Sebastian Van Stockum teria usado faca, martelo e socos; ex-colega relata que ele participou de aulas de Forense com simulações de respingos de sangue e estudos de esqueletos
Porto Velho, RO –
Sebastian Van Stockum, 20 anos, está preso sob fiança de 2 milhões de dólares após afirmar à polícia que matou sua mãe, Laura Williams, 55 anos, na noite de sexta-feira, em New Canaan, Connecticut. A ligação ao serviço de emergência relatando o crime partiu do próprio jovem, que disse: “Quero me entregar. Acabei de matar minha mãe e não sei por que fiz isso”.
De acordo com os registros policiais, a primeira chamada recebida pela central citou gritos de “Mamãe” vindos de uma área de mata próxima à Gerdes Road, perto da South Avenue e da Route 15. Logo depois, ocorreu o contato de Van Stockum, ainda mantido na linha quando os agentes chegaram à casa. Ele estava sentado no chão, com as mãos cobertas de sangue e segurando o telefone. O relatório descreve que o acusado chorou ao ser levado à viatura.
A mãe foi encontrada do lado de fora da residência, caída sobre uma poça de sangue. Próximo à cabeça da vítima havia um martelo com marcas de sangue. Os policiais realizaram tentativas de ressuscitação utilizando desfibrilador, porém sem êxito. A autópsia confirmou morte por ferimentos contundentes na cabeça e definiu o caso como homicídio.
Os documentos destacam que, ao ser questionado, Van Stockum declarou: “Tentei usar uma faca, tentei usar um martelo e usei os meus punhos”. Durante o atendimento médico, relatou ferimento em um dedo, mas recusou cuidados ao afirmar: “Mereço sofrer”. Em outro momento, segundo os registros, ele disse: “Eu estava causando problemas desde que nasci. Não tenho tempo para aliviar a pressão sobre mim, quero toda a pressão. Quero ser esmagado. Eu mereço ser esquecido”.
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Dentro da casa, os policiais encontraram móveis derrubados, manchas de sangue e objetos espalhados. Havia também marcas de sangue em portas internas e na porta traseira, descritas como vestígios de uma possível tentativa de fuga da vítima antes de cair no quintal.
O Ministério Público relatou que a vítima sofreu “trauma severo no crânio”. Já o advogado de defesa, presente na audiência no Tribunal Superior de Stamford, afirmou: “Isto foi um choque terrível, ninguém poderia ter antecipado ou previsto isto. Neste momento, há muitas pontas soltas, e tudo o que posso dizer é que ninguém deve se precipitar em julgamentos”.
A polícia informou que o acusado mora em Connecticut há cinco anos e não possui antecedentes criminais no estado nem em outros locais. Seu retorno ao tribunal está marcado para 3 de novembro. A investigação permanece em andamento com apoio da unidade Western District Major Crimes da polícia estadual.
Uma ex-colega de ensino médio disse à imprensa que estudou com Van Stockum em uma aula de Forense na New Canaan High School. Ela relatou que os alunos realizavam experimentos com respingos de sangue utilizando líquido artificial e aprendiam a identificar padrões em cenas simuladas, além de estudar esqueletos, analisar tecidos ao microscópio, verificar temperatura corporal para estimar momento da morte e assistir a documentário sobre cadáveres. De acordo com o relato, o ambiente das atividades lembrava “uma cena de crime de Jeffrey Dahmer”. A mesma fonte afirmou que Van Stockum tinha dificuldades sociais, inclusive ao buscar acompanhantes para o baile da escola.
As autoridades de New Canaan informaram que não há previsão de divulgar novos detalhes no momento.




