Prof. Herbert Lins – DRT 1143
18/09/24 – sexta-feira
COLUNA FALANDO SÉRIO: Porto Velho merece continuar sendo a capital do contracheque ou se tornar a capital do progresso?
A Coluna Falando Sério de hoje (18) compartilha um pouco da minha memória e lembrança das perguntas que os jovens da minha geração faziam na década de 1990: Por que Natal e Recife crescem e João Pessoa não cresce, fica mergulhada no atraso? Para quem não sabe, eu nasci e me criei em João Pessoa – Paraíba. Cheguei a Rondônia na madrugada de 20 de dezembro de 2005 aos meus 31 anos – pensei que o avião ia cair de tanta chuva e turbulência severa, para conhecer a Estrada de Ferro-Madeira Mamoré e passar uns dias em Nova Mamoré – Rondônia. Mas existe um ditado popular que diz que quem bebe água do rio Laje e Madeira não volta, aqui fica. Dai fiquei! Sempre estive envolvido desde os meus 15 anos em política e acompanhei as mudanças ocorridas iniciais em João Pessoa para se tornar a rota turística e de investimentos quando elegeu o primeiro prefeito aliado do governador José Maranhão (MDB). Neste caso, o vitorioso foi Cícero Lucena nas eleições municipais de 2000. A mudança de mentalidade do eleitor pessoense, que sempre votava no candidato da oposição ao governador, foi fundamental para João Pessoa deixar de ser a capital do contracheque e ser o que é hoje em desenvolvimento. Com a vitória do aliado do Governo da Paraíba naquele ano, Cícero Lucena (MDB), a capital dos paraibanos virou um canteiro de obras e passou por investimentos em infraestrutura e embelezamento da cidade. A história se repete em João Pessoa depois de 24 anos nas eleições municipais em curso com Cícero Lucena (PP) buscando a reeleição com o apoio do governador João Azevedo (PSB). Vale destacar que Cícero se tornou prefeito novamente de João Pessoa nas eleições de 2020 com apoio do governador João Azevedo e a capital dos paraibanos, desde então, voltou a ser canteiro de obras, virou rota do turismo e investimento, por sua vez, deixou de ser uma capital espremida por Recife e Natal. Daí eu pergunto: é melhor ser uma capital do contracheque e oposicionista sem avanços ou do progresso que gera riqueza para todos?
Pragmáticos
Existiram dois prefeitos pragmáticos em João Pessoa – Paraíba, que tiraram a capital dos paraibanos do atraso. O ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB), quando se alinhou politicamente ao ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), e o atual prefeito Cícero Lucena (PP), quando administrou por 8 anos João Pessoa ao lado do governador Zé Maranhão (MDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). Atualemnte, ao lado do goverandor João Azevedo (PSB).
Consciência
O eleitor precisa de uma tomada de consciência da relevância de eleger prefeitos aliados ao Governo Estadual e Federal, ou que tenha aliados ocupando espaços de poder e de tomada de decisões para garantir investimentos. Esses investimentos aumentam o capital circulante em escala local e a arrecadação do município. Neste caso, gera riquezas para todos.
Eleitores
Existem dois tipos de eleitores, o que vota com razão e outro com a emoção. O eleitor que vota com razão é pragmático e escolhe o candidato pensando no bem viver para todos, ou seja, na cidade ideal que desejamos. O eleitor emocionado vota com emoção, extravasando sua raiva, revolta e indignação, levando todos para o abismo.
Estudioso
Caro leitor, com o passar do tempo, me tornei um estudioso da Geografia Política e Eleitoral, conversando com a Ciência Política no Mestrado em Geografia – PPGDM/UNIR-RO. Daí senti a necessidade de avançar, dei um passo atrás, larguei o doutorado e decidi cursar a graduação em Marketing com ênfase no Marketing Político e Eleitoral.
Debrucei
Com o estudo do Marketing Político e Eleitoral, aprendi a compreender melhor as redes sociais e os seus impactos na política e nos processos eleitorais. Neste caso, me debrucei no WhatsApp, com ele aprendi a segmentar os contatos, diferenciar grupo, comunidade, linha de transmissão, observar comportamentos e distinguir razão e emoção dos seres humanos.
Explicação
Qual o sentido dessa explicação? Eu tenho mais de 6.500 contatos no meu WhatsApp segmentados e distribuídos em 30 linhas de transmissão. Com essa estratégia, interajo com conteúdos de maneira geral ou específica.
Enquete
Ontem (17), lancei uma enquete em 16 linhas de transmissão perguntando ao eleitor quem venceu o debate da TV Norte Rondônia – afiliada do SBT, o candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) e a candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil)?
Analisaram
Eleitores apaixonados de ambos os lados puxaram sardinha para os seus respectivos candidatos. Já os eleitores serenos e equilibrados analisaram que não houve vencedores, mas empate entre os candidatos. Além disso, consideraram o debate morno entre o candidato Léo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Carvalho).
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Apresentação
Na minha opinião, como estudioso, pesquisador e analista do tema, considero que o primeiro debate foi uma apresentação de ambos os candidatos e os próximos prometem mais emoção e razão para os eleitores. Mas gostei da apresentação do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) e da candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil).
Normalizou
O candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) se apresentou dizendo: “Quem não conhece, eu sou Léo, tenho 40 anos, sou marido da Erika, sou pai da Maitê” e disse ainda que a cidade apresenta os piores índices de qualidade de vida do Brasil. Neste caso, normalizou com palavras diferentes o discurso do ex-candidato a prefeito Mário Português (PP) quando chamou Porto Velho de favela nas eleições de 2012 e caiu vertiginosamente nas pesquisas de intenções de votos.
Sobrenome
Caro leitor, perguntar não ofende: Por que o candidato a prefeito Léo Moraes resolveu ocultar o sobrenome “Moraes” nesta campanha? Por que não diz mais que é filho do delegado de polícia civil e ex-deputado estadual Paulo Moraes? Por que não dizer que é filho da ex-vereadora Sandra Moraes?
Parecidos
Já a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) se apresentou dizendo: “[…] por você não me conhecer tão bem, pode até achar que nós somos candidatos parecidos. Por sermos jovens, tivemos pais que também ocuparam cargos públicos, ao qual eu tenho muito orgulho, e também poderíamos ter estudado até nas mesmas escolas, mas estudamos em escolas diferentes, ele no Pitágoras e eu no Mario Auxiliadora”.
Revelou
Na apresentação da candidata à prefeita Mariana Carvalho (União Brasil), ela revelou ao eleitor que tanto ela como o candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) são filhos de políticos e tiveram a oportunidade de estudar em colégios de classe média alta, diferentemente da maioria dos eleitores de Porto Velho que estudou em escolas da rede pública.
Deixa
A candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil) disse que tanto ela como o candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) foram vereadores e deputados – deputados possuem o instrumento de emendas parlamentares e intermediação de recursos por indicação parlamentar. Portanto, essa é a deixa para o eleitor portovelhense comparar a capacidade de entrega de cada candidato a prefeito de Porto Velho neste pleito, quando estiveram ocupando espaços de poder.
Ouro
O ponto alto do debate foram os ataques velados do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) à gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Daí a candidata a prefeita Mariana Carvalho (União Brasil), que sempre esteve ao lado de Hildon, demonstrou a sua lealdade e fidelidade ao defendê-lo, uma regra de ouro no meio familiar, no ambiente de trabalho, no convívio em sociedade e na política, como bem escreveu Napoleon Hill.
Flexibilizar
Outro tema importante do debate foi o ponto eletrônico dos servidores públicos municipais, que a candidata Mariana Carvalho (União Brasil) disse que vai flexibilizar. Duvido muito que a candidata, mesmo com sua enorme capacidade de diálogo e persuasão, consiga êxito, em especial para os profissionais da Educação e Saúde.
Ponto
O ponto eletrônico implantando na Prefeitura de Porto Velho foi uma cobrança do Ministério Público de Contas que atua junto ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – TCE/RO, na pessoa da procuradora-geral do MP de Contas Érika Patrícia Saldanha Oliveira, esposa do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos).
Sério
Falando sério, na segunda vou trazer minha análise do bloco do debate envolvendo os candidatos a vice-prefeito e a proposta do candidato a prefeito Léo Moraes (Podemos) em relação aos autistas, especial, das salas de aulas exclusivas para autistas. Neste caso, vou expressar a minha opinião como educador e pai atípico.
AUTOR: HERBERT LINS