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CULTURA AMAZÔNICA
Dia do Folclore em Rondônia ressalta tradições culturais e apoio institucional

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Festividades e projetos recebem investimentos para preservação da diversidade regional

Por Informa Rondônia - sábado, 23/08/2025 - 11h20

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Porto Velho, RO – O Dia do Folclore, celebrado nesta sexta-feira (22), marca a valorização das tradições culturais, abrangendo lendas, danças, músicas, festas populares, artesanato, culinária e brincadeiras. O termo “folclore” foi criado em 1846 pelo britânico William John Thoms, a partir da união de folk (povo) e lore (conhecimento). No Brasil, a data passou a ser oficial em 1965. No âmbito da cultura amazônica, a Assembleia Legislativa de Rondônia atua na preservação da diversidade cultural do estado.

Segundo informações da assessoria da deputada Ieda Chaves (União Brasil), presidente da Comissão de Educação e Cultura, entre 2023 e 2025 foram destinados R$ 5.679.371,54 em emendas parlamentares individuais e de bancada para apoiar entidades e projetos culturais. A execução é feita em parceria com a Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

Entre as celebrações, de 1º a 10 de agosto de 2025 ocorreu no Parque dos Tanques, em Porto Velho, o 41º Arraial Flor do Maracujá, considerado o maior festival da região norte, com participação de 42 grupos folclóricos. Durante os dez dias, foram realizadas apresentações de quadrilhas juninas e bois-bumbás. Na categoria adulta, a quadrilha JUABP e o boi-bumbá Az de Ouro venceram. Na categoria mirim, os vencedores foram a quadrilha Rádio Farol e o boi-bumbá Estrelinha.

A quadrilha Rádio Farol foi criada em 1997 por Marquinhos, Luciane e Marinete, com apoio do professor Severino, que promoveu intercâmbio em Campina Grande (PB) e introduziu a temática do cangaço. Desde sua primeira participação na Flor do Cacto até o convite para o Flor do Maracujá em 1998, o grupo já conquistou 13 títulos. Atualmente, mantém um Centro Cultural na zona norte de Porto Velho, onde realiza atividades sociais gratuitas com crianças. O presidente em exercício, Rei Silva, destacou que “Hoje tem a emenda parlamentar, mas antigamente não tinha nada, a gente se virava. Hoje em dia o repasse é diretamente do deputado, uma emenda do deputado que através da Sejucel a gente recebe”.

Outro destaque cultural é a Festa do Divino Espírito Santo, tradição religiosa realizada no Vale do Guaporé durante o Dia de Pentecostes. A romaria aquática envolve 34 integrantes, entre remeiros, foliões e representantes das irmandades. A professora Erineide Rodrigues Pinheiro explicou que a celebração tem duas etapas: visitas às comunidades ribeirinhas e a reunião final das irmandades para definir a organização do ano seguinte. Segundo ela, “Os símbolos sagrados visitam as comunidades: a coroa, o cetro e a bandeira onde os devotos ficam à espera para fazer a adoração a esses símbolos”.

Em novembro de 2024, Guajará-Mirim sediou o Duelo na Fronteira, com a disputa entre os bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo. O evento contou com R$ 500 mil em emendas destinadas pela deputada estadual Dr. Taíssa (Podemos). O boi Malhadinho saiu vencedor da edição. Na ocasião, também foram entregues votos de louvor às agremiações participantes. A presidente do boi, Camila Miranda, declarou: “O Malhadinho, com seus 39 anos de existência, não é apenas um boi: é nossa alma. Ele dá voz ao nosso povo e abre caminhos para crianças, jovens, adultos e idosos, afastando-os da marginalidade e aproximando-os da dança, da música e da cultura. Cada batida do tambor é um grito de esperança, cada coreografia carrega um pedaço da nossa história. Resgatamos costumes e memórias esquecidas, que passam de geração em geração, reafirmando nossa resistência e identidade. E sua importância vai muito além da arena: o Malhadinho é acolhimento, é aconchego, é educação coletiva, é saúde física e mental, é sustento e comida na mesa de centenas de famílias dos artesãos aos ambulantes. Ele é vida pulsando, é economia criativa em Rondônia”.

Para apoio a eventos dessa natureza, a Assembleia Legislativa aprovou em julho o montante de R$ 32.328.725,47. Além das apresentações, as manifestações populares incluem relatos de lendas amazônicas como Mapinguari, Curupira e Iara. A culinária regional também está presente. Conforme o chefe Alves Barbosa, os pratos vão “de caldeirada de tambaqui e de dourado, os assados na brasa, a jatuarana recheada e o pirarucu de casaca. No tambaqui assado com ou sem espinha recheado, dourado à delícia com banana, queijo e a costelinha com jambu e molho de tucupi. Agora estão partindo para vários pratos no molho da laranja, com creme de tucumã e de pupunha”.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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