Lula bate o pé em reunião ministerial e cobra posição dos ministros em relação à defesa do governo
CARO LEITOR, na reunião ministerial de ontem (26), o presidente Lula (PT-SP) cobrou publicamente dos ministros dos partidos União Brasil e PP – Federação União Progressista, assumir a defesa do governo; do contrário, não podem permanecer nos cargos de tomada de decisões, ou seja, na cadeira de ministro. O episódio expôs as tensões que vinham se acumulando nos bastidores do Palácio do Planalto, com ministros indicados por partidos aliados, em especial da federação União Progressista. A cobrança mirou especialmente Antônio Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP, políticos que criticam o governo nas entrevistas, mas não largam seus cargos ministeriais. O episódio mostrou que a tradicional “política da ambiguidade” brasileira, em que se podia ser meio aliado, meio neutro e meio crítico ao mesmo tempo, está chegando ao fim com a polarização entre os espectros ideológicos esquerda e direita, quem é e quem não é governo.
Força
O presidente Lula (PT-SP), na reunião com ministros, mostrou estar atento à movimentação da oposição em torno do nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Esse último vem ganhando força na disputa ao Planalto nas próximas eleições.
Polarização
A polarização crescente força todos a escolherem um lado. Neste caso, governar virou sinônimo de fazer campanha permanente. Cada decisão governamental é pensada também em termos eleitorais, e cada ministro é avaliado tanto pela competência técnica quanto pela lealdade política.
Posicionamentos
A lição mais clara da reunião do presidente Lula (PT-SP) com os ministros no dia de ontem (2) revela que quem ocupa espaços de poder e de tomada de decisões não pode se omitir — cada decisão impacta pessoas, reputações políticas e a própria credibilidade das instituições. Em Rondônia, como em Brasília, essa nova era política exige posicionamentos claros e compromissos firmes. Quem não se adaptar pode literalmente ficar para trás.
Exigência
Essa nova dinâmica política em escala nacional encontra eco direto em Rondônia, onde a mesma exigência por definições claras já movimenta o cenário político do estado. Neste caso, nomes estão se definindo para disputar cargos majoritários ao governo e as duas vagas ao Senado.
Renovação
A insatisfação popular com parte da atual bancada federal tem alimentado um movimento de renovação para as eleições de 2026, com eleitores e analistas defendendo a troca de boa parte dos atuais deputados federais, buscando candidatos com maior capacidade de entrega e compromisso com os interesses do estado.
Desarmada
Dois nomes já assumiram publicamente a pré-candidatura ao governo de Rondônia. O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) e o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil – Porto Velho). Esse último pode ter a candidatura desarmada pelo governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), caso decida permanecer no cargo.
Sangria
Falando em desarmar, o novo secretário da SEDEC, Lauro Jardim, estancou a sangria dos cofres públicos no âmbito da pasta com redução dos valores dos contratos com fornecedores referentes à locação de tendas, sonorização, iluminação e outros equipamentos para promoção de eventos.
Austeridade
O secretário Lauro Jardim segue a cartilha do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) em defesa da austeridade e moralidade pública. Neste caso, austeridade significa o uso responsável e eficiente dos recursos públicos como um princípio de moralidade e um dever ético do governo.
Oposição
Para a oposição, em especial o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) não passa de um demagogo, incoerente e fraco nas tomadas de decisões. Rogério ainda não digeriu a derrota para Rocha nas eleições de 2022.
Princípios
Nas entrevistas que concede, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), crítico ferrenho do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), deixa claro que Rocha não promoveu cortes de gastos, redução do tamanho do Estado e não conduz bem a responsabilidade fiscal com os recursos públicos estadual. Neste caso, princípios da austeridade e da moralidade pública.
Reduzido
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Falando em tamanho, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil-Porto Velho), mesmo depois de receber o perdão do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), segue reduzido a nada dentro do governo Rocha. Um cenário difícil para quem deseja se tornar competitivo para disputar a reeleição nas eleições de 2026.
Aberto
No podcast Resenha Política com o jornalista Robson Oliveira, o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) demonstrou espírito desarmado com o prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho). Hildon se mostrou aberto a receber o apoio de Léo na disputa ao governo nas eleições do próximo ano.
Conquistar
Falando em aberto, o pré-candidato a governador Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) revelou o convite que fez à deputada federal Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná) e ao ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (sem partido), para se filiar ao PSDB. Hildon promove investidas em lideranças do interior para somar ao seu projeto de conquistar o Palácio Rio Madeira.
Quórum
Causou estranheza o fato de que, na sessão da Assembleia Legislativa de Rondônia realizada ontem (26/08), não houve quórum e habitual deliberação. Foi lida apenas a ata da sessão anterior, que apresentou o Projeto de Lei 1.032/2025, mensagem 191 do Poder Executivo. Logo o deputado estadual Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), que presidia a sessão ordinária, deu por encerrada.
Funeuro
A mensagem 191 do Poder Executivo, apresentando o Projeto de Lei 1.032/2025, refere-se à abertura de crédito adicional especial por superávit financeiro de até R$ 67.176.823,66 para o Fundo Estadual de Construção do Hospital de Urgência e Emergência Neurológica (FUNEURO). O projeto recebeu pedido de vista do deputado Luizinho Goebel (PODE), adiando a análise e possíveis articulações políticas nos bastidores do poder.
Greve
Na audiência de conciliação ontem (26), presidida pelo juiz convocado Adolfo Theodoro Naujorks, os representantes do Governo de Rondônia e Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTERO) assinaram acordo para o fim da greve na rede de ensino de Rondônia.
Acordado
Ficou acordado entre o SINTERO e o Governo de Rondônia a implementação do auxílio-alimentação no valor de R$ 500 e do auxílio-transporte no valor de R$ 200 para quem recebe até quatro salários mínimos. Os representantes do governo ainda se comprometeram a continuar negociando com o sindicato a progressão funcional dos técnicos nível 1 e 2 e a titulação dos especialistas, mestres e doutores.
Consciência
Enquanto professores filiados ao SINTERO não tomarem consciência de classe e mudarem radicalmente a direção do sindicato ligado à CUT e ao PT, a categoria vai continuar tomando tubaína com bolacha seca, enquanto os dirigentes sindicais desfrutam da Coca-Cola e um saboroso sanduíche artesanal de picanha.
Natal
O prefeito Léo Moraes (Podemos-Porto Velho), ladeado do irmão Paulo Moraes Júnior, que ocupa a SEMTEL, lançou ontem (26) o “Natal Porto Velho Luz”, que vai transformar a capital em cidade encantada. A decoração natalina será realizada no Parque da Cidade e em outros pontos da capital, e terá 45 dias de programação, começando em 21 de novembro e seguindo até 4 de janeiro.
Desculpas
Depois de se envolver em um acalorado debate com um popular, o vereador Dr. Breno Mendes (Avante-Porto Velho) subiu ontem na Tribuna da CMPV para pedir desculpas pelo ocorrido. Mas o episódio expõe a falta de respeito de populares nas galerias das Casas de Leis com parlamentares.
Equilíbrio
Falando em respeito, o vereador Fernando Silva (Republicanos-Porto Velho), irritado com a falha do microfone posicionado na Mesa Diretora da CMPV, assumiu comportamento de menino birrento e atirou o equipamento no chão. Silva, no exercício do mandato parlamentar, tem demonstrado falta de equilíbrio e inteligência emocional.
Sério
Falando sério, a reunião do presidente Lula (PT-SP) com os ministros ontem (26) nos faz pensar sobre como é realmente governar sob coalizão no Brasil. Não se trata só de aprovar projetos ou distribuir cargos, mas de lidar com lealdade, fidelidade, pragmatismo, interesses e pressões constantes. Os grandes pensadores já nos lembraram que coragem, prudência e eficácia valem tanto quanto princípios na arte de governar.
