Atividade integrou o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica e promoveu inclusão, cultura e formação técnica
Por Informa Rondônia - quarta-feira, 05/11/2025 - 10h29
Porto Velho, RO – Entre março e abril de 2025, a Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica promoveu uma oficina de vídeo documentário que reuniu 50 participantes em Rondônia. A capacitação, intitulada “Vídeo Amazônico: Contando Histórias da Floresta”, foi realizada com o objetivo de ensinar todas as etapas da produção audiovisual, unindo técnica e valorização da identidade amazônica.
O curso teve carga horária de 20 horas e contou com a participação de 25 alunos de Vilhena e 25 da Comunidade Quilombola de Santa Cruz, em Pimenteiras do Oeste. As atividades mesclaram teoria e prática, com interpretação em Libras e recursos de acessibilidade, e garantiram certificado aos concluintes. Também foram promovidas duas palestras voltadas à preservação das tradições ancestrais e à importância da cultura amazônica como elemento de resistência e transformação social.
As formações foram conduzidas pela ativista cultural e palestrante Nívea Louise e pela remanescente quilombola Izabel Mendes, que compartilharam experiências sobre o papel das raízes culturais na construção das narrativas das comunidades amazônicas.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Segundo a coordenadora da Escola Livre Diversidade Amazônica, Andréia Machado, a iniciativa possibilitou aos participantes transformar suas vivências em produções audiovisuais. “Ensinar todas as etapas da produção de um documentário — da ideia à edição final — foi fundamental para que cada participante pudesse contar sua própria história. Buscamos fortalecer a identidade quilombola e as tradições amazônicas, ao mesmo tempo que desenvolvemos habilidades técnicas. Parabéns a todos os participantes”, destacou.
A oficina integra o projeto da Escola Livre de Arte e Cultura Diversidade Amazônica, selecionado pelo Edital Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura – Programa Olhos d’Água, do Ministério da Cultura. A ação prevê formações em diversas linguagens artísticas voltadas a escolas públicas e instituições comunitárias de Vilhena e Santa Cruz.
O fotógrafo e produtor audiovisual premiado Washington Kuipers foi responsável pela condução das aulas e enfatizou a importância do olhar sensível dos alunos sobre seus territórios. “Mais do que dominar a técnica, é importante desenvolver o olhar sensível sobre o território e suas narrativas. O documentário é uma ferramenta poderosa para dar visibilidade às realidades locais”, afirmou.
A coordenação da iniciativa é da Associação Cultural Diversidade Amazônica (ACEMDA), que mantém a Escola Livre e participa da Rede Nacional de Escolas Livres. A rede reúne 68 organizações da sociedade civil em todo o país, com o objetivo de democratizar o acesso à arte e à cultura.
