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MINISTRO DE LULA
Haddad critica vinculação da isenção do IR a anistia dos atos de 8 de janeiro

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Ministro também declarou apoio ao fim da jornada de trabalho em escala 6x1

Por Informa Rondônia - domingo, 28/09/2025 - 08h40

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Porto Velho, RO – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como “loucura” a tentativa de parlamentares de condicionar a votação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil à apreciação da anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita neste sábado (27), durante entrevista ao Podcast 3 Irmãos.

Segundo Haddad, não faz sentido atrelar a medida tributária a outra pauta. “Nem me passa pela cabeça que isso possa estar sendo discutido, porque é uma loucura. Você vai submeter um projeto de justiça social, justiça tributária a isso? Faz a discussão que quiser, mas atrelar uma coisa à outra? Em vez de ser um dia de festa, que dia é esse? Vota com a tua consciência no projeto de imposto de renda”, afirmou, dirigindo-se a parlamentares.

A votação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do IR está prevista para quarta-feira (1º) na Câmara dos Deputados. A proposta isenta totalmente quem ganha até R$ 5 mil mensais e reduz parcialmente a alíquota para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Atualmente, a isenção alcança apenas quem recebe até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3.036 por mês.

O relator do projeto de anistia, deputado Paulinho da Força, declarou na quinta-feira (24) que a análise do texto tributário estaria em risco caso o perdão aos condenados não fosse votado antes. “Tudo leva a crer que o texto será votado na terça. Acho, inclusive, que se não votar, não votamos IR”, disse.

De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a ampliação da faixa de isenção pode dobrar o número de trabalhadores livres da cobrança, passando de 10 milhões para 20 milhões. Já a redução parcial da tributação para quem recebe até R$ 7,3 mil deve alcançar cerca de 16 milhões de pessoas.

Além do tema tributário, Haddad também manifestou apoio ao fim da escala de trabalho 6 por 1, que está em debate no Congresso Nacional. Ele defendeu que, diante do aumento da expectativa de vida, as pessoas trabalhem mais anos ao longo da vida, mas em menos dias por semana.

“Tudo me leva a crer que o equilíbrio entre essas coisas vai exigir que a gente trabalhe mais tempo ao longo da vida, mas menos dias por semana para usufruir melhor da vida”, declarou. O ministro destacou ainda a necessidade de ampliar o tempo livre para os trabalhadores. “Hoje, você com filho pequeno, está trabalhando 12 horas por dia, 14 horas por dia. Não seria melhor você trabalhar mais tempo, mas com tempo livre para você?”, acrescentou.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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