FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

Vereador Thiago Tezzari é afastado do cargo em operação da Polícia Civil e do Ministério Público

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências, empresas e no gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Porto Velho

Por Informa Rondônia - sexta-feira, 10/10/2025 - 08h13

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Porto Velho, RO – A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2), e o Ministério Público Estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram na madrugada desta sexta-feira (10) a Operação Face Oculta. A ação teve como alvo o vereador Thiago Tezzari (PSDB) e cinco assessores parlamentares.

De acordo com informações oficiais, a operação tem como objetivo o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão, além de seis medidas cautelares de afastamento de função pública. Também foram impostas proibições de acesso às dependências da Câmara Municipal de Porto Velho e de contato entre os servidores investigados. As determinações foram expedidas pela 2ª Vara de Garantias da capital.

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As investigações, conduzidas pela Draco 2 em conjunto com o Gaeco, apuram indícios de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Segundo a apuração, o esquema envolveria práticas conhecidas como “rachadinha” e “funcionários fantasmas”, utilizadas para o desvio e apropriação de parte da remuneração de servidores comissionados lotados no gabinete parlamentar.

Os mandados foram executados por equipes do Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decco), Draco 1 e 2, Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor), Delegacia de Assuntos Penitenciários, Gerência Administrativa e Financeira (GAF), Denarc, Caex e Gaeco. As buscas ocorreram no gabinete de Thiago Tezzari, em residências, empresas e em uma associação cultural ligada aos investigados.

A decisão judicial determinou o afastamento temporário do vereador e de seus cinco assessores por um período inicial de 30 dias. O nome da operação faz referência à “face oculta” da remuneração dos assessores, cuja parcela, segundo a investigação, era desviada e apropriada pelo parlamentar, mascarando a verdadeira destinação dos valores.

As informações foram divulgadas pela Gerência de Comunicação Integrada (GCI) da Polícia Civil de Rondônia.