Evento propõe novo olhar sobre produção cultural amazônica e segue com edições em outras capitais até 2026
Porto Velho, RO – Porto Velho será o ponto de partida para o Festival dos Povos da Floresta, evento nacional que reúne diferentes linguagens artísticas com foco na diversidade cultural da Amazônia. A programação da capital rondoniense, que vai de 29 de maio a 8 de junho, será encerrada com apresentação do músico Lenine, marcada para o dia 1º de junho, às 21h30, no Parque da Cidade. O show é gratuito.
O festival é promovido pelo Ministério da Cultura e Governo Federal, com apresentação da Petrobras por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A idealização é do Centro Rioterra. A proposta é levar o projeto a cinco capitais brasileiras até 2026. Depois de Porto Velho, o circuito passará por Boa Vista (RR), Macapá (AP), Belém (PA) e Brasília (DF), com atividades que incluem exposições, oficinas, apresentações indígenas e shows musicais.
Com 39 anos de trajetória, Lenine foi escolhido para encerrar a etapa de Porto Velho. Ele define sua atuação como a de um “Cantautor”, comparando seu trabalho ao dos trovadores do século XII. Em sua carreira, já conquistou seis prêmios Grammy Latino. Em sua participação no festival, representa uma vertente da música brasileira conectada aos temas contemporâneos e às transformações sociais.
A programação musical do festival conta com curadoria de Aline Moraes. O palco Petrobras terá apresentações de artistas como Gabriê (RO), Patrícia Bastos (AP), Ernesto Melo e Bado (RO), Nilson Chaves (PA) e Quilomboclada (RO). Também está prevista a participação de povos indígenas, incluindo representantes dos povos Gavião, Arara, Makurap, Tupari e Zoró. Para Aline Moraes, o festival é “um projeto semente”, que tem como objetivo “provocar encontros e criar pontes”, promovendo a interação entre diferentes expressões da música amazônica.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
++++
++++
A abertura da edição de Porto Velho aconteceu com a exposição “Juvia”, com curadoria de Rosely Nakagawa. A mostra reúne obras inéditas de artistas convidados, como o indígena Gustavo Caboco, autor do logotipo do festival, e a fotógrafa Paula Sampaio.
De acordo com os organizadores, o festival propõe a valorização da Amazônia como território de produção cultural atual, com ênfase na conexão entre saberes tradicionais e linguagem contemporânea. Fabiana Gomes, diretora de projetos do Centro Rioterra, afirmou que a intenção do projeto é deslocar o olhar sobre a região. “Este festival representa uma mudança de paradigma na forma como o Brasil enxerga a produção cultural amazônica. Não estamos falando apenas de preservação de tradições, mas de um movimento contemporâneo, vivo e pulsante que dialoga com questões urgentes do nosso tempo.”
Com uma agenda que inclui rodas de conversa, oficinas e atrações musicais, o Festival dos Povos da Floresta se insere no calendário cultural nacional como proposta itinerante para o intercâmbio de experiências entre artistas, lideranças e territórios amazônicos.
Lenine encerra
Lenine será o responsável por encerrar a programação musical do Festival dos Povos da Floresta em Porto Velho, com apresentação marcada para o dia 1º de junho, às 21h30, no Parque da Cidade, com acesso gratuito ao público. Com uma trajetória de quase quatro décadas na música brasileira, o artista é reconhecido por sua atuação autoral, inspirada nos antigos trovadores e voltada à transformação de vivências, sentimentos e temas sociais em canções. Ao longo da carreira, recebeu seis prêmios Grammy Latino e costuma definir sua obra como livre e em constante movimento.
CONFIRA:
