O Projeto de Lei Antifacção viraliza nas redes socias
CARO LEITOR, o Projeto de Lei Antifacção enviado pelo presidente Lula (PT-SP) à Câmara dos Deputados na sexta-feira (31) como resposta ao crime organizado no país, viralizou nas redes sociais. Impressionante é como surgem especialistas em segurança pública no país nos perfis das redes sociais dos representantes políticos da extrema-direita, bem como nos comentários dos internautas. Contudo, a discussão em torno das “facções criminosas” e “narcoterrorismo” provoca inquietações porque são questões totalmente diferentes. As organizações criminosas tipificadas como “facções de narcotráfico” e como são conhecidas na Colômbia, México e Brasil, não se podem comparar com grupos terroristas. Um grupo terrorista é uma organização que usa violência para causar terror e atingir objetivos políticos, ideológicos ou religiosos. Diferentemente das facções criminosas que visam o lucro e domínio de territórios, se assemelhando às máfias italianas e estadunidenses do passado. A proposta da extrema-direita de tipificar facções criminosas como narcoterroristas é muito grave e abre um precedente enorme para uma intervenção externa no Brasil. Neste caso, não podemos permitir a possibilidade de intervenção externa no Brasil e não é a melhor solução para resolver o problema da segurança pública no país.
Risco
Classificar as facções criminosas como grupos narcoterroristas faz o Brasil passar a ser um país de alto risco para investimentos, turismo e para viver. O crime organizado se combate com inteligência, repressão, infiltração e rastreando o dinheiro, como ficou provado na Operação Carbono.
Eleitoreira
Não se pode aceitar a mudança da tipificação de facções criminosas para narcoterroristas que sai do Código Penal para o Direito Internacional. A extrema-direita bolsonarista, na verdade, explora a mudança da legislação como bandeira eleitoreira no Congresso Nacional.
Ameaçando
Permitir que as facções criminosas sejam tipificadas como terroristas é deixar vulnerável a nossa soberania nacional para nações estrangeiras, a exemplo dos EUA. Esse país, sob a presidência do presidente Donald Trump (Republicanos), vem ameaçando invadir o México e a Venezuela sob o pretexto de combater o narcoterrorismo.
Efeito
A Operação Contenção no Rio de Janeiro, estartada pelo governador Cláudio Castro (PL-RJ), surtiu efeito visual para aumentar a sua popularidade, na prática, o Comando Vermelho já voltou a dominar o Complexo da Penha e do Alemão com “novos recrutas”.
Combatidos
É verdade que a segurança pública no país está cada vez pior por conta da persistente concentração de riqueza e disparidade social. Contudo, grupos armados que dominam territórios amedrontam a população cobrando taxas, extorquindo e controlando a prestação de serviços, precisam ser combatidos, mas com inteligência.
Pesquisa I
A Paraná Pesquisa divulgou ontem (11) nova pesquisa. Segundo levantamento, 45,9% dos eleitores brasileiros dizem aprovar o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os que declaram desaprovar são 50,9% e os que não souberam opinar, 3,2%. Neste caso, Lula parou de subir e pode ser por conta do efeito Operação Contenção no Rio de Janeiro.
Pesquisa II
A pesquisa também publicou levantamento para a corrida presidencial. Em todos os cenários, o presidente Lula (PT-SP) aparece na frente dos seus adversários. Vejamos: Cenário 1 – Lula (PT): 35,6%; Jair Bolsonaro (PL): 32,1%; Ciro Gomes (PSDB): 8,2%; Ratinho Junior (PSD): 6,9%; Ronaldo Caiado (União): 3,2%; Romeu Zema (Novo): 2,7%; Brancos/Nulos: 6,6%; Não sabem/Não Opinaram: 4,7%. Neste cenário, o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda é um potencial candidato competitivo para derrotar Lula.
Pesquisa III
No cenário 2 da disputa presidencial, o presidente Lula aparece com 36%; Michelle Bolsonaro (PL): 26%; Ciro Gomes (PSDB): 9,1%; Ratinho Junior (PSD): 8,4%; Ronaldo Caiado (União): 4,9%; Romeu Zema (Novo): 3,9%; Brancos/Nulos: 6,8%; Não sabem/Não Opinaram: 4,9%. Caso Michelle fizesse um intensivão de dados econômicos e políticas públicas para cada área estratégica do país, poderia se tornar uma candidata competitiva à Presidência da República.
Movimento
Falando em competitividade, o movimento Caminhada Esperança, que reúne os partidos de esquerda, extrema-esquerda e do centro, continua sem apresentar nomes como pré-candidatos competitivos a governador para as próximas eleições. Os principais líderes do movimento, senador Confúcio Moura (MDB) e o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), descartam a possibilidade de concorrer à sucessão do governador Marcos Rocha (União Brasil).
Possibilidade
Falando em possibilidade, o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), desde que entrou para a política, sempre influenciou na indicação de candidatos a vice-governadores e na eleição de deputados federais, a exemplo de Assis Canuto, Eurípedes Miranda, Marcos Rogério e Silvia Cristina. Atualmente, o PDT, para sobrevivência política, precisa eleger deputados federais.
Recuar
Após dois infortúnios nas urnas por conta de decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes do STF, o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) pretende disputar novamente uma vaga ao Senado. Contudo, Acir deveria recuar, disputar uma vaga na Câmara de Deputados e ser o puxador de votos do PDT. Possivelmente, poderia puxar mais um deputado federal com a votação que obtivesse nas urnas.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
Recomeçar
Não é demérito para um político recuar para recomeçar. Quem entendeu essa estratégia para se manter nos espaços de poder foram os senadores Roberto Magalhães (Pernambuco), Welington Roberto (Paraíba), Ronaldo Cunha Lima (Paraíba), Lindbergue Farias (Rio de Janeiro), Gleisi Hoffmann (Paraná) e Aécio Neves (Minas Gerais), que declinaram da disputa para se manter no Senado e buscaram uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Ferrenho
O ex-candidato a prefeito de Porto Velho, advogado Samuel Costa (Rede), colocou o nome como pré-candidato a governador para ser avaliado pelo Movimento Caminhada Esperança. Samuel é um ferrenho defensor do presidente Lula (PT-SP), porém, dificilmente deverá ser ungido como candidato a governador pela frente dos partidos progressistas.
Desvincular
A federação Rede/PSOL deverá, lá na frente, se desvincular do Movimento Caminhada Esperança e confirmar o nome de Samuel Costa como candidato a governador e Neidinha Suruí como candidata a senadora nas próximas eleições. Neste caso, a candidatura de Neidinha pode atrapalhar o senador Confúcio Moura (MDB) ou Acir Gurgacz (PDT), como atrapalhou a reeleição do vereador Aleks Palitot (PRD).
Duelo
O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), garantiu junto à SEJUCEL a liberação de R$ 200 mil para apoiar a realização do Duelo na Fronteira, tradicional festival folclórico que celebra a cultura dos bois-bumbás Flor do Campo e Malhadinho, em Guajará-Mirim. O evento começa hoje na Pérola do Mamoré e deverá atrair muitos turistas e movimentar a economia local.
Entrega
A Associação Comercial e Industrial de Espigão do Oeste (Acieo) recebeu oficialmente um veículo zero quilômetro, adquirido por meio de uma emenda parlamentar no valor de R$ 120 mil, destinada pelo deputado estadual Cássio Gois (PSD). Cássio destacou que a entrega do veículo é mais uma das várias ações já realizadas em prol do município em voga.
AROM
Começou ontem (11) no auditório do TJRO, o 2º Encontro de prefeitos e secretários municipais promovido pela Associação Rondoniense dos Municípios – AROM. O evento contou apenas com a presença de 11 prefeitos e poucos secretários municipais, ou seja, cerca de 120 pessoas. Lembrando, Rondônia possui 52 municípios.
Lobo
A AROM é comandada pelo ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). No 2º Encontro de prefeitos e secretários municipais promovido pela entidade, causou a impressão de um evento esvaziado. As línguas azuis da política dizem que o fracasso do evento da AROM revela um Hildon caminhando como um lobo solitário na política local e estadual.
Agenda
O prefeito Léo Moraes (Podemos) vai participar da COP 30, em Belém, capital do Pará. A presença da Prefeitura de Porto Velho pela primeira vez no evento da ONU para discutir o clima vai apresentar uma agenda própria de iniciativas para o desenvolvimento urbano com inovação e sustentabilidade.
Destravou
Falando em iniciativa, o secretário municipal, Prof. Dr. Vinicius Miguel (PSB), destravou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMAS). O órgão ultrapassou, em dez meses de gestão, a expedição de licenças ambientais para empreendimentos quando comparado a todo o governo do ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Isso significa dizer que é mais dinheiro circulando no comércio.
Hipocrisia
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), participou do Smart City Expo World Congress, realizado na cidade de Barcelona, na Espanha. Sinceramente, é hipocrisia de quem critica viagens nacionais e internacionais dos representantes políticos para conhecer novas experiências com possibilidade de atrair investimentos e replicar inovações no âmbito estadual e local. O problema é que nossos líderes apanham porque não explicam à população os motivos reais da viagem, ou seja, naturalizar, tornar natural.
Sentimento
O ex-presidente Juscelino Kubitschek estudou na França e viajou para alguns países da Europa, a exemplo da Áustria, Tchecoslováquia e Alemanha. Voltando ao Brasil, decidiu entrar para a política com o sentimento de promover a urbanização e o embelezamento de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Por conseguinte, no governo de Minas e na Presidência da República, promover o desenvolvimento socioeconômico, respectivamente. O Brasil era muito atrasado em relação aos países europeus.
Sério
Falando sério, tipificar as facções criminosas a exemplo do Comando Vermelho, PCC, Amigos dos Amigos e outras, como narcoterroristas, é quase como pedir, como disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que o presidente Donald Trump (Republicanos) dos EUA mande invadir o Brasil, começando bombardeando a Baía da Guanabara. Essa gente da extrema-direita precisa fazer a leitura do clássico Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para compreender o que é nacionalismo e soberania nacional.









