Rondônia já respira 2026: fragmentação, alianças e a batalha acirrada pelo Senado

O estado prepara para uma disputa ao Senado onde promessas e alianças de última hora podem mudar o rumo das eleições

Por Informa Rondônia - segunda-feira, 11/11/2024 - 09h44

Porto Velho, RO – O processo eleitoral para o Senado em 2026, em Rondônia, traz um cenário político fragmentado e repleto de questionamentos sobre o que esse quadro de pré-candidaturas representa para o futuro da política no estado. Segundo análise do Rondônia Dinâmica, a disputa ao Senado promete ser uma das mais acirradas da história recente, levantando dúvidas sobre se essa pluralidade de candidaturas beneficia o eleitorado ou se reforça o jogo estratégico da política local.

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O cenário exposto mostra um panorama de lideranças diversas buscando espaço. No entanto, há um ponto a ser questionado: a multiplicidade de candidatos reflete um desejo genuíno de renovação ou é apenas uma continuidade do status quo disfarçada de mudança? Com um histórico de disputas intensas pelo Senado, a eleição se torna ainda mais imprevisível, à medida que várias figuras influentes competem pela preferência dos eleitores. Nesse contexto, surge a dúvida: onde estão as propostas concretas que abordam os problemas cotidianos do cidadão rondoniense, como saúde, educação e infraestrutura?

Marcos Rocha e o apoio conservador

O governador reeleito Marcos Rocha, do União Brasil, destaca-se como um possível candidato, tendo a seu favor a proximidade com Jair Bolsonaro, o que o alinha com o eleitorado conservador do estado. Contudo, a força dessa aliança é questionável, especialmente diante dos desafios enfrentados pela imagem do ex-presidente em meio a embates com o STF. Além disso, o apoio de Rocha concentra-se fortemente na capital, Porto Velho. A dúvida persiste se essa base será suficiente para uma campanha sólida ao Senado ou se ele poderá enfrentar limitações por sua concentração de influência na capital.

Hildon Chaves: influências e desafios políticos

Hildon Chaves, encerrando seu segundo mandato como prefeito de Porto Velho, surge com uma trajetória política marcada por altos e baixos. A recente derrota ao não conseguir eleger sua sucessora, Mariana Carvalho, sugere uma possível queda em sua influência. Embora ele presida a Associação Rondoniense de Municípios (AROM), é incerto se essa posição será suficiente para fortalecer seu prestígio. Caso ele opte pela corrida ao governo estadual, isso indicaria dúvidas sobre suas reais chances de sucesso ao Senado.

Fernando Máximo e a questão da fidelidade partidária

Outro nome que surge é o de Fernando Máximo, que ganhou visibilidade ao apoiar Léo Moraes nas eleições municipais. Porém, sua busca por um novo partido suscita dúvidas sobre a consistência de suas alianças políticas. A troca de legenda é vista por alguns como uma estratégia flexível, enquanto outros podem interpretá-la como oportunismo. Resta saber se essa postura como ‘candidato independente’ será suficiente para conquistar um eleitorado cada vez mais desconfiado das manobras políticas tradicionais.

Marcos Rogério e o futuro do bolsonarismo em Rondônia

A persistência de Jair Bolsonaro em apoiar Marcos Rogério para o Senado reflete uma tentativa de manter sua base política forte no Congresso. No entanto, surgem dúvidas sobre a capacidade do bolsonarismo de mobilizar a população em Rondônia, especialmente após a derrota em 2022. A questão central é se a população está disposta a apostar em um projeto político que, até agora, ainda não apresentou soluções para problemas locais.

Confúcio Moura: uma visão alternativa?

Por outro lado, Confúcio Moura se destaca como um candidato que contrasta com a predominância da direita, dado seu alinhamento com o governo Lula. Esse posicionamento pode trazer vantagens na captação de recursos, mas gera a dúvida sobre sua viabilidade em um estado majoritariamente conservador. Rondônia estaria pronta para uma opção de centro-esquerda, ou Confúcio teria que fazer concessões para garantir votos?

A força política do interior: Sílvia Cristina e Ivo Cassol

O papel de Sílvia Cristina, em aliança com Ivo Cassol, aparece como um fator importante, especialmente pelo apoio no interior do estado. No entanto, questiona-se se essa popularidade regional será suficiente para enfrentar os grandes nomes da capital. A questão é se essa aliança conseguirá converter apoio popular em votos no momento da eleição, considerando a fragmentação dos votos na capital.

A fragmentação política para as eleições de 2026 reflete as divisões internas do estado. Enquanto o bolsonarismo luta para manter sua base e a esquerda busca fortalecer alianças, os eleitores rondonienses enfrentam discursos políticos que frequentemente carecem de propostas concretas para questões urgentes.

A dúvida permanece: os candidatos estão realmente dispostos a ouvir os anseios da população ou apenas buscam consolidar alianças que perpetuem seu espaço no poder? Rondônia enfrenta um momento decisivo em que precisa escolher entre manter o atual cenário polarizado ou buscar uma nova via baseada no diálogo e no engajamento coletivo.

O eleitorado de Rondônia deve permanecer atento, pois as alianças que se formam agora definirão o futuro do estado.

AUTOR: INFORMA RONDÔNIA





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