CONFRONTO
Assembleia Legislativa de Rondônia aprova relatório final da CPI das Reservas Ambientais

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Durante sessão extraordinária, Delegado Camargo defende produtores e critica criação de 11 unidades de conservação pelo governo anterior

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 23/04/2025 - 09h50

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Porto Velho, RO – Na última quarta-feira (16), a Assembleia Legislativa de Rondônia viveu um momento decisivo com a votação do relatório final da CPI das Reservas Ambientais. A sessão extraordinária foi marcada por discursos contundentes e pela reafirmação do posicionamento de parlamentares contrários à criação de 11 unidades de conservação ambiental no estado.

O deputado Delegado Camargo foi uma das vozes mais enfáticas durante os debates. Em sua fala, ele ressaltou o impacto direto das medidas implementadas na gestão do ex-governador Confúcio Moura, classificando-as como prejudiciais às comunidades tradicionais e aos produtores rurais que ocupam historicamente as áreas afetadas.

“Essas reservas não nasceram do diálogo, mas da imposição. Foram criadas de forma arbitrária, no fim de um governo que virou as costas para o seu povo”, criticou Camargo. Segundo ele, as restrições ambientais resultaram em conflitos fundiários e insegurança para milhares de famílias que, até então, desenvolviam suas atividades produtivas de maneira regular.

A CPI, ao longo de seus trabalhos, reuniu um amplo conjunto de informações, colhendo depoimentos de moradores das regiões atingidas, técnicos da Sedam, profissionais do Crea-RO e especialistas em meio ambiente e regularização fundiária. O relatório aprovado recomenda a revisão dos atos administrativos que deram origem às unidades de conservação e aponta possíveis irregularidades no processo.

Durante a sessão, Camargo elogiou o empenho dos parlamentares envolvidos na investigação e destacou a importância do relatório como instrumento de reparação. “Esse relatório não é apenas um documento. É uma resposta à angústia de milhares de rondonienses que foram ignorados pelo poder público”, afirmou o deputado, reforçando seu apoio à causa dos produtores.

Mesmo com a aprovação do relatório, o parlamentar destacou que a luta não termina ali. Ele defendeu a continuidade do acompanhamento político e jurídico do tema, apelando para que os órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, tomem providências a partir das conclusões apresentadas.

Camargo encerrou sua fala reafirmando seus compromissos com a justiça social e a defesa do setor produtivo rural. “Minha postura é clara: não há justiça quando se sacrifica o povo em nome de decisões unilaterais. Lutarei ao lado daqueles que constroem esse estado com as próprias mãos”, declarou.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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