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EDITORIAL
Renúncia de Flori pode aumentar capilaridade de Máximo no interior e reforçar aproximação com o Podemos de Léo Moraes

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Deputado amplia presença além da Capital com apoio do prefeito de Vilhena e consolida diálogo com liderança do Podemos na capital

Por Informa Rondônia - quinta-feira, 18/09/2025 - 15h49

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Porto Velho, RO – O anúncio feito nesta quinta-feira, 18 de setembro de 2025, pelo prefeito de Vilhena, Delegado Flori (Podemos), de que pode renunciar ao cargo para disputar a eleição como vice de Fernando Máximo, acrescenta uma nova peça à engrenagem política de 2026. A movimentação reforça a estratégia do deputado federal de ampliar sua base eleitoral no interior e, ao mesmo tempo, estreitar os laços com o Podemos, partido liderado em Rondônia pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes.

Em entrevista ao Folha do Sul Online, Flori criticou a ausência de obras do governo estadual em Vilhena e destacou a carência de investimentos em infraestrutura e segurança. Comparou os resultados do programa Tchau Poeira em diferentes municípios e apontou que Vilhena não recebeu novos asfaltos, enquanto cidades como Ji-Paraná e Cacoal teriam sido contempladas com mais de 50 quilômetros. Relatou ainda que a Polícia Militar conta com apenas duas viaturas por turno para atender uma população de cerca de 110 mil habitantes.

Flori vai meter o pé: anúncio foi dado de forma exclusiva ao Folha do Sul Online

Ao mesmo tempo em que expôs os problemas locais, o prefeito valorizou a atuação de Máximo. “Ele já veio mais vezes aqui que certamente todos os secretários do governador e o próprio governador somados e entregou dezenas de milhões em emendas. Ele mostra na prática o que esperamos de um governador, que é presença, investimento e respeito com nossa população”, afirmou. Essa declaração não só sinaliza apoio direto, como também coloca o Podemos no centro da articulação estadual.

Dois dias antes, em 16 de setembro, Máximo já havia deixado claro, em entrevista ao podcast Resenha Política, que há “grande possibilidade” de deixar o União Brasil e que mantém conversas avançadas com Marcos Rogério (PL) e Léo Moraes (Podemos). Relatou reuniões separadas com cada um e mencionou dois encontros entre Rogério e Moraes para discutir alinhamento. Ao dialogar com Flori e contar com a sua disposição em compor chapa, o deputado fortalece esse elo com o Podemos em duas frentes: a capital, sob liderança de Léo, e o interior, sob comando de Flori.

Esse arranjo cria uma convergência estratégica. Léo Moraes, como prefeito de Porto Velho, detém influência direta na capital, enquanto Flori oferece capilaridade no Cone Sul, região eleitoralmente decisiva. Ambos, dentro da mesma sigla, ampliam as condições de Máximo costurar uma aliança que pode incluir também o PL de Marcos Rogério. A presença de dois prefeitos de cidades-chave no mesmo projeto amplia o alcance territorial da candidatura.

Na mesma entrevista de 16 de setembro, Máximo apresentou dados de programas que diz ter coordenado, como o “Enxergando com Amor”, responsável por 16 mil consultas oftalmológicas em crianças, e o “Castra Mais Rondônia”, que já teria realizado mais de 9 mil castrações de cães e gatos. Também mencionou investimentos em hospitais, como a compra do Regina Pacis por R$ 12 milhões, que, segundo ele, hoje vale até R$ 40 milhões. Esses números, somados ao gesto de Flori, compõem o discurso que Máximo pretende levar ao eleitorado: presença, resultados e parcerias institucionais.

Assim, a entrada do prefeito de Vilhena no radar da chapa não afasta Máximo de Léo Moraes. Pelo contrário: fortalece a possibilidade de uma aliança que, com o Podemos atuando em conjunto com o PL, amplia o arco de sustentação da pré-candidatura. Máximo passa a se apoiar simultaneamente em duas das principais lideranças do partido, criando um eixo que conecta Porto Velho ao interior.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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