Divergências nos levantamentos sobre a disputa entre Mariana Carvalho e Léo Moraes geram confusão no eleitorado e levantam dúvidas sobre a credibilidade dos institutos.
Porto Velho, RO – O segundo turno das eleições para a Prefeitura de Porto Velho, em 2024, tem sido marcado por uma discrepância gritante entre os resultados divulgados por diferentes institutos de pesquisa. Essas divergências estão criando confusão entre os eleitores e levantando questionamentos sobre a confiabilidade dos dados apresentados, colocando “minhocas” na cabeça de quem acompanha o pleito.
Uma das primeiras pesquisas do segundo turno, realizada pelo Instituto Phoenix, foi divulgada em 13 de outubro e indicava uma vantagem significativa de Mariana Carvalho (União Brasil) com 49,25% das intenções de voto, contra 34,44% de Léo Moraes (Podemos)¹. Apenas três dias depois, outro levantamento do mesmo instituto, publicado em 16 de outubro, apontou que Mariana continuava à frente, agora com 50,08%, enquanto Léo aparecia com 37,10%².
Contudo, os números de outros institutos mostram um cenário completamente diferente. O Instituto Amazônia (IAP), também no dia 13 de outubro, divulgou um levantamento em que Léo Moraes liderava com 52,8% das intenções de voto, enquanto Mariana tinha 38,2%*³. Esta pesquisa também indicou uma alta taxa de rejeição de Mariana Carvalho, atingindo 58,4%, enquanto Léo registrava 38,2%.
Para adicionar ainda mais confusão, no dia 15 de outubro, o Instituto Veritá publicou uma pesquisa onde Léo Moraes também aparecia à frente, com 50,2% das intenções de voto, enquanto Mariana tinha 39,3%*⁴. O levantamento do Veritá foi feito com 1.010 eleitores, e a margem de erro foi de 3,1 pontos percentuais.
Com resultados tão divergentes, o eleitor porto-velhense enfrenta um cenário de incerteza sobre quem realmente lidera a corrida pela prefeitura. Para muitos, essas discrepâncias levantam a dúvida sobre o que de fato está ocorrendo na disputa e como isso pode impactar a decisão final. A divergência entre os números divulgados pelos institutos pode influenciar o comportamento de eleitores indecisos, que muitas vezes escolhem “quem está na frente” de acordo com os dados mais recentes divulgados.
Metodologias distintas podem explicar parte dessas diferenças, mas o fato é que, em teoria, as pesquisas deveriam oferecer um retrato mais aproximado da realidade eleitoral. Institutos como o Phoenix, que entrevistou 601 eleitores em sua pesquisa de 16 de outubro², e o IAP, que ouviu 650 pessoas³, não deveriam apresentar resultados tão discrepantes. A margem de erro de 4% no Phoenix e de 3,5% no IAP ainda permite variações, mas não explica diferenças tão drásticas.
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No primeiro turno, Mariana Carvalho obteve 44,53% dos votos válidos, enquanto Léo Moraes ficou com 25,65%, o que inicialmente parecia consolidar a liderança de Mariana. No entanto, as pesquisas do segundo turno apresentaram cenários opostos, alimentando a incerteza. A confusão entre os eleitores, que se veem diante de cenários tão díspares, só será resolvida quando as urnas confirmarem o verdadeiro panorama eleitoral.
O impacto dessas pesquisas vai além da simples divulgação de números. A “guerra de pesquisas” pode confundir o eleitor e afetar diretamente a decisão de voto, especialmente aqueles que ainda não definiram seu candidato. O fenômeno de “minhocas na cabeça” do eleitor reflete o desconforto com a falta de clareza nos dados apresentados, gerando desconfiança no processo eleitoral e nos próprios institutos de pesquisa.
Independentemente do resultado final, está claro que, após o segundo turno, um dos institutos envolvidos sairá com sua credibilidade abalada. A discrepância observada entre os levantamentos não apenas prejudica o entendimento do eleitor sobre o cenário político, mas também coloca em xeque a confiança nas pesquisas como ferramentas de análise. A realidade será revelada nas urnas, e aquele que errou grosseiramente sofrerá as consequências.
Referências:
*¹ – Pesquisa registrada sob o número RO-01152/2024, realizada pelo Instituto Phoenix entre os dias 8 e 10 de outubro de 2024, com 601 eleitores e margem de erro de 4%.
*² – Pesquisa registrada sob o número RO-09770/2024, realizada pelo Instituto Phoenix entre os dias 14 e 16 de outubro de 2024, com 601 eleitores e margem de erro de 4%.
*³ – Pesquisa registrada sob o número RO-04161/2024, realizada pelo Instituto Amazônia entre os dias 8 e 10 de outubro de 2024, com 650 eleitores e margem de erro de 3,5%.
*⁴ – Pesquisa registrada sob o número RO-03534/2024, realizada pelo Instituto Veritá entre os dias 10 e 14 de outubro de 2024, com 1.010 eleitores e margem de erro de 3,1%.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA