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AMEAÇAS
Rússia menciona uso de armas de destruição em massa e nega envolvimento em drones na Europa

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Declarações de Medvedev e Lavrov ocorrem após registros de aeronaves não identificadas em países da Otan e aumento das medidas de defesa europeias

Por Informa Rondônia - segunda-feira, 29/09/2025 - 19h39

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Porto Velho, RO – O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, atualmente vice-conselheiro de Segurança de Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (29) que um conflito entre Moscou e países da Europa poderia escalar para o uso de armas de destruição em massa. “Um conflito desses tem um risco absolutamente real de se transformar em uma guerra com armas de destruição em massa”, declarou, acrescentando que “a velha e frígida Europa simplesmente não pode se dar ao luxo de uma guerra com a Rússia”.

As falas ocorreram no momento em que líderes europeus acusam a Rússia de estar por trás de drones militares avistados em aeroportos e bases de países da Otan. Os equipamentos foram registrados na Polônia, na Romênia e na Dinamarca. O caso mais recente aconteceu na sexta-feira (26), quando aeronaves não identificadas sobrevoaram a maior base militar dinamarquesa, poucos dias após o governo anunciar a aquisição de armas de longo alcance. Após o episódio, a Otan informou que reforçará a segurança no mar Báltico.

Ainda em setembro, situações semelhantes foram relatadas em território polonês e romeno. No sábado (26), o ministro da Defesa da Alemanha, Alexander Dobrindt, afirmou que a ameaça de drones não identificados atingiu alto nível e anunciou que o Exército alemão tomará medidas defensivas.

No mesmo dia, o chanceler russo, Sergei Lavrov, negou durante a Assembleia Geral da ONU qualquer participação de Moscou nos incidentes. “A Rússia está sendo acusada de quase planejar um ataque à Aliança do Atlântico Norte e aos países da União Europeia. O presidente Putin tem repetidamente desmentido essas provocações”, declarou. Ele acrescentou que “qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”.

Na Dinamarca, a primeira-ministra Mette Frederiksen afirmou em mensagem de vídeo na quinta-feira (25) que o país foi “vítima de ataques híbridos”, responsabilizando diretamente a Rússia. Em comunicado nas redes sociais, a embaixada russa em Copenhague classificou os episódios como “provocação encenada”. O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, disse que a intenção das ações era “semear o medo, criar divisões e nos assustar”.

Enquanto isso, governos europeus discutem a criação de um “muro antidrones”, um sistema conjunto de rastreamento e interceptação. Segundo o comissário europeu de Defesa, Andrius Kubilius, a prioridade é estabelecer um mecanismo eficaz de detecção, com participação da Ucrânia no projeto. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a iniciativa deve ser debatida na cúpula de líderes da União Europeia em Copenhague a partir de quarta-feira (1º).

Além dos drones, autoridades europeias relataram ciberataques recentes em aeroportos de Londres, Bruxelas e Berlim, que afetaram sistemas de check-in e embarque. Passageiros precisaram utilizar procedimentos manuais. De acordo com a agência de segurança cibernética da União Europeia, a ação teve características de sabotagem estatal.

Também foram registradas violações de espaço aéreo, incluindo incursões de caças russos sobre a Estônia. A Otan respondeu com o envio de jatos F-35 italianos, enquanto Polônia e Romênia solicitaram consultas formais no âmbito do Artigo 4 da aliança. A organização militar declarou que derrubará aeronaves que invadam seu espaço aéreo, ao que Moscou respondeu afirmando que tal medida seria interpretada como “guerra”.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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