Confúcio assume defesa do agro; Hildon intensifica articulações; e caos social se agrava em Porto Velho
O tempo encurta
A pergunta central que se faz, na reta final dos preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), é o que os participantes vindos das demais nações vão encontrar no Brasil. A diplomacia brasileira quer que encontrem um país pronto a liderar a reação mundial à deterioração do clima e dedicado a proteger seus bens naturais, amante da paz e com a capacidade de concretizar sua bela Carta Magna em realidade.
No entanto, com a Justiça se baseando mais nas opiniões pessoais dos juízes que na interpretação isenta das leis, o Congresso apressando a fórceps a passagem do regime presidencialista ao parlamentarismo e o governo se rendendo ao partidarismo do esquema eleitoral “pobres x ricos” será difícil que encontrem o país unido em torno de uma agenda nacional mínima a ser comprada pelo mundo como a semente de uma nova era, na qual o hemisfério Sul será tão desenvolvido quanto o Norte.
Como se fosse um símbolo da desunião nacional, os graves desastres da seca no Norte e das tempestades no Sul causam grandes prejuízos e consomem recursos que poderiam ser a alavanca de soluções duráveis. A Justiça acaba de dar um sinal no rumo da pacificação, dando uma chance à união ao zerar a pendenga do IOF, mas se o governo se render à partidarização e o Congresso se desligar das bases sociais, onde há sofrimento e dívidas, o país será consumido por suas contradições.
As inovações
Entre as tantas inovações do prefeito Leo Moraes (Podemos) em sua administração, que acaba de completar meio ano, são as eleições distritais. O mais cobiçada, certamente será o distrito de União Bandeirantes, com uma população de quase 30 mil habitantes, densamente habitado, maior do que pelo menos 10 municípios rondonienses. Na Ponta do Abunã, a disputa mais acirrada poderá ocorrer em Extrema. Um distrito que teve sua transformação aprovada em novo município há quase 30 anos, mas sua emancipação foi barrada pelo Congresso Nacional que restringiu a farra de criação de novos municípios.
AS ÚLTIMAS OPINIÕES
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Kartódromo em Jipa
Com recursos oriundos de emenda paramentar do então senador Acir Gurgacz (PDT-RO), na ordem de R$ 10 milhões, o prefeito de Ji-Paraná Afonso Cândido está iniciando as obras do kartódromo regional, mais uma atração para a cidade, que já tem o Show Rural e a Expojipa movimentando o comercio. Nos últimos anos Acir foi o parlamentar que mais destinou recursos para a capital da BR, através de seus dois mandatos no Congresso Nacional, sejam para a infraestrutura, pavimentação de ruas urbanas, nas marginais da BR 364.
Deitando e rolando
Com os parlamentes bolsonaristas perdendo o palanque em defesa do agronegócio, com a obediência canina ao ex-presidente Jair Bolsonaro que fomentou o tarifaço dos EUA, quem está deitando e rolando em defesa do agronegócio em Rondônia é o senador Confúcio Moura (MDB). Com a faísca atrasada, os bolsonaristas estão mais zonzos do que cachorros perdidos em mudanças, no que tange aos posicionamentos sobre as medidas adotadas pelo presidente estadunidense Donald Tramp que tanto prejudica as exportações brasileiras. Lembrando que da bancada parlamentar rondoniense só Confúcio está defendendo o País nesta peleja.
A peregrinação
O ex-prefeito de Porto Velho Hildão Chaves (PSDB) tem peregrinado pelo estado, buscando composições para montar sua chapa na disputa do Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual, nas eleições do ano que vem. O tucano em todas as visitações a imprensa da capital e do interior tem ratificado sua disposição de concorrer ao CPA. Atualmente na presidência da Associação Rondoniense de Municípios, Hildon se dedica as causas do munipalismo. Ele tem como principal carta na manga seu prestigio na capital, onde deverá ser o mais votado, mas conta com bases também em Pimenta Bueno e Vilhena onde atuou, seja como promotor ou empresário da educação na década de 90.
A questão dos vices
A maior dificuldade para as composições entre os governadoveis rondonienses para as eleições do ano que vem é a composição das chapas. A fogueira de vaidades é enorme e ninguém está disposto a ceder a cabeça de chapa para outros e existe uma feroz resistência neste sentido. Ocorre que a candidatura de vice só é aceita por políticos do baixo clero, os que se consideram maiorais rejeitam a vice. Na história, foi assim com vices passados, a maioria era mesmo do baixo clero: Aparício, vice de Raupp, João Cahula, vice de Ivo, Airton Gurgacz e Daniel Pereira, vices de Confúcio e assim por diante. De todos, só Canuto, que foi vice de Piana era do alto clero, foi prefeito e deputado federal antes de postular a vice.
É coisa de louco!
As secretarias de ação social do prefeito Leo Moraes e do governador Marcos Ronha estão falhando miseravelmente no que tange ao trato aos menos favorecidos pela sorte em Porto Velho. Com isto o que se vê, é um aumento geométrico do número de mendigos, pedintes, doidos e drogados perambulando pelas ruas da capital. Uma situação que só vem se agravando nos últimos anos. Os prédios abandonados com seus esqueletos se tornaram refúgio para os excluídos. Que nossos mandatários assumam suas responsabilidades com esta situação!
Via Direta
*** Depois da mania de farmácias para todo lado, das barbearias, agora é a mania das academias proliferando por todos os quadrantes na capital rondoniense *** E com muitos maridos receosos com traições conjugais com as academias, muita gente de cabelos em pé*** Em breve, o lançamento da revista rural em Rondônia, articulado por colegas jornalistas de Porto Velho, destacando evidentemente o agronegócio, e as exposições agropecuárias *** Rondônia perdeu uma das suas melhores prefeitas da sua história, Maria Inês Zanol, vítima de câncer *** Ela liderou uma expressiva geração de prefeitas, como Lucia Tereza, de Espigão do Oeste, Sueli Aragão, de Cacoal, Daniela Amorim, de Ariquemes, Milene Motta de Rolim.
