Gestões são comparadas nos 150 primeiros dias e resultado surpreende ao revelar quem entregou mais em menos tempo
Porto Velho, RO – Nos primeiros 150 dias à frente da Prefeitura de Porto Velho, o prefeito Léo Moraes, do Podemos, conseguiu implementar medidas de impacto direto na vida do cidadão, com destaque para a valorização de servidores da saúde e educação, ampliação da oferta de exames laboratoriais e reestruturação de serviços essenciais. O desempenho foi comparado aos primeiros meses da gestão de Hildon Chaves, do PSDB, que assumiu o Executivo municipal em 1º de janeiro de 2017 com foco inicial na reorganização administrativa e infraestrutura básica.
A análise detalhada dos períodos revela que, embora ambos os prefeitos tenham enfrentado cenários desafiadores, Léo Moraes iniciou seu mandato com ações de maior envergadura social e alcance simbólico, com repercussão inclusive fora do estado.
Desde janeiro de 2025, Moraes colocou em prática uma agenda voltada à valorização do funcionalismo municipal. Professores tiveram o piso nacional incorporado à carreira, técnicos educacionais foram beneficiados com recesso adicional e prorrogação de gratificação mensal, enquanto os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias tiveram salários equiparados à legislação federal. Em entrevista concedida durante coletiva de imprensa realizada em 5 de junho, a presidente do SINTERO, Dioneida Castoldi, afirmou: “É um novo tempo para a educação no município. São lutas históricas da categoria que agora se tornam realidade”.
A saúde pública também recebeu atenção prioritária. Além do anúncio da construção do Hospital Municipal Universitário, a gestão implementou a plataforma digital “Meu Exame On”, que possibilitou a liberação de mais de 265 mil exames de forma digital, reduzindo filas e descentralizando o acesso aos resultados. Outro ponto de destaque foi o lançamento de um processo seletivo com mais de 600 vagas na área da saúde, para reforço das unidades municipais. “É a primeira vez que um gestor, no início do mandato, apresenta esse tipo de reajuste e investimento em pessoal”, pontuou Moraes à imprensa, ao justificar as medidas como resposta à necessidade de reestruturação dos serviços essenciais.
Na mobilidade urbana, a redução da tarifa de ônibus de R$ 6 para R$ 3 foi celebrada por usuários do transporte coletivo, que também passaram a contar com veículos adaptados para pessoas com Transtorno do Espectro Autista. A cidade também foi contemplada com a Operação Cidade Limpa, responsável pela retirada de mais de 50 mil toneladas de entulho em áreas urbanas. A atuação garantiu a eleição de Léo Moraes à vice-presidência da Frente Nacional de Prefeitos, no eixo de Segurança Viária e Trânsito.
Em contrapartida, o início da gestão de Hildon Chaves, oito anos antes, foi direcionado à limpeza da cidade e ações emergenciais. Conforme balanço divulgado à época, mais de 950 caçambas de lixo foram removidas e dois mil buracos tapados. O tucano também priorizou a reorganização administrativa, com redução do número de cargos e racionalização do uso de combustíveis. Embora tenha deixado 15 bairros 100% iluminados e promovido a revitalização de praças, Chaves enfrentou críticas de sindicatos pela suspensão do quinquênio dos servidores, medida que causou desgaste logo no início da gestão.
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No campo político, Léo Moraes ainda enfrentou ruídos com parte da Câmara Municipal, especialmente com os vereadores Marcos Combate, Devanildo Santana e Nilton Souza, que levantaram suspeitas sobre exonerações após fiscalizações, questionaram a contratação de empresas externas e alegaram superfaturamento em processos administrativos. As polêmicas envolveram também a recriação da Agência Reguladora e a reestruturação de órgãos como o IPAM e a EMDUR, além da anulação de uma licitação para fornecimento de cascalho.
Apesar dos episódios de atrito, Moraes tem tratado os episódios como parte do processo democrático e se mostra disposto ao diálogo institucional. “A crítica responsável nos fortalece. Estamos aqui para acertar, e, quando erramos, corrigimos”, declarou em entrevista ao Painel Político.
O histórico político de ambos também influencia o estilo de gestão. Léo Moraes iniciou sua trajetória como vereador de Porto Velho em 2012 pelo PTB, foi deputado estadual e federal, e presidiu o Detran de Rondônia. Já Hildon Chaves assumiu a prefeitura como sua primeira função pública eletiva, após passagem como promotor de Justiça. A experiência prévia no Legislativo e no Executivo estadual dá a Moraes um repertório político que se traduziu em maior fluidez na execução de políticas públicas logo no início da administração.
Diante dos dados disponíveis e do impacto das ações implementadas, é possível afirmar que Léo Moraes teve um início de gestão mais efetivo e abrangente que o de Hildon Chaves. O atual prefeito conseguiu entregar medidas de forte apelo popular, manter diálogo com categorias-chave do serviço público e iniciar projetos estruturantes com maior repercussão. Embora enfrente críticas e desafios pontuais, a amplitude dos resultados obtidos nos primeiros 150 dias coloca Léo à frente do ex-prefeito na comparação entre os inícios de mandato.
Nota da Redação:
Esta análise comparativa foi elaborada com base em levantamento minucioso realizado pelo Informa Rondônia, utilizando dados públicos, reportagens de veículos locais, registros oficiais e declarações das próprias administrações. Todos os dados foram verificados junto a fontes como Câmara dos Deputados, portais de sindicatos, imprensa especializada e registros da Prefeitura de Porto Velho. O objetivo é oferecer ao leitor uma visão precisa e fundamentada sobre os primeiros 150 dias de mandato dos prefeitos Léo Moraes e Hildon Chaves, respeitando os contextos de cada época e evitando qualquer juízo de valor infundado. Trata-se de uma opinião editorial, construída com base em fatos.










