Medidas estratégicas incluem foco em municípios de fronteira e regiões com baixa cobertura vacinal
Porto Velho, RO – O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), mantém ações voltadas à prevenção do sarampo diante do risco de circulação do vírus em países vizinhos, como a Bolívia. As medidas priorizam municípios de fronteira e áreas com índices de imunização abaixo do recomendado.
O governador Marcos Rocha ressaltou que os investimentos na área reforçam a importância da imunização como forma de prevenção, especialmente em regiões de fronteira. O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, informou que as vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde dos 52 municípios e que está sendo reforçada a aplicação da “dose zero” em crianças de 6 a 11 meses. Ele acrescentou que há acompanhamento dos índices de cobertura vacinal para assegurar a proteção da população.
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Dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), atualizados em 5 de agosto de 2025, mostram que, nos municípios de fronteira, a cobertura média da 1ª dose da vacina tríplice viral é de 90,24%, enquanto a 2ª dose alcança 79,11%. Nova Mamoré registra 135,46% na 1ª dose e 95,74% na 2ª. Já Cabixi e Pimenteiras do Oeste apresentam os menores índices: 60,98% e 70,59% na 1ª dose, respectivamente, e menos da metade da população vacinada com a 2ª dose. A Agevisa mantém ações de bloqueio e vacinação seletiva nessas localidades.
No caso da aplicação da “dose zero” — destinada a crianças de 6 a 11 meses —, foram administradas 936 doses em Rondônia. Porto Velho lidera com 409 aplicações, seguido por São Francisco do Guaporé (102), Nova Mamoré (88) e Alta Floresta D’Oeste (75). A iniciativa busca antecipar a proteção do público infantil em áreas com maior risco de circulação do vírus.
Com apoio das secretarias municipais de saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), o estado mantém monitoramento de casos suspeitos. Até o momento, quatro registros estão sob investigação. A Agevisa orienta que a população procure atendimento médico ao identificar sintomas como febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse seca, coriza e conjuntivite, e que casos suspeitos sejam isolados para evitar transmissão.