Em entrevista ao “Jornal da Manhã” (Jovem Pan News Porto Velho, 91,5 FM), ex-deputado critica governo federal, aponta influência chinesa, ataca STF e convoca reunião com mineradores e pescadores em Rondônia
Porto Velho, RO – O ex-deputado federal Cabo Daciolo, candidato à Presidência em 2018, afirmou que o decreto nº 12.600, que ele disse ter sido publicado em 28 de agosto, trata da “privatização de rios na Amazônia”, citando Madeira, Tapajós e Tocantins. “Vão tentar entregar a nação brasileira”, declarou. A entrevista foi ao ar no “Jornal da Manhã”, apresentado por Wiveslando Neiva, na edição desta segunda-feira (15.09.2025). No estúdio, o apresentador abriu o programa como “hoje, dia 15 de novembro de 2025”, às “7 horas e 4 minutos”.
Ao início, Daciolo fez referências bíblicas, disse que “o momento do Brasil é muito delicado” e situou Rondônia como central para um “avivamento”. “Esqueçam religião, estamos falando de amor”, afirmou. Em seguida, vinculou o tema espiritual à geopolítica: “Eu tô visualizando o atual governo querendo entregar a nação brasileira nos braços da China”. Questionado se a medida visaria “entregar à China”, respondeu: “A movimentação está sendo essa”.
Sobre impactos locais, disse ter percorrido o Rio Madeira, visitado a UHE Santo Antônio e conversado com pescadores. Relatou que, diante da estrutura da usina, “os peixes ficam localizados praticamente em 80%… batendo a cabeça”, citou a piracema e defendeu “legalizar esse setor” com regras de segurança e horários. Estendeu a proposta ao garimpo: “Legalizar o garimpo dentro do território nacional”, com atualização da Agência Nacional de Mineração e redução de burocracia.
No eixo econômico, afirmou que Rondônia “é a sexta na produção de gado” e questionou o preço local: “Por que que a arroba de Rondônia é a mais barata?”. Mencionou “JBS”, “Minerva” e “Frigon” ao falar em “monopólio no domínio do arroba local”, com suposto “esmagamento” do produtor. Criticou a logística na BR-364 e disse ver “isolamento” do estado, citando dificuldades de voos e atendimento no aeroporto de Porto Velho.
Daciolo sugeriu a criação de duas estatais: “Já passou do momento de criarmos a Ourobras”, “um polo central de mineração do mundo”, e “além da Ourobras, tem a Madebras”, para “regulamentar”, “legalizar” e “deixar o povo trabalhar”.
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Em críticas a instituições, declarou que “um dos grandes problemas da nação é o próprio Congresso Nacional”, descreveu a reunião do Colégio de Líderes “toda terça-feira” e disse que “esse papo de esquerda e direita é uma grande mentira dentro do poder”. Sobre o Supremo Tribunal Federal, afirmou: “Quem pode parar o STF chama-se Senado Federal”, defendendo que a Casa tem competência para levar adiante pedidos de impeachment de ministros.
Ao tratar de finanças públicas, defendeu “auditoria da dívida pública”, citou Getúlio Vargas e Oswaldo Aranha e disse: “Nós estamos falando já de uma dívida pública acima da casa de 7 trilhões”. O apresentador mencionou “a cada 37 dias” como referência a criação ou aumento de tributos; Daciolo respondeu: “Vamos fazer o Brasil crescer… Pede uma auditoria da dívida pública agora”.
Na geopolítica, falou em “mudança de ciclo” do poder global, com os Estados Unidos pós-Segunda Guerra e “direção da China” agora. Disse que “Trump, o Putin, o Xi Jinping… servem a 13 famílias” e relatou “um encontro do Trump junto com o Putin… no Alasca”, em “15 de agosto”, além de “movimentação de navios em direção da Venezuela”. Afirmou que “no começo do mês de agosto” houve reunião de “quatro grandes potências nucleares”: “China, Rússia, Índia e Coreia do Norte”. Avaliou “perigo… de uma nova guerra… atômica”, mas definiu o Brasil como “ponto neutro… da pacificação”.
Em outro trecho, pediu que ouvintes pesquisassem as “pedras da Geórgia” e a “casa da família Abraâmica”, em Abu Dhabi, associando os temas a leituras bíblicas. Sobre Israel, afirmou que “90% do povo de Israel” “não acredita que Jesus é o Messias” e que “os rabinos alegam que o Messias… já está no meio deles”. Relacionou “Trump” a “Ciro da Modernidade” e disse que “o significado Trump é a trombeta”.
Ao recordar 2018, declarou ter gasto “menos de 10 mil reais” na campanha, sem pedir votos em outros estados: “Fiquei em cima de um monte no Rio de Janeiro”. Disse que não apoiou “Haddad” nem “Bolsonaro” e que espera “o momento… para questionar por que que eles estão entregando a nação brasileira”.
No encerramento, convocou reunião em Rondônia “pro mês que vem” com “mineradores”, “pescadores” e “agricultor de forma geral”, e divulgou contato: “021 9 7444-3491”. “Dizer ao povo de Rondônia que amo vocês… e pedir… que nos ajudem em oração”, afirmou. O apresentador agradeceu a participação e encerrou a edição às “8 horas e 4 minutos”.