O começo de uma boa gestão é a transição e a escolha do primeiro e do segundo escalão
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
22/11/24 – sexta-feira
Passado o período eleitoral, comemorações, narrativas de deboche de quem ganhou e justificativas de quem perdeu, é hora de desarmar o palanque e organizar a transição de uma administração municipal para outra no intuito de atender à expectativa e à ansiedade dos eleitores que anseiam mudanças ou continuidade no caso dos prefeitos reeleitos. Serão quatro anos, 1.461 dias, ou mais precisamente, 35.064 horas para que os mandatários executem seus compromissos de campanha. Para quem ganhou a eleição, o maior desafio é superar uma cultura de achar que o primeiro ano é para arrumar a casa e promover a capitação de recursos, o segundo e o terceiro para realizar as ações e projetos, e o quarto e último ano para cuidar da reeleição ou sucessão. Este pensamento, presente em parte das lideranças políticas em qualquer escala, não se sustenta com a necessidade de assegurar resultados e entregas urgentes para solucionar os grandes e complexos problemas presentes na maioria das promessas de campanha.
Transição
A transição é o caminho mais rápido para que uma gestão pública bem-sucedida cumpra suas funções básicas de levantamento de dados, organização, planejamento, direção, controle e escolha do primeiro e segundo escalão.
Consequências
A descontinuidade política-administrativa deve ser evitada para não trazer sérias consequências para a situação administrativa, financeira, orçamentária e contábil do município.
Norte
A análise apurada dos dados e indicadores levantados, bem como um diagnóstico institucional do município com indicadores sociais e as necessidades de infraestrutura e demais demandas da população, deve ser o norte da nova gestão. Inclusive, a capacidade de investimentos com recursos próprios.
Plano
Com os dados levantados, os membros da equipe de transição precisam apresentar um plano mínimo das ações preliminares, contemplando os primeiros cem dias de governo, para atender às promessas da campanha eleitoral.
Modelo
Na transição, é importante construir um novo modelo de gestão para atender os desafios estratégicos e prioritários contidos no Plano de Governo e das promessas de campanha.
Governabilidade
A correlação de forças controladas e não controladas é imprescindível para governabilidade. Neste caso, desde a transição, faz necessário construir diálogo com os atores sociais, como a Câmara Municipal, entes federados, os segmentos da sociedade organizada do município e os meios de comunicação.
Rogério I
O senador Marcos Rogério (PL) utilizou as redes sociais para postar parte de uma entrevista concedida à Rádio Massa de Ji-Paraná, 97,3 FM, onde critica o Supremo Tribunal Federal (STF). Na entrevista, Rogério afirmou que as penas não estariam desproporcionais para os envolvidos nos atos de vandalismo do 8 de janeiro.
Rogério II
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++++ Millennials: a geração que vivenciou a transição do analógico ao digital
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++++ Indicações questionadas; inauguração apressada; e vazamento de operação
O post crítico do senador Marcos Rogério (PL) ao STF não menciona a operação da Polícia Federal (PF) contra o grupo autointitulado “Punhal Verde e Amarelo” que revelou um plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes do STF, além de ações para um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Três
Falando em Marcos Rogério, caso o STF libere o ex-senador Acir Gurgacz para disputar um cargo eletivo nas eleições de 2026, Acir deverá ser candidato a senador ao lado de Silvia Cristina e Rogério. Neste caso, Ji-Paraná terá na disputa três candidatos a senadores. Pela primeira vez, a cidade poderá ficar sem senador.
Ciclo
Depois que encerrar o seu ciclo à frente do Prédio do Relógio, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) vai tirar férias e, no seu retorno, continuará até 2026 como presidente da Associação de Municípios de Rondônia-AROM, mesmo não sendo mais prefeito. O Estatuto da entidade permite a continuidade do mandato de Hildon à frente da AROM.
Ocultas
Contudo, acredito que forças ocultas ligadas ao Palácio Rio Madeira deverão movimentar alguns prefeitos com mandato para reivindicar a cadeira de presidente da AROM do futuro ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB). Espero errar nas minhas previsões.
Atrapalhar
Como revide, Hildon Chaves (PSDB) poderá disputar uma das vagas ao Senado Federal e, de quebra, levar a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil) para a Câmara Federal. Atrapalhando as pretensões do governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) de chegar ao Senado.
CMPV
A presidência da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho – CMPV, no primeiro biênio, ficará com Gedeão Negreiros (PSDB) e o segundo biênio com o vereador-eleito Evanildo Ferreira (PRTB), pai do presidente da Ale-RO, Marcelo Cruz (PRTB).
Sanear
O ex-candidato a vereador na capital, advogado Anderson Nanan, que fez uma campanha eleitoral pautada na defesa da água tratada e do saneamento básico, fundou o Instituto Sanear Rondônia. O instituto representa um marco importante na defesa da água tratada e da gestão de saneamento básico e na promoção de práticas sustentáveis no estado de Rondônia.
Projetos
Segundo o advogado Anderson Nanan, o Instituto Sanear terá a missão de defender a qualidade de vida da população através do desenvolvimento ambiental e do saneamento. A principal proposta do Sanear é implementar projetos que priorizem o acesso à água limpa, o tratamento de esgoto, a reciclagem e a educação ambiental.
Instrumento
O advogado Anderson Nanan afirma que o Sanear vai atuar como instrumento do controle social no sentido de assegurar que as metas estabelecidas pelo novo marco do saneamento básico, que prevê a universalização do acesso à água potável e ao esgotamento sanitário até 2033, aconteçam em Porto Velho e nos demais municípios rondonienses.
Sério
Falando sério, a composição da equipe gestora municipal deve ser pautada na competência dos indicados para os cargos, mesmo entendendo como legítima e essencial a indicação de nomes vinculados aos partidos aliados que fizeram campanha para o gestor eleito e para o reeleito, ajustes na equipe e oxigenação.
AUTOR: HERBERT LINS