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SÉTIMA ARTE
Curta “Vai com Deus” é roteirizado por jornalista de Rondônia: filme mergulha na dor e resistência ribeirinhas

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Filme com Anselmo Vasconcelos e direção de Neto Cavalcanti será lançado em setembro e retrata, com lirismo e densidade, a vida às margens do rio Madeira

Por Informa Rondônia - domingo, 08/06/2025 - 10h33

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Porto Velho, RO – O ator e diretor Anselmo Vasconcelos voltou a Porto Velho para protagonizar mais uma produção da Rondônia Cinematográfica. No curta “Vai com Deus”, ele dá vida ao coronel Quinca, personagem de caráter ambíguo que integra a narrativa criada a partir da crônica “Zé dos Lírios – o papa defunto”, do músico e ativista cultural Altair Santos, o Tatá. O roteiro foi adaptado por Paulo Andreoli, diretor da produtora, ao lado do premiado Fabiano Barros e do diretor do curta, Neto Cavalcanti.

Com previsão de estreia para setembro, o filme tem 15 minutos de duração e está sendo rodado na comunidade São Sebastião, localizada às margens do rio Madeira. Para que as gravações ocorressem ali, o local passou por intervenções de revitalização, segundo explicou Andreoli. A ambientação inclui a construção de um bar cenográfico e a transformação de um batelão em “barco fúnebre”. As filmagens ocorrem durante a madrugada, das 20h às 4h, para reforçar o tom dramático da obra.

Perfil no Instagram traz notícias sobre o filme / Reprodução

Ao comentar a adaptação da crônica, Andreoli afirma: “Quando li o texto, percebi, de imediato, que tinha em mãos um excelente material para produzir um curta-metragem”. A produção também inclui dois personagens inéditos, ausentes no texto original: o coronel Quinca e Botin.

O diretor Neto Cavalcanti destacou o compromisso da obra com a representação cultural dos povos ribeirinhos. “Vai Com Deus é um filme forte, que retrata a vida, os rituais, os silêncios e as dores de um povo invisibilizado, mas cheio de história e resistência. Dirigir esse curta é também uma forma de devolver à comunidade ribeirinha um pouco da sua própria imagem, da sua cultura e do seu valor”, declarou. Ele definiu o convite para dirigir o curta como um presente.

Já Anselmo Vasconcelos elogiou o enredo e a abordagem estética adotada na produção. “É uma obra cinematográfica robusta, com uma pegada dramatúrgica também densa, mas com a forma poética do contar jornalístico, como o Paulo sabe fazer muito bem. É o tipo de escrita que namora com o realismo mágico, que considera a normalidade social e comportamental humana de uma maneira bastante contundente. É uma denúncia sobre a violência das mais prodigiosas que vi”, afirmou.

A equipe do curta reúne 48 pessoas entre produção, direção, elenco, figurantes e apoio. O projeto foi viabilizado por meio de recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), oriundos do Governo Federal, com gestão da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

IMAGENS DA PRODUÇÃO:

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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