COLUNA DO SPERANÇA
Mosquini, o bolsonarista raiz; Mariana quer voltar à Câmara; e Hildon pode pleitear o Senado

🛠️ Acessibilidade:

Turismo, política e bastidores eleitorais movimentam o cenário rondoniense em meio à seca do Madeira, expectativas para 2026 e avanço de clãs familiares no poder

Por Carlos Sperança - quarta-feira, 21/05/2025 - 09h05

Conteúdo compartilhado 132 vezes

Muito a conhecer

Um dos mais apreciados pontos turísticos do mundo, as misteriosas formações de Stonehenge, círculos de pedras que chegam a ter 5 metros de altura e a pesar quase 50 toneladas, fica na Planície de Salisbury, na Inglaterra. Esse importante sítio têm um equivalente na Amazônia que merece figurar no rol de atrações brasileiras. São 127 rochas dispostas em formato de círculo no litoral Norte do Amapá.

Os pontos turísticos mais visitados do Brasil se concentram no eixo Rio-São Paulo, puxados pela realmente magnífica atração do Cristo Redentor, mas se faz necessária uma divulgação maior também dos locais interessantes espalhados por todo o país, além dos pontos de maior visibilidade, tais como, no Sul, as Cataratas do Iguaçu, as praias de Santa Catarina e a gaúcha Gramado.

Todas as regiões brasileiras possuem locais que merecem foco, mas em qualquer relação de locais turísticos, além dos já mencionados e outros no centro do país, a Amazônia é relacionada como um só item. É como se a floresta e todos os diversos estados nos quais ela se distribui fosse um único local só a ser visitado. 
No caso da Stonehenge brasileira, por ser diferenciada, não há como pretender que seja diluída no conjunto amazônico. Aliás, a floresta é tão ampla e possui tanta diversidade que chega a ser ridículo ostentar o conhecimento superficial de um pedacinho qualquer dela e se julgar expert em Amazônia.

Proposta exequível

Durante as audiências públicas realizadas pela Comissão de Infraestrutura do Senado em Ji-Paraná e Vilhena, sob a presidência do senador Marcos Rogério (PL-RO), o ex-senador Acir Gurgacz (PDT-RO) sugeriu aporte de recursos da bancada federal, através de emendas parlamentares, visando adiantar as obras da duplicação da BR 364 e com isto reduzir os preços exorbitantes projetados pelo contrato firmado pela União, no trajeto da rodovia em Rondônia. Reduzir os valores do pedagiamento é uma das principais reivindicações do agronegócio e da própria população. As audiências em Rondônia foram bem prestigiadas.

As expectativas

Com os deputados federais Fernando Máximo e Mauricio Carvalho, fora da peleja das oito cadeiras a Câmara dos Deputados as expectativas a reeleição melhoram muito para a deputada Cristiane Lopes (União Progressista) e Coronel Chisostomo (PL), cujas votações não foram expressivas na eleição passada. Mas se estes deputados federais não terão a concorrência de Máximo e Mauricio, terão pela frente a ex-deputada federal Mariana Carvalho, o ex-senador Amir Lando, a juíza Euma Tourinho, o pedetista Célio Lopes, entre outros nomes ascendentes no cenário regional.

Pesquisas eleitorais

A quase 18 meses das eleições de 2026, já começam a aparecer as primeiras pesquisas eleitorais para a disputa dos cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Qualquer pesquisa feita agora, mesmo retratando o momento eleitoral, não pode ser levada a sério. Ocorre que nem os candidatos ao governo do estado estão definidos e o quadro deverá sofrer muitas alterações com a criação de federações partidárias e as fusões em andamento. Por conseguinte, as sondagens eleitorais do momento ficam prejudicadas, também com as indefinições das candidaturas ao Senado.

Clãs políticos

Não bastassem os clãs políticos do Cone Sul, liderados pelos deputados Rosangela Donadon, Luizinho Goebel e Ezequiel Neiva, todos apoiando seus ungidos na disputa a Câmara dos Deputados, eis que a região terá mais um clã em formação. Ocorre que a ex-vereadora Sandra Melo, esposa do senador Jaime Bagatolli, se movimenta para a peleja de uma cadeira a Câmara dos Deputados. Com a região tão dividida, ficará difícil o Cone Sul rondoniense voltar a emplacar deputados federais, como ocorreu nas décadas passadas com Reditário Cassol, Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon.

Em Porto Velho

Os projetos em andamento de clãs políticos em Porto Velho também têm aumentado. Do lado do governador Marcos Rocha, ele disputando o Senado, a esposa Luana Rocha e seu mano Sandro Rocha a Assembleia Legislativa. Do lado do ex-prefeito Hildon Chaves, ele disputando uma cadeira ao Senado ou ao governo estadual e a esposa Ieda Chaves, uma vaga na Câmara dos Deputados. No clã Carvalho, Mariana Carvalho na peleja da Câmara dos Deputados, Mauricio na disputa de uma cadeira a Assembleia Legislativa. O clã Moraes, que tem o prefeito Leo Lion, quer eleger o mano Paulo Moraes a deputado estadual. E assim caminha a humanidade.

Apoio declarado

Com o apoio declarado e com o ex-presidente Jair Bolsonaro fazendo campanha ao Senado ao pecuarista Bruno Scheidt já nas visitas aos municípios na próxima semana, teremos muitos bolsonaristas desiludidos em Rondônia. Não será Jaime Bagatolli, que tem mandato por mais quatro anos e tampouco Marcos Rogério, que deve disputar o governo estadual, mas outros políticos bolsonaristas ficarão órfãos nesta peleja ao Senado. Um dos casos é a deputada federal Silvia Cristina (PP) da mesma base de Bruno Scheidt, outros casos são os deputados federais Fernando Máximo (União Progressista), que pratica fidelidade canina ao mito e Lucio Mosquini (MDB), bolsonarista raiz.

Via Direta

*** Impressiona como o Rio Madeira baixou de nível em Porto Velho, despencando muito rapidamente e deixando evidenciado um processo de assoreamento na região do porto Cai N’Água *** Já na região da rodovia transamazônica seguem os problemas da cheia, mesmo com o nível das águas dando uma trégua *** Sobram empregos em Porto Velho com tantas transferências de operários e domésticas para o Paraná e Santa Catarina nos últimos meses para atender as demandas da construção cível, cooperativas, laticínios e supermercados *** Já estamos para o final de maio e estamos no lucro: até agora escapamos das grossas camadas de fumaças provocadas pelas queimadas, pelo menos em Porto Velho. 

AUTOR: CARLOS SPERANÇA





COMENTÁRIOS: