Governador reforça fidelidade e capacidade do novo articulador político em entrevistas recentes e vincula confiança à origem da caminhada política
Porto Velho, RO – Durante o podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira – e publicado exclusivamente pelo Rondônia Dinâmica –, nos dias 1º e 2 de julho de 2025, o governador Marcos Rocha utilizou parte significativa da entrevista para reafirmar a confiança em Elias Rezende, nomeado recentemente chefe da Casa Civil de Rondônia. A escolha, segundo Rocha, não foi apenas técnica ou circunstancial, mas construída ao longo de anos de convivência. “Eu, Luana e Elias Rezende. Os três. Por sinal, tá fazendo um trabalho maravilhoso na Casa Civil”, recordou, ao citar os companheiros de campanha de 2018, época em que a candidatura começou com apenas R$ 19 mil e sem estrutura partidária robusta.
Mais do que elogios, o governador foi explícito quanto ao simbolismo da nomeação: “O Elias estava comigo desde o primeiro momento. É homem da minha confiança.” A fala foi feita no primeiro episódio do Resenha Política (1º de julho), ao explicar a opção por manter pessoas leais nos principais postos do Executivo. Ainda segundo Rocha, havia resistência política à indicação: “Todo mundo fez assim com a cabeça: o Elias não pode assumir a Casa Civil… Por que não? Porque ele é policial penal? Porque ele é da área do Direito também? Qual o problema? Ele é extremamente inteligente.”
Na mesma linha, ao abordar a política de escolha dos secretários, Rocha atribuiu exclusivamente a si os méritos e falhas: “As falhas dos chamamentos dos secretários são minhas. E os acertos dos chamamentos dos secretários também foram minhas, são meus.” A nomeação de Elias, portanto, surge como aposta pessoal, associada à lealdade e ao histórico compartilhado — e não como produto de pressão política ou composição partidária.
No Papo de Redação, programa exibido no sábado, 28 de junho, Elias Rezende já havia apresentado a atuação da Casa Civil como elo entre os Poderes. Destacou a interlocução com a Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), citando o então presidente Alex Redano, além dos líderes governistas Jean Oliveira e Ribeiro do Sinpol. Segundo ele, a relação institucional com o Parlamento garantiu resultados expressivos: “Temos uma média de 98% de aprovação dos projetos encaminhados pelo governador”, disse. “Essa aprovação é fruto do diálogo constante. A gente escuta as bancadas, compreende as pautas e ajusta os projetos conforme necessário.”
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Durante o mesmo programa, Elias explicou que a estrutura montada por Marcos Rocha é de coalizão, baseada na escuta e na negociação: “Nem sempre o projeto que você apresenta tem a simpatia do deputado A ou B, mas, com diálogo, a gente chega num ponto de entendimento”. Ele também afirmou que não há conflitos com os repasses das emendas-pix, reforçando que “não há problema entre o Executivo e o Legislativo nesse aspecto”.
De volta ao Resenha Política, Marcos Rocha abordou diretamente as denúncias feitas por adversários internos, como supostos grampos e práticas de bisbilhotagem atribuídas à Casa Civil. Negou qualquer irregularidade: “Não tem grampo nenhum, não existe isso. Isso é fictício.” Para ele, os ataques à integridade de Elias são motivados por perda de espaço e reação política a mudanças no comando da pasta: “Quando alguém não faz o que se quer, existem pessoas atacando o tempo inteiro para gerar em você a sensação de que a pessoa está errada”.
Rocha relacionou ainda a nomeação de Elias Rezende à reação adversa nas redes sociais: “Criaram 40 páginas de Instagram, 25 sites em dois dias. Tudo para bater”. Ao comentar o ambiente de disputa interna, afirmou que alguns movimentos “amedrontados” começaram após a substituição do comando da Polícia Civil, e que Elias passou a ser alvo de insinuações políticas por sua atuação à frente da articulação.
Apesar disso, o governador reiterou que a estrutura do governo segue firme. “O governo não está rachado. Os secretários estão trabalhando”, disse. Ao ser questionado sobre a crise política envolvendo o vice-governador Sérgio Gonçalves, que judicializou sua relação com a Assembleia Legislativa, Rocha lamentou a postura. “Seria mais honrado se ele tivesse vindo conversar comigo. Foi uma escolha pessoal minha, contra todos. Ainda assim, não conversou, preferiu acionar a Justiça.”
As declarações do governador, em ambos os episódios do Resenha Política, consolidam a imagem de Elias Rezende como um quadro estratégico da gestão, com trajetória compartilhada, lealdade comprovada e capacidade técnica reconhecida. Em meio a instabilidades internas e acusações cruzadas, Rocha mantém o comando ao lado de quem esteve com ele desde o início — e com quem, segundo suas próprias palavras, enfrentou “tudo com fé, coragem e responsabilidade”.
