Produção do grão bate recordes históricos e expande fronteiras comerciais internacionais
Porto Velho, RO – A cafeicultura rondoniense tem consolidado sua relevância no cenário econômico estadual e nacional, com números que impressionam pela evolução constante e pelo impacto socioeconômico. O gráfico apresentado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) destaca uma impressionante trajetória de crescimento da produção de café no estado, que saltou de 85,4 mil toneladas em 2012 para 224,7 mil toneladas em 2023, evidenciando um aumento expressivo de 163% nos últimos 11 anos.
Entre 2022 e 2023, o crescimento de 11,5% demonstra a continuidade de um investimento estratégico na modernização e produtividade do setor. Desde 2017, quando a produção deu um salto considerável, passando de 90,3 mil para 140,8 mil toneladas, a curva ascendente da cafeicultura no estado reflete não apenas o empenho dos produtores, mas também as políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e a tecnologia agrícola.
A importância estratégica da cafeicultura
O desempenho recorde de 2023 se alinha à política de incentivo implementada pelo governo estadual, que priorizou a valorização da produção sustentável e o apoio técnico aos pequenos produtores. Segundo o secretário da Sedec, Sérgio Gonçalves, a agricultura familiar é o pilar dessa expansão, com foco na elevação da produtividade por hectare, o que contribui diretamente para o aumento da renda dos agricultores e a sustentabilidade econômica do campo.
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Os números do comércio exterior complementam o cenário promissor. O café de Rondônia movimentou US$ 89,39 milhões apenas entre janeiro e setembro de 2024. Os principais mercados consumidores, como Vietnã, Bélgica, Alemanha e Rússia, absorvem cerca de 68% da produção exportada, com o Vietnã liderando com 26% das compras, reforçando a internacionalização do produto rondoniense.
Impactos locais e desafios futuros
A distribuição dos lucros da cafeicultura é outro ponto de destaque. Municípios como São Miguel do Guaporé e Alta Floresta d’Oeste lideram a produção, com movimentações de R$ 520,38 milhões e R$ 261,38 milhões em 2023, respectivamente. A inclusão de outras cidades na lista, como Cacoal e Buritis, mostra a abrangência do impacto econômico em diversas regiões do estado.
Apesar dos avanços, o desafio para Rondônia será manter o equilíbrio entre a expansão produtiva e a preservação ambiental, garantindo que o crescimento não venha a comprometer os recursos naturais. Outro aspecto crítico será sustentar a competitividade internacional frente a outros estados e países produtores, especialmente com as oscilações do mercado global.
A série histórica apresentada pela Sedec reflete a força do agronegócio rondoniense e a importância do café como uma das principais culturas agrícolas. O estado segue em uma trajetória de crescimento e reconhecimento, colocando Rondônia no mapa das principais regiões produtoras de café do Brasil e do mundo.
AUTOR: INFORMA RONDÔNIA