Mesmo com apoio do governador Marcos Rocha, de 12 partidos e de líderes políticos influentes, a ex-deputada sofre revés no segundo turno em 2024 e enfrenta incertezas sobre a carreira política
Porto Velho, RO – Mariana Fonseca Ribeiro Carvalho de Moraes, a Mariana Carvalho, atualmente no União Brasil, construiu uma carreira política sólida e influente em Rondônia, consolidando-se como uma das principais figuras do estado. Ao longo dos anos, a trajetória de Mariana foi marcada por grandes vitórias e desafios, passando por momentos de ascensão e quedas recentes. Agora, após duas derrotas consecutivas, surge a questão: qual será o futuro de Mariana na política rondoniense?
Em 2014, Mariana iniciou seu ciclo de vitórias ao se eleger deputada federal com 60.324 votos (7,55%), ocupando o terceiro lugar geral no estado. Naquele pleito, ela superou nomes tradicionais como Nilton Capixaba (PTB), que obteve 42.353 votos, e Lucio Mosquini (MDB), que alcançou 40.595 votos. Foi um início promissor que a colocou em uma posição de destaque e a projetou como uma das principais lideranças jovens de Rondônia.
Contudo, nas eleições de 2018, Mariana enfrentou um sinal de alerta. Ao buscar a reeleição, viu sua votação cair significativamente para 38.776 votos (4,95%), o que a colocou na terceira posição entre os eleitos. Nesse pleito, Léo Moraes, então uma figura em ascensão, obteve expressivos 69.565 votos, deixando Mariana para trás com uma diferença de mais de 30 mil votos.
Determinada a expandir sua influência, em 2022, Mariana trocou o PSDB pelo Republicanos e se lançou candidata ao Senado Federal. Com uma campanha forte, apoiada por importantes lideranças locais, ela parecia bem posicionada. No entanto, acabou sendo derrotada pelo pecuarista Jaime Bagattoli (PL), que venceu com 35,80% dos votos, enquanto Mariana obteve 32,15%. A derrota para Bagattoli marcou o início de uma fase desafiadora em sua carreira.
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Sem desistir, Mariana decidiu tentar uma nova guinada política em 2024 ao concorrer à prefeitura de Porto Velho. Neste ciclo, ela fez uma mudança estratégica de partido, filiando-se ao União Brasil, o mesmo partido do governador Marcos Rocha. No primeiro turno, Mariana liderou com 44,53% dos votos, superando Léo Moraes, que teve 25,65%. Sua campanha foi impulsionada por um apoio robusto, que incluiu 12 partidos, além de aliados de peso como o governador Marcos Rocha, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz, e o atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB). A influência do irmão, Maurício Carvalho, líder da bancada federal rondoniense, também foi um trunfo importante para sua campanha.
Porém, mesmo com esse extenso apoio político e partidário, Mariana enfrentou mais um revés no segundo turno. Léo Moraes conseguiu uma virada impressionante, vencendo com 56,18% dos votos contra 43,82% de Mariana. Essa derrota marcou o segundo grande tropeço de Mariana em sua carreira recente, deixando dúvidas sobre os próximos passos da política que, aos 37 anos, ainda carrega o peso de ser uma das figuras mais proeminentes da nova geração em Rondônia.
Agora, diante dessas duas derrotas consecutivas — para Bagattoli em 2022 e para Léo Moraes em 2024 —, muitos se perguntam qual será o próximo movimento de Mariana. Será que ela ainda terá disposição e apoio suficiente para tentar um novo cargo majoritário em 2026? Ou talvez opte por retornar à Câmara Federal, onde já teve sucesso anteriormente?
A resposta para essas questões vai depender de sua capacidade de se reinventar e da disposição dos eleitores de Rondônia para dar a ela mais uma chance. Mesmo com um histórico de apoios poderosos, o cenário político local se mostra cada vez mais competitivo, e Mariana terá que repensar sua estratégia se quiser manter-se relevante e com chances de uma recuperação futura.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA