senador Expedito Júnior, que preside o PSD em Rondônia, convidou o ex-senador Valdir Raupp e a ex-deputada federal Marinha Raupp, hoje filiados no MDB, para ingressar na sigla comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Em troca de mensagem pelo WhatsApp, o ex-senador Raupp confirmou o convite e disse que está analisando as possibilidades.
Capacidade
Na minha avaliação, o eleitor rondoniense foi injusto com o ex-senador Valdir Raupp e a ex-deputada federal Marinha Raupp, ambos do MDB. Por que injusto? A capacidade de entrega do casal Raupp ao estado de Rondônia era acima da média da representação de bancada que temos hoje, portanto, faz falta sim, Valdir e Marinha, no Congresso Nacional.
Observei
Nas fotos oficiais do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), observei a presença contínua do procurador Thiago Denger. Me parece que Denger é hoje um dos principais conselheiros do governador. Neste caso, ele ressurge das cinzas depois que enfrentou a tempestade da Assembleia Legislativa que o jogou contra o paredão da Serra dos Parecis, os desafetos que se cuidem.
Hospital
A Comissão de Avaliação da SESAU avança nos trabalhos para realizar a compra de um hospital particular em Porto Velho para substituir o João Paulo II. Como a coluna revelou, será o 9 de julho. Contudo, o único hospital particular com estrutura de Blocos Cirúrgicos, leitos de UTI e leitos hospitalares superior quando comparado ao 9 de julho, é o Hospital SAMAR.
HU
A reitora Marília Pimentel assumiu um compromisso com o Departamento de Medicina da instituição de entregar o Hospital Universitário (HU) na sua gestão. Ele tem trabalhado diuturnamente para cumprir a sua promessa. Inclusive, já trouxe a Comissão de Avaliação EBSERH, que administra os HU, para avaliar as unidades hospitalares que o Governo de Rondônia se manifestou para entregar à UNIR.
Possibilidade
As únicas unidades de saúde administradas pelo Governo de Rondônia aprovadas pelos avaliadores da EBSERH foram o Hospital de Base e o CEMETRON. De pronto, a SESAU se recusou a entregar o HB, já o CEMETRON passa por reformas, portanto, esse último não está descartada a possibilidade de se tornar o HU da UNIR.
Interesse
O prefeito Léo Moraes (Podemos), ligado no 220w, demonstrou interesse em fechar parceria com a UNIR em relação ao Hospital Universitário. Neste caso, a Prefeitura de Porto Velho receberia os recursos destinados para construção ou aquisição do HU, faria aquisição das instalações físicas de um hospital particular e, em seguida, faria a doação à UNIR.
Municipal
Perguntei ao prefeito Léo Moraes (Podemos) sobre os recursos das emendas do deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil) e da ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), para a construção do primeiro Hospital Municipal de Porto Velho, como foi anunciado durante a campanha eleitoral. Ele me informou que só existem R$ 24 milhões em caixa, que esse valor não representa quase nada diante da necessidade do montante para levantar o esqueleto do hospital.
Lixo
Novo consórcio deve assumir contrato emergencial da coleta de lixo em Porto Velho. Neste caso, o consórcio ECO PVH, formado pelas empresas Ecofort e SUMA Brasil, deve ser oficializado nos próximos dias como vencedor do contrato emergencial para a gestão de resíduos sólidos em Porto Velho. O grupo assumirá uma série de serviços relacionados à coleta e destinação do lixo na capital e nos distritos.
Desclassificada
A empresa Aurora do Ceará havia ficado em primeiro lugar no processo de seleção. No entanto, deve ser desclassificada por não atender às exigências documentais, especialmente no que diz respeito à comprovação de capacidade técnica. Com a nova contratação, a prefeitura estima uma economia de 25% ao mês em relação ao contrato atual.
Economia
A economia aos cofres públicos no período de um ano, pode chegar a R$ 15 milhões. Caso o contrato da Marquise, que tinha duração prevista de 30 anos, fosse mantido, o impacto financeiro poderia alcançar R$ 400 milhões. Nos próximos dias, a Câmara de Municipal de Porto Velho deve votar um projeto de lei que cancela definitivamente o contrato com a Marquise, encerrando um acordo bilionário alvo de polêmicas.
Oficina
A Fundação Ulysses Guimarães – RO, braço de formação política do MDB, realizará amanhã (15) – sábado, oficina de Formação de Análise de Conjuntura, que objetiva capacitar lideranças na avaliação de cenários, formulação de estratégias políticas e tomada de decisões. Inclusive, preparação de quadros do partido para eleições de 2026.
Sério
Falando sério, diante das inquietações sobre a pauta feminista, deixo a seguinte pergunta no ar: E você, mulher, como se considera, feminina ou dominadora? Homem, e a sua companheira, como age?

AUTOR: HERBERT LINS