Em artigo, senador pelo MDB de Rondônia critica superficialidade de campanhas e defende liderança com visão de longo prazo
Porto Velho, RO – O senador Confúcio Moura (MDB-RO) publicou no último domingo, 10 de agosto, em seu blog, uma análise sobre o cenário político brasileiro contemporâneo, que classificou como “um campo minado” em razão do acirramento da polarização e da crescente intolerância.
Segundo o parlamentar, o ambiente democrático sofre enfraquecimento à medida que o debate público se transforma em um “campo de batalha emocional e improdutivo”. Para ele, quando “um lado se manifesta, o outro reage com rejeição imediata”, o que impede o amadurecimento das ideias.
Confúcio destacou que a população está informada e que os noticiários acompanham acontecimentos em tempo real, tornando quase impossível alegar desconhecimento sobre os fatos. Apesar disso, o senador afirma que o cidadão comum permanece “impotente entre eleições”, acumulando frustração e desconfiança, tendo apenas o voto como instrumento de mudança.
No texto, o parlamentar critica o modelo atual de campanhas eleitorais, que, segundo ele, embalam candidatos “como produtos de prateleira”, com “aparência cuidada, discurso ensaiado” e promessas moldadas para agradar ao maior número possível de eleitores. “A propaganda política transforma figuras comuns em heróis de ocasião — personagens construídos para inspirar esperança, ainda que vazios de conteúdo real”, escreveu.
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Para Confúcio Moura, muitos postulantes sabem exatamente o que dizer para conquistar apoio, mesmo que isso implique abrir mão da coerência. “A política virou um palco, e seus atores seguem roteiros já conhecidos”, afirmou, acrescentando que grande parte das estratégias atuais são repetições de práticas antigas apresentadas como novidades.
O senador defendeu que o Brasil precisa de lideranças com visão de longo prazo, dispostas a tomar decisões difíceis sem se guiar por cálculos eleitorais. Ele ressaltou que o país necessita de “um condutor firme, que tenha coragem de enfrentar resistências e conduzir o país com responsabilidade, mesmo que isso custe popularidade”.
Confúcio alertou ainda que, caso o rumo atual não seja alterado, a instabilidade poderá tornar o Brasil “praticamente ingovernável” já na próxima década. Segundo ele, os indicadores mostram que “a matemática não se impressiona com discursos” e que, sem uma mudança real, “o colapso será apenas uma questão de tempo”.
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