Bolsonaro já escolheu seus “jogadores” para 2026 em Rondônia: Rogério, Máximo e Scheid
Porto Velho, RO – O site Rondônia Dinâmica, no editorial publicado neste sábado, 05, usou o tom de humor e a nostalgia para falar sobre política. A imagem que estampa o texto é nada mais nada menos que o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, jogando The King of Fighters numa máquina de fliperama ao estilo dos anos 90. Mas, em vez de Iori Yagami, Kyo Kusanagi e Robert Garcia, os escolhidos na tela são: Fernando Máximo, Bruno Scheid e Marcos Rogério. Tudo isso para falar sobre as eleições de 2026 em Rondônia.
No conteúdo, o portal aponta que Bolsonaro já teria definido seus “players” para a próxima disputa: o senador Marcos Rogério (PL), que pode tentar retornar ao Governo; o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), cotado para o Senado; e o assessor político e produtor rural Bruno Scheid, que também deve disputar uma das duas vagas disponíveis na Câmara Alta.
A consolidação do trio indica o alinhamento do ex-presidente com nomes considerados leais ao seu projeto político. Fernando Máximo, por exemplo, é apontado como peça central na estratégia bolsonarista por sua atuação tanto no interior quanto na capital. O parlamentar foi elogiado recentemente pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), durante evento em Vilhena. “Grande líder, leal e amigo”, disse Moraes, antes de sinalizar que “ano que vem reserva grandes notícias”. A declaração reforçou especulações sobre uma possível troca de partido por parte de Máximo, que poderia se filiar ao Podemos — legenda liderada por Moraes no estado.
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Enquanto isso, Marcos Rogério ainda enfrenta dificuldades de articulação política, especialmente com a gestão da capital. Divergências anteriores entre o senador e o prefeito Léo Moraes inviabilizam, por ora, uma composição formal entre os dois grupos, o que pode enfraquecer as pretensões do senador na corrida ao Palácio Rio Madeira.
Bruno Scheid, por sua vez, é o nome menos conhecido eleitoralmente, mas possui proximidade direta com Bolsonaro. Assessor de confiança do ex-presidente, ele tem participado de diversas agendas nacionais e sua possível candidatura ao Senado representa uma aposta do bolsonarismo em renovação. A ausência de histórico político é vista por setores conservadores como uma qualidade, que pode angariar apoio de eleitores críticos à “velha política”.
Ainda que o trio represente o núcleo duro do bolsonarismo em Rondônia, outras figuras da direita devem disputar espaço em 2026, mesmo sem apoio formal de Bolsonaro. É o caso do governador Marcos Rocha (União Brasil), que venceu a reeleição em 2022 enfrentando Marcos Rogério, mas não deve contar com a benção do ex-presidente caso tente o Senado. O vice-governador Sérgio Gonçalves é apontado como o nome natural do grupo de Rocha para a disputa ao Governo, embora divergências recentes entre os dois tenham colocado incerteza sobre a aliança.
Também fora do eixo bolsonarista estão nomes como Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal, aliado de Expedito Júnior e interessado em ampliar o protagonismo regional; e o ex-prefeito da capital, Hildon Chaves (PSDB), que articula um possível retorno à política com foco nas eleições majoritárias, apoiado em sua trajetória no Ministério Público e na Prefeitura de Porto Velho.
Na oposição, o senador Confúcio Moura (MDB) é considerado o principal nome de uma frente progressista em formação, apelidada de “Caminhada da Esperança”. Aos 77 anos, Confúcio ainda não confirmou se disputará novo cargo, mas lidera articulações com PDT e outros aliados históricos, podendo contar ainda com a adesão do ex-prefeito Roberto Sobrinho.
O editorial do Rondônia Dinâmica contextualiza o momento político com uma metáfora visual, destacando que o time de Bolsonaro já está escalado. Ainda assim, relembra que em 2024, a força bolsonarista teve desempenho variável: enquanto ajudou a eleger Affonso Cândido (PL) em Ji-Paraná, não impediu a derrota de Mariana Carvalho (União Brasil) em Porto Velho, mesmo com apoio declarado do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.