Investigados usavam codinome no WhatsApp
Porto Velho, RO – A operação “Punhal Verde e Amarelo”, deflagrada pela Polícia Federal, revelou um plano que teria como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação aponta que o esquema foi elaborado no final de 2022, envolvendo quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal, que estão presos. Documentos detalham o uso de armas de fogo e até veneno nos possíveis atentados.
Segundo a PF, o planejamento, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, chegou a ser debatido em reuniões no Palácio do Planalto e na residência do general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro. Conversas interceptadas mostraram que os envolvidos cogitaram ações durante eventos públicos e analisaram condições logísticas para a execução dos crimes. O arsenal descrito incluía metralhadoras, lança-granadas e lança-foguetes, itens considerados armamento de guerra.
Ainda segundo as investigações, o grupo golpista pretendia formar um “gabinete de crise” liderado por generais ligados ao governo Bolsonaro, caso os assassinatos fossem realizados. As ações, no entanto, foram abortadas após os suspeitos perderem o momento estratégico.
Declarações de Chrisóstomo
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) se pronunciou sobre o caso, classificando as investigações como infundadas. Em suas redes sociais, publicou um texto e um vídeo em que nega a existência do plano revelado pela PF.
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“Essa coisa que algumas pessoas e a imprensa estão dizendo que estão tentando matar Lula, Alckmin e Moraes… A única verdade que o Brasil sabe é que Adélio Bispo tentou matar Jair Bolsonaro e muitas instituições fazem vista grossa. Isso é real. A esquerda faz de conta que nada aconteceu!”
No vídeo, o parlamentar reforçou a sua visão:
“Olha, essa coisa de dizer que não sei quem está tentando matar e não sei o que e tal, gente, é um monte de conversa furada. A única coisa que o Brasil sabe, e é verdadeiro, foi o Adélio Bispo, que tentou matar o presidente Bolsonaro. Isso é real. Isso é verdadeiro.”
Chrisóstomo ainda direcionou críticas ao governo Lula e à esquerda:
“Essa esquerda faz de conta que nada aconteceu, porque é um bando de irresponsável. Está lá o presidente Bolsonaro com a marca na barriga, porque essa esquerda é covarde, é mentirosa. Há exemplo desse senhor que anda mentindo, que tirou 24 milhões de famílias da pobreza. Só um maluco acredita nisso. Pelo amor de Deus, perdoai esse mentiroso.”
Contradição com os fatos apurados
As declarações do deputado contrastam com os elementos apresentados pela Polícia Federal. Os documentos e mensagens obtidos pela investigação indicam que o plano existiu e que os envolvidos estavam organizados para executá-lo. Apesar disso, Chrisóstomo focou sua narrativa na tentativa de homicídio sofrida por Bolsonaro, descartando a validade das novas revelações.
O caso segue sob investigação, com os suspeitos detidos prestando depoimentos. As reações às falas do deputado têm gerado repercussões nas redes sociais, dividindo opiniões entre apoiadores e críticos.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA