Moradores denunciaram condições insalubres e riscos à saúde devido ao acúmulo de objetos e animais peçonhentos
Por Informa Rondônia - sexta-feira, 07/03/2025 - 23h51
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Porto Velho, RO – Na última quarta-feira (5), a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos (Semusb), iniciou uma operação para a retirada de 260 toneladas de lixo acumulado em uma residência localizada na Rua Dom Pedro II, no centro da cidade. A quantidade de resíduos é equivalente a cerca de 13 caçambas e foi removida após uma série de denúncias feitas pelos moradores da área, que alertaram para os sérios riscos à saúde pública.
Conforme relatos dos vizinhos, o acúmulo de lixo naquela residência persistia há aproximadamente quatro anos, o que gerava problemas de insalubridade e segurança. Marli Gonçalves, moradora próxima ao local, foi uma das que denunciaram a situação. Ela descreveu o ambiente como extremamente nocivo à saúde, com o surgimento de animais peçonhentos como cobras, ratos e baratas, além de outros insetos. “Era um cenário insuportável. Nós temíamos sair de casa por causa dos animais e do cheiro forte que exalava”, disse Marli, ressaltando que a casa havia se transformado em um criadouro de pragas.
Miguel Arcanjo, outro morador da área, demonstrou alívio após a remoção do lixo. “Aquele local estava prejudicando todos nós, era uma verdadeira ameaça no coração da cidade”, afirmou Miguel. Ele também expressou sua gratidão à prefeitura pela intervenção. “Agora, a mudança é visível, e a diferença é impressionante”, completou.
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Além dos móveis e objetos acumulados, como cadeiras, sacolas plásticas e garrafas PET, o local era marcado por um odor intenso que se espalhava pelas ruas vizinhas, causando desconforto e repulsa. Essa situação está associada a um transtorno psicológico conhecido como acumuladores compulsivos, que leva a pessoa a acumular objetos de forma excessiva, comprometendo tanto sua saúde física quanto mental.
Para garantir o apoio à moradora do imóvel, a Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) foi envolvida e iniciou o acompanhamento do caso. O psicólogo da Semasf, Giovany Lima, comentou sobre a abordagem inicial: “O primeiro passo será entender as condições de vida da moradora e, com base nisso, elaborar um plano de atendimento psicossocial”, explicou o profissional.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) também foi chamada para apurar denúncias de maus-tratos a animais no local, mas a moradora não permitiu a entrada da equipe. As autoridades ambientais destacaram o risco de contaminação por doenças transmissíveis devido ao grande número de animais e ao acúmulo de lixo.
A remoção do lixo da residência representa um avanço significativo no enfrentamento de um problema de saúde pública na região central de Porto Velho. Agora, as autoridades municipais continuarão a monitorar a situação, garantindo que a moradora receba o suporte necessário para sua recuperação.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA