Sérgio Gonçalves constrói cenário para sua reeleição ao Palácio Rio Madeira
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
21/11/24 – quinta-feira
Chama a atenção o silêncio de políticos bolsonaristas sobre as gravíssimas revelações da Polícia Federal por meio da operação na manhã de terça-feira (19) contra os responsáveis por planejar um golpe de estado e um plano para matar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmim, nas eleições 2022. Além do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O plano foi pensado e elaborado por militares das Forças Especiais (FE) do Exército, os chamados “kids pretos”. Os “kids pretos” fazem parte de um grupo formado por militares do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis. Os assassinatos de Lula e Alckmin seriam por envenenamento em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o ministro Alexandre de Moraes seria com artefatos de explosivo. Contudo, o que mais impressiona, mas não surpreende, é o silêncio dos políticos bolsonaristas em relação ao fato revelado pela operação da Polícia Federal. Neste caso, o procedimento padrão sempre é o silêncio por parte dos bolsonaristas.
Versão
A militância e os políticos bolsonaristas são enfáticos, estridentes e barulhentos quando se trata de divulgar uma narrativa, mesmo sendo uma mentira, mas se calam ou procuram uma nova versão quando a verdade aparece.
Urnas
O gabinete de criação de versões bolsonaristas segue um padrão para tentar mascarar a verdade e provocar silêncio da militância, vejamos: “As urnas serão fraudadas sem o voto impresso.” Neste caso, a versão dada é: “Bolsonaro perde as eleições, mas inúmeros aliados são eleitos para posições relevantes.
Eleições
Depois do resultado das eleições de 2022, a fábrica de fake news bolsonarista divulgou: “A eleição vai ser anulada.” O presidente Lula toma posse e Bolsonaro se torna inelegível. Novamente, a militância bolsonarista não percebe o óbvio e o silêncio prevalece.
Golpe
O movimento de 8 de janeiro que destruiu a sede dos Três Poderes em Brasília, para os bolsonaristas, “não houve tentativa de golpe de Estado, eram apenas inocentes protestando.” Contudo, diversas provas, trocas de mensagens e o envolvimento de políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), revelam o planejamento de um golpe de Estado.
Musk
Daí surge a seguinte polêmica: “Elon Musk vai garantir a nossa liberdade.” O ministro do STF Alexandre de Moraes faz valer a Constituição e tira do ar a rede social X, pertencente a Elon Musk. Diante dos prejuízos, Musk abre o escritório no Brasil conforme a Lei, paga a multa devida e segue sua vida. Bolsonaristas silenciam.
Julgue
E finalmente chegamos à última narrativa dada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL): “Pensar em matar alguém e planejar sem executar não é crime.” Espero que o povo brasileiro reflita e julgue nas urnas o comportamento da extrema-direita diante de todos os fatos e coloque um fim nessa polarização marcada pelo ódio, fazendo prevalecer o centro, centro-esquerda ou centro-direita nas eleições de 2026.
Favorável
É um caminho natural o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) – que acumula a pasta da Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDEC, construir um cenário favorável para sua reeleição em 2026.
Notabilizado
Como secretário da SEDEC, o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) tem se notabilizado pelo fomento ao empreendedorismo através da agenda de eventos e feiras para divulgação da produção de produtos e mercadorias no âmbito local e estadual.
Quebrar
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O maior desafio de Sérgio Gonçalves (União Brasil) é quebrar o tabu que nenhum governador conseguiu fazer o sucessor apoiado ou apontado. Neste caso, o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) tem a missão de apoiar e influenciar a reeleição de Sérgio ao Palácio Rio Madeira.
Influenciar
Falando em influenciar, o ex-governador Jerônimo Santana – quando em vida, não conseguiu emplacar o vice-governador Orestes Muniz (MDB) como governador. Depois, foi Ivo Cassol (PP) ganhou para o Senado nas eleições de 2010, mas não conseguiu reeleger o aliado João Cahulla (PP).
Exemplo
Outro exemplo é do senador Confúcio Moura (MDB), ele se elegeu senador quando deixou o Governo de Rondônia, mas não conseguiu transferir votos e eleger o candidato apontado por ele. Neste caso, o ex-deputado estadual Maurão de Carvalho (MDB), que disputou o Governo de Rondônia, não conseguiu nem chegar ao segundo turno nas eleições de 2018.
Destaque
O vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) conta como base de apoio no interior dos prefeitos eleitos pelo União Brasil, com destaque para Carla Redano em Ariquemes e Aldo Júlio em Rolim de Moura, além de outros que devem lhe oferecer apoio em importantes colégios eleitorais.
Apoio
No jogo, Sérgio Gonçalves (União Brasil) deverá atrair para si o apoio do PSD, com Juliana Fúria como candidata vice-governadora na sua chapa. O Podemos do prefeito eleito Léo Moraes também não está descartado para figurar na chapa majoritária.
Oposição
Os nomes da oposição rumo ao Palácio Rio Madeira deverão figurar Hildon Chaves (PSDB) ou Marcos Rogério (PL). Um deles será o escolhido para tentar impedir que o governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) faça o sucessor.
Rede
No livro de Brenda Kane “Um milhão de seguidores: como construir uma rede social impactante em pouco tempo”, São Paulo – Editora, 2020, ensina como chegar ao público-alvo, identificar onde se localiza e seus respectivos interesses.
Ferramenta
No referido livro, Kane sugere (página 78) recorrer ao Process Comunication Model (PCM) – ferramenta de observação comportamental – para desenvolver uma comunicação mais eficiente, influente, persuasiva e viral, fazendo com que a informação chegue às pessoas que desejam atingir, por sua vez, identificá-las.
Teste
A sugestão do Kane passou no teste social (página 76) e quero agradecer a centenas de advogados e estudantes de direito, em especial ao renomado advogado Ernande Segismundo, em relação à coluna de terça (19). Ele chamou a atenção para o erro da troca de “supremo” por “superior” em relação ao Supremo Tribunal Federal – STF.
Agradeço
No conteúdo, a possível Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), realmente Dr. Segismundo, não é o STF que move, apenas julga as ações. Agradeço novamente a sua colaboração e dos demais operadores de direito e estudantes que registraram os erros da coluna de terça (19).
Sério
Falando sério, o teste social sugerido por Kane – growth hacker para empresas – para tornar conteúdos virais nos espaços virtuais, apesar de colocar em risco a credibilidade e reputação por tamanha ousadia de quem escreve ou assume o papel de influencer nas redes sociais, permite identificar os leitores da coluna no meio jurídico mediante todos os questionamentos, comentários e prints de grupos de WhatsApp recebidos.
AUTOR: HERBERT LINS