Levantamentos indicam que a maioria das ocorrências está ligada a ausências temporárias e não a desaparecimentos efetivos
Porto Velho, RO – No ano de 2025, o Núcleo de Pessoas Desaparecidas analisou 600 ocorrências registradas em Rondônia. Deste total, 96,8% estavam relacionadas a afastamentos temporários, em que a maioria das pessoas retornou por conta própria ao convívio familiar ou se ausentou por decisão própria, motivada por questões pessoais e conflitos. Apenas 3,2% configuraram-se como desaparecimentos efetivos.
A Polícia Civil informou que, entre os casos que se enquadram como desaparecimentos reais, aqueles ligados a homicídios já foram praticamente elucidados pelas equipes responsáveis.
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Rondônia integra o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, vinculado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). Assim, todos os registros feitos em delegacias estaduais passam automaticamente a compor a base nacional, servindo de referência estatística.
A instituição também apontou que muitas famílias deixam de informar às delegacias quando a pessoa retorna para casa, o que mantém a ocorrência ativa no sistema. Esse fator gera a impressão de índices mais altos do que os verificados na prática e pode provocar alarme social.
Segundo a Polícia Civil, as investigações vêm sendo intensificadas em conjunto com a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), por meio do Departamento de Polícia Especializada (DPE). As duas instituições reiteraram o compromisso de apurar todas as ocorrências registradas, garantindo esclarecimento dos fatos e respostas à sociedade.