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BRASÍLIA
De “sem forças” a defensor do impeachment: Bagattoli ataca STF e pede saída de Moraes

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Senador agora acusa o Supremo de ser “aliado da esquerda” e defende saída de Moraes por suposta perseguição a Bolsonaro

Por Informa Rondônia - sexta-feira, 25/07/2025 - 15h45

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Porto Velho, RO – O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) divulgou vídeo em suas redes sociais pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e dirigindo críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a manifestação, o parlamentar declarou que o Brasil estaria sob o domínio de um magistrado que “se acha Deus na Terra”. Segundo ele, o Supremo é “literalmente a favor da corrupção no Brasil” e estaria promovendo uma “perseguição implacável” contra Jair Bolsonaro (PL), a quem se referiu como “um cidadão que não roubou um centavo da União”.

Ainda no vídeo, Bagattoli citou o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em 2017 após a apreensão de R$ 51 milhões em espécie pela Polícia Federal. “Pega um Geddel, que estava com 50 milhões de reais dentro do apartamento, hoje está dando risada. E eu não acredito que devolveu boa parte desse dinheiro, não deve nem ter devolvido”, afirmou. Ele acrescentou que, na sua visão, se o Congresso Nacional não agir para remover Alexandre de Moraes do cargo, o Brasil poderá seguir o mesmo caminho da Venezuela. “Se nós não empitimarmos esse Alexandre de Moraes, nós não vamos por ordem no nosso país”, disse. “Eles vão levar o Brasil ao mesmo sistema que aconteceu na Venezuela.”

O senador também declarou que o STF seria o “maior forte aliado” da esquerda e que sua atuação prejudica o futuro do país. “Precisamos impitimar, porque o Supremo Tribunal Federal está acabando com as futuras gerações do nosso país”, disse Bagattoli. Ao final do vídeo, afirmou: “Isso deixa qualquer cidadão indignado. É isso que eu sinto, porque o certo virou errado e o errado virou certo.”

As falas contrastam com a posição assumida por Bagattoli no fim de 2023, quando perdeu o comando do diretório estadual do PL em Rondônia para o senador Marcos Rogério. Na época, a substituição foi autorizada pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. Em declaração pública, Bagattoli reconheceu sua limitação diante da decisão interna. “Eu não tenho forças para fazer frente a isso”, afirmou. Disse ainda ter conversado com Bolsonaro, que tentou interceder a seu favor, mas não conseguiu reverter a troca. “A decisão final foi do presidente Valdemar Costa Neto.”

À época, o senador havia relatado que trabalhava na montagem de comissões provisórias em municípios rondonienses para estruturar o partido, mas foi surpreendido com a devolução do comando a Marcos Rogério. “O que me surpreendeu é que o nosso presidente nacional do partido me chamou um dia desses e falou que queria devolver o partido ao antigo presidente Marco Rogério.”

Em entrevista anterior à rádio Parecis FM, Bagattoli também direcionou críticas a instituições como Ministério Público, OAB e as Casas Legislativas. Sobre os órgãos, declarou: “É vergonhoso o que é gastar o que a gastança que nós temos nas câmaras de vereadores, assembleia legislativa, Câmara Federal e Senado.” Ele não mencionou, entretanto, os próprios custos do seu gabinete ou os benefícios associados ao seu mandato como senador.

Durante a mesma entrevista, defendeu os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, afirmando que “essas pessoas não são terroristas” por “nunca terem usado arma”. E classificou como injusta a pena aplicada a uma pessoa que escreveu “perdeu, mané”. Também disse que Jair Bolsonaro deveria concorrer novamente em 2026, apesar de a inelegibilidade do ex-presidente se estender até 2030.

Nos últimos meses, Bagattoli manteve alinhamento com o bolsonarismo, mesmo após o indiciamento de Bolsonaro em investigações da Polícia Federal. Além disso, seguiu com críticas ao Judiciário, ao mesmo tempo em que evitou propor medidas de corte de gastos no Senado, onde mantém mandato.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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