A sagrada política desacelera o crescimento evangélico no país
CARO LEITOR, analisando os dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicaram o crescimento de quase 24% na quantidade de evangélicos no país, porém, pastores aguardavam um crescimento de 50%, esse percentual garantiria ultrapassar o número de católicos no Brasil. O número é expressivo, mas representa desaceleração do crescimento dos evangélicos em relação a décadas anteriores. Segundo pastores evangélicos mais lúcidos, a desaceleração dos setores protestantes no país tem relação com a mistura de política com religião promovida pela extrema direita. Esse fenômeno de misturar o sagrado com política cria um ambiente adverso nos templos religiosos, gera polêmica entre os membros das igrejas e divide famílias. Por sua vez, a extrema direita coopta pastores, partidariza o sagrado no púlpito das igrejas, demoniza, criminaliza e persegue quem não adere a esse movimento da sagrada política.
Desaceleração
Durante o culto, o pastor Aluízio A. Silva, fundador da Igreja Videira, comentou os dados do novo Censo do IBGE 2022 sobre a religião no Brasil e atribuiu ao bolsonarismo a desaceleração do crescimento das igrejas evangélicas no país.
Bolsonarismo
Para o pastor Aluízio A. Silva, fundador da Igreja Videira, embora o IBGE não aponte as causas, a razão é clara: “Eu vou te dizer qual é a causa disso. Foi o bolsonarismo. Quando os pastores no púlpito resolveram assumir politicamente algo, fecharam a porta da igreja para um montão de gente”, criticou.
Afastou
O pastor Aluízio A. Silva, fundador da Igreja Videira, é bastante próximo do coach Pablo Marçal, que costuma citar a igreja em compromissos, entrevistas e cursos de enriquecimento fácil. Segundo o pastor Aluízio, o fenômeno da sagrada política da extrema direita afastou pessoas de posições ideológicas diferentes das igrejas, mas também aquelas que não querem se identificar com um segmento político e partidário.
Quebrou
Em entrevista exclusiva a Everton Leoni na SIC-TV, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil), visivelmente sereno, quebrou o silêncio em relação aos movimentos políticos ocorridos enquanto esteve em Israel.
Confirmou
O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) confirmou sua disposição de concorrer a uma das vagas ao Senado nas eleições de 2026 durante a entrevista. Mas deixou no ar a indefinição do nome do companheiro de chapa na disputa ao Governo de Rondônia, ou seja, o candidato a governador que deverá ungir. Neste caso, Sérgio parece não ser o preferido por Rocha.
Vacilo
Durante a entrevista, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) considerou um “tremendo vacilo” do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) pedir publicamente a exoneração do novo chefe da Casa Civil, Elias Rezende. Rocha disse que quem escolhe secretário é o governador, tomou conhecimento da nota oficial de Rezende em resposta a Sérgio e achou coerente, afirmando que o foco é a governabilidade.
Sérgio
Perguntado se vai manter o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) à frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de Rondônia – SEDEC, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) disse que vai conversar “olho no olho” com o mesmo sobre a tomada de posicionamentos durante a sua ausência. Depois dessa reunião, decidirá o que fazer com Sérgio.
Escolha
Na entrevista, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) disse que a escolha de Sérgio Gonçalves (União Brasil) para compor a chapa como vice-governador nas eleições de 2022 partiu dele próprio, enfrentando todas as opiniões contrárias, inclusive do irmão, Júnior Gonçalves. Neste caso, o comportamento de Sérgio expressa ingratidão pela oportunidade que ganhou das mãos de Rocha.
Crise
O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) pretende conversar com o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) para entender as motivações por trás da crise política instalada no estado durante a sua permanência em Israel. Neste caso, motivos que levaram Sérgio a apoiar publicamente a live promovida pelo seu irmão Júnior Gonçalves afirmando existir um poder paralelo no âmbito do governo para assassinar reputações.
Bocas
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Como estudei o livro Simbolismo em Geral de Dan Sperber, compreendi o discurso implícito do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) sobre as motivações políticas por trás da crise instalada enquanto esteve ausente do estado. Rocha não comentou a live do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, mas deixou no ar a existência de “bocas tortas” que tentam desestabilizar o seu governo. Um recado a Júnior.
Conder I
Falando em Gonçalves, o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia – FIERO, Marcelo Thomé, demonstrou na última reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia – CONDER, vinculado à SEDEC, pasta ocupada pelo vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), a sua insatisfação é com o uso dos recursos do fundo.
Conder II
Segundo Marcelo Thomé, presidente da FIERO, em tom de desabafo na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado de Rondônia, registrou em ata a sua indignação com o uso dos recursos do CONDER para promover feiras, enquanto deveria estar fomentando o desenvolvimento industrial no âmbito estadual.
Massa
O vereador Dr. Breno Mendes (Avante), líder do prefeito Léo Moraes (Podemos), subiu ontem (23) à Tribuna do Plenário da Câmara Municipal de Porto Velho – CMPV, para comunicar aos vereadores e à população da capital, a compra de massa asfáltica pela prefeitura da capital para realizar a operação tapa-buraco.
Ata
Segundo o vereador Dr. Breno Mendes (Avante), a Prefeitura de Porto Velho, contratou a empresa Eixo Norte por adesão de ata de preços no valor de R$ 26 milhões para adquirir massa asfáltica. Já houve o empenho de R$ 8 milhões e foram entregues 100 toneladas à SEMOB, essa quantidade representa dez dias de trabalho da referida pasta segundo Breno.
Bate-boca
Por conta do processo de adesão da ata de preço para adquirir massa asfáltica no âmbito da Prefeitura de Porto Velho, houve bate-boca entre o vereador Marcio Pacele (Republicanos) e o vereador Marcos Combate (Agir) na sessão plenária de ontem (23) na CMPV. Em tom acalorado, Pacele afirmou que o seu colega Combate não é bonzinho e joga a população contra os vereadores, quando deveria respeitar os seus pares.
Santo
Não existe empresário santo nesse país, a carga tributária e a CLT os transformam em demônios. Eu conheço todo o processo de possuir uma empresa por dentro e por fora, em especial, quando se assume a responsabilidade de contratar pessoas. Assim, o vereador Marcos Combate (Agir), antes de ser político, é empresário e sua atuação política não se mistura com sua atuação empresarial no momento.
Posicionamento
O vereador Marcos Combate (Agir) escolheu o caminho da oposição ao prefeito Léo Moraes (Podemos). O posicionamento político o levou a fazer uma rigorosa fiscalização da gestão municipal, o que pauta o seu mandato. Combate cobra correção de falhas da gestão, cobra transparência e oferece denúncias.
Denuncismo
Para alguns, o vereador Marcos Combate (Agir) faz um mandato com base no denuncismo por denuncismo sem fundamentação em relação à gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos). Mas todas as denúncias realizadas por Combate, cabe aos órgãos de fiscalização e controle dizer se são ou não infundadas.
Licitações
Na sessão plenária da Câmara Municipal de Porto Velho, o vereador Dr. Devanildo Santana (PRD), em aparte, pediu que a Prefeitura de Porto Velho realize licitações em vez de adesão de atas de preço. Mas cabe ao vereador Santana fazer o seu papel de fiscalizador e questionar a legalidade da adesão de atas nos órgãos de fiscalização e controle.
Sério
Falando sério, a expressão sagrada política é um termo que defendo por se referir ao fenômeno do bolsonarismo no uso das religiões para justificar a sua existência política. Além disso, desvirtua o conceito original da ideia de que a política, em sua essência, deveria ser um espaço de busca pelo bem comum e pela justiça social, guiada por valores éticos e morais.
