Senador narra episódio envolvendo apoiadores que identificaram homem tentando fotografar café da manhã com eleitores durante sua primeira disputa pelo governo de Rondônia
Porto Velho, RO – Uma lembrança da primeira vez em que disputou o governo de Rondônia serviu de base para o mais recente texto publicado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) em seu blog pessoal, no domigo (6). Ao revisitar os bastidores daquela eleição, ele descreveu um episódio envolvendo a abordagem de um homem que tirava fotos de um café da manhã organizado por sua equipe no bairro Apoio Social, em Ariquemes.
De acordo com o senador, o evento havia sido realizado por aliados e não seguiu as regras estabelecidas para o período eleitoral. “Todo mundo sabe que a lei proíbe distribuição de comida e outros agrados no período de campanha”, escreveu.
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O relato aponta que um sujeito estranho ao grupo foi flagrado com uma câmera camuflada, registrando imagens do encontro com eleitores. “Foi aí que apareceu um camarada estranho ao nosso grupo, com máquina fotográfica camuflada, tirando fotos do nosso café da manhã com eleitores do bairro.”
Moura relata que um apoiador chamado Lucindo percebeu a movimentação e tomou a iniciativa, reunindo outros para confrontar o homem. “Lucindo, com seu faro de detetive, logo desconfiou do intruso e se juntou com outros. Deu um apuro daqueles. O cara desconversou, gaguejou, levou uns tapas e teve a máquina apreendida e quebrada.”

Na mesma publicação, Confúcio cita outra ação realizada por sua equipe durante a campanha: um churrasco promovido no Country Clube. Ele afirmou que esteve presente, discursou e foi aplaudido, mas precisou se justificar diante das implicações legais. “Fui lá, fiz discurso. Fui aplaudido. O pessoal até saiu com espeto de churrasco nas costas. E, no final, eu quem fiquei com o enrosco. Que deu um trabalho dos diabos para justiçar que eu não tinha nada a ver com a festança.”
Ao concluir o texto, o senador pontua que situações como essas são comuns em disputas eleitorais, nas quais os aliados, muitas vezes, tomam atitudes por conta própria. “E ninguém controla a turma de aliados. Ocorre que, cada um querendo ajudar, termina infringindo a lei eleitoral e dá um trabalho danado para se defender.”