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TRAGÉDIA HUMANITÁRIA
Famosos se manifestam após megaoperação no Rio com mais de 60 mortos

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Ludmilla, João Gomes, Poze do Rodo, Duda Beat, Jojo Todynho e Oruam usaram as redes sociais para comentar a ação policial nos complexos da Penha e do Alemão

Por Informa Rondônia - quarta-feira, 29/10/2025 - 16h08

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Porto Velho, RO – Famosos como Ludmilla, João Gomes, Poze do Rodo, Duda Beat, Jojo Todynho e o rapper Oruam resolveram usar as redes sociais a fim de se posicionarem sobre a megaoperação policial realizada na última terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV), nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e resultou em 64 mortes, além de 81 prisões e ao menos 15 policiais feridos, segundo o balanço oficial.

Ludmilla foi uma das primeiras a se pronunciar. Em publicação nos stories, a cantora pediu cautela aos seguidores e que, se possível, permanecessem em casa. “Galera do Rio de Janeiro! Se protejam, fiquem em lugar seguro. Não é momento de sair de casa. Se você por algum motivo teve ou tem que sair por causa do trabalho, tenha cautela e se mantenha informado através dos canais oficiais. Se cuidem”, escreveu.

O funkeiro Poze do Rodo também fez um apelo aos fãs. “O momento pede cuidado e responsabilidade. As situações que estão acontecendo hoje colocam todos em risco, principalmente quem precisa circular pelas ruas. Por isso, o mais importante é ficar em casa”, afirmou. O artista, que vive na Zona Oeste do Rio, completou: “Evitem sair sem necessidade, cuidem-se um dos outros, procurem um local seguro e fiquem atentos aos comunicados oficiais. O mais importante nesse momento é proteger a vida — a sua, da sua família e de quem estiver ao seu redor. Vamos ter fé que tudo vai se acalmar logo, mas até lá, proteção e união. Orem pelo Rio de Janeiro”.

Duda Beat reforçou o pedido para que a população acompanhe as comunicações oficiais. “Por favor, fiquem em casa. Como sabem, está acontecendo uma megaoperação na cidade e diversas vias estão sendo fechadas. Procurem se abrigar em local seguro e acompanhar as comunicações oficiais pelos canais da Prefeitura e do Centro de Operações do Rio”, publicou a artista.

O cantor João Gomes relatou ter presenciado momentos de tensão durante a operação. Ele estava no Rio desde o último fim de semana, após um show gratuito na Lapa. “Meu irmão, na saída da locação, eu vim com meu assessor Cláudio e doido, bizarro, velho. Eu saí no carro, veio uma moto assim. A gente não entendeu por que a turma estava pedindo para voltar pro lugar da locação. Mas dizem que esses caras começaram a atirar do nada, velho. Meu Deus do céu”, contou. Em seguida, completou: “E a gente, quando pegou as avenidas aqui, as rodovias, deserto, deserto, meu irmão. Que negócio do caramba, velho. Que loucura, velho!”. O artista também publicou um vídeo mostrando as ruas vazias e acrescentou: “Que Deus tenha misericórdia. Que susto do caramba”.

Jojo Todynho adotou um tom político em sua manifestação, direcionando críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Nossos policiais merecem respeito. Estamos à mercê da violência; tenho o maior prazer em proclamar, em alto e bom som, que eu nunca fui petista. É uma vergonha a sociedade brasileira normalizar o caos em que vivemos diariamente”, afirmou. A cantora ainda escreveu: “Quando vejo a ‘esquerdogata’ que me ofendeu também, ofendendo policiais, fica claro para mim que as piores pessoas são aquelas que apontam e julgam. Quem tem coragem de ser e se mostrar, se esconde atrás de bandeiras para praticar crimes e preconceitos”.

O rapper Oruam, filho de Marcinho VP — preso há quase três décadas e apontado como um dos líderes do Comando Vermelho —, criticou duramente a ação. “Minha alma sangra quando a favela chora porque a favela também tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano”, publicou. No X (antigo Twitter), ele chamou a operação de “maior chacina da história do Rio de Janeiro” e afirmou: “O crime é o reflexo da sociedade. O dia que eu ver a favela chorar e não vir aqui falar desse sistema sujo não vou estar sendo eu”. O artista finalizou: “Favela tem família, favela não é parque de diversão da burguesia, favela é campo de concentração? A caneta mata mais do que o fuzil”.

De acordo com informações oficiais, a megaoperação teve como foco localizar e prender lideranças do Comando Vermelho. Entre os mortos, há quatro policiais, e os confrontos se estenderam por vários pontos da Zona Norte. Moradores relataram que ao menos 55 corpos foram levados até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no Complexo da Penha, ao longo da madrugada desta quarta-feira (29). 

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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