Ação encerra ciclo anual de apoio a estivadores e avulsos afetados pela vazante do Rio Madeira
Porto Velho, RO – A rotina no Porto de Porto Velho segue impactada pela baixa do Rio Madeira, fenômeno que reduz a movimentação de cargas e afeta a renda dos trabalhadores. Diante desse cenário, o Governo de Rondônia finalizou na quinta-feira (30) a terceira e última etapa de distribuição de cestas básicas deste ano. Foram entregues 123 unidades a trabalhadores portuários avulsos (TPAs) e estivadores, com coordenação da Gerência de Proteção Social Especial da Secretaria de Estado da Mulher, da Família, da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas). O auxílio integra as ações de proteção social voltadas a famílias com renda reduzida durante o período de estiagem.
Entre os beneficiados está o portuário Emiliano Santos da Silva, de 52 anos, que atua no terminal público há três décadas. Casado e pai de dois filhos, ele afirma que a baixa do rio reduz as oportunidades de trabalho. “Todo ano que chega nesse período é a mesma coisa: diminui o trabalho. Antes, a gente fazia seis diárias por semana. Agora, duas, três no máximo. Uma diária é R$ 107, e lá em casa tudo depende de mim. E agora a gente tá tendo essa ajuda, né? Já é o segundo ano”, contou.
A entrega foi realizada na sede da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), responsável pela administração do porto. Para os trabalhadores, o benefício representa um reforço na segurança alimentar; para o governo, a medida é parte de uma política contínua de apoio a famílias afetadas por eventos climáticos extremos.
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O governador Marcos Rocha destacou que o Estado mantém diálogo com o setor portuário e busca oferecer suporte durante a seca. Segundo ele, o objetivo é assegurar estabilidade mínima e reconhecimento aos profissionais que mantêm o funcionamento do porto.
A assessora técnica da Seas, Alicy Saucedo Leites, explicou que o benefício resulta da articulação entre secretarias e tem como foco oferecer previsibilidade às famílias. “A gente entende que as famílias precisam de uma previsão. E esse benefício veio da articulação com a nossa secretaria, que tem esse papel, enquanto gerência de proteção social, de levar essa proteção às famílias. A alimentação também é uma forma de garantir segurança alimentar, que é um direito constitucional”, declarou.
O diretor-presidente da Soph, Fernando Parente, ressaltou que a estiagem influencia diretamente a movimentação de cargas e, por consequência, a renda dos portuários. “Essas ações mostram sensibilidade do governo com quem faz o porto funcionar”, afirmou.




