O “todes” perdeu a eleição nos EUA
Prof. Herbert Lins – DRT 1143
07/11/24 – quinta-feira
A campanha presidencial dos EUA foi palco de intensos debates entre propostas progressistas defendidas pela candidata a presidente Kamala Harris (Democratas) e conservadoras pelo candidato a presidente Donald Trump (Republicanos). As pautas progressistas voltadas para saúde, educação, proteção à infância, moradia, pensamento woke e pautas identitárias, imigração – flexibilização das fronteiras, clima, redução de impostos e continuidade da política externa do governo Joe Biden (Democratas) – Pró-Israel e Ucrânia, dominou o discurso da candidata Kamala. Já o candidato Trump radicalizou suas propostas conservadoras desde que ocupou pela primeira vez a Casa Branca. Neste caso, ele defende políticas conservadoras e protecionistas que abrangem áreas cruciais como proteção à indústria nacional e ao agronegócio estadunidense. Em relação à imigração, Trump defende o fechamento das fronteiras e a deportação em massa de imigrantes. Na economia, defende menos tarifas, elevação das tarifas de importação e política externa de aproximação com a Rússia, distanciamento da China e fim do envolvimento em conflitos militares – Guerra da Ucrânia e a Faixa de Gaza. Na agenda social, ele combate o pensamento woke e pautas identitárias, além de cortes no Medicare (SUS estadunidense). Mas o que fez Kamala perder a eleição? Por defender a bandeira da continuidade de muitas políticas públicas voltadas para classes de baixa renda adotadas pelo presidente Joe Biden (Democratas); por receber críticas em relação à condução econômica do país – inflação e aumento do custo de vida, além do machismo estrutural e a defesa de parte das pautas woke e identitárias – a exemplo do “todes”.
Woke
O termo woke defende temas como igualdade racial e social, feminismo, o movimento e direitos LGBTQIA+, o uso de pronomes de gênero neutro como o “todes”, o multiculturalismo, o uso de vacinas, o ativismo ecológico e o direito ao aborto. Pautas que ajudaram a derrotar a candidata a presidente Kamala Harris (Democratas).
Econômica
Na agenda econômica, a candidata a presidente Kamala Harris (Democratas) defendia o fortalecimento das pequenas e a criação de um novo crédito tributário chamado “America Forward” no sentido de criar novos empregos em indústrias estratégicas importantes, a exemplo das indústrias do aço e ferro, biotecnologia, inteligência artificial, semicondutores, aeroespacial, automóveis e agricultura.
Social
Na agenda social, Kamala defendia novo crédito tributário infantil de até US$ 6 mil para famílias de classe média e baixa renda com filhos no primeiro ano de vida; crédito de US$ 25 mil para pagamento de entrada da primeira casa própria; fornecer créditos fiscais para famílias de classe média e baixa renda; perdoar dívidas estudantis e médicas; reduzir os custos dos medicamentos e ampliar o Medicare, ou seja, se assemelhar ao Programa Saúde da Família (PSF).
Casas
O que mais me chamou atenção dentro da agenda social da candidata a presidente dos EUA, Kamala Harris (Democrata), foi a proposta de construção de 3 milhões de novas habitações populares por meio de incentivo fiscal do Governo Federal. Neste caso, construtoras seriam isentas de tributação para casas vendidas àqueles que estão comprando imóveis pela primeira vez.
Criticada
Durante toda a campanha presidencial nos EUA, a candidata Kamala Harris (Democrata) foi criticada pelo aumento do custo de vida no país após um período de inflação alta. Neste caso, ela argumentava que algumas grandes redes de supermercados permaneceram com os preços altos, embora os custos de produção tenham se estabilizado. Fenômeno semelhante ao que ocorre nos nossos mercados, que o Governo Federal retirou os impostos da cesta básica e continuam caros nos mercados. Esse fenômeno também se manifesta nos postos de gasolina.
Medidas
Kamala chegou a defender adotar medidas em escala federal de proibição de aumento abusivo dos preços dos alimentos e mantimentos promovidos pelas grandes corporações que exploram injustamente os consumidores durante crises e emergências para aumentar seus lucros. Tal medida já está em vigor em 37 estados, incluindo Texas e Flórida.
Trump
Nas primeiras horas da madrugada de ontem (06), Donald Trump (Republicanos) fez um discurso dizendo que “é o momento de deixar as divisões dos últimos quatro anos para trás. É hora de nos unirmos. Nós vamos tentar, nós temos que tentar. E vai acontecer. O sucesso nos unirá.” Neste caso, ele defendeu a pacificação política e a união de todos em defesa do país e dos inimigos externos. Neste caso, o inimigo externo é a economia chinesa.
Guerra
O presidente eleito Donald Trump (Republicanos) falou sobre os conflitos mundiais em curso, afirmando “que eu começaria uma guerra. Mas eu não vou começar nenhuma guerra. Eu vou pôr fim às guerras.” Neste caso, acredito que encerrará os conflitos de Israel com os palestinos e da Ucrânia com a Rússia.
Parabenizou
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O presidente Lula (PT) parabenizou pelas redes sociais Donald Trump (Republicanos) pela vitória. Em entrevista ao senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e à senadora Leila Bairros (PDT-DF), no programa PODK Liberados, da RedeTV, Lula disse que espera uma relação civilizada com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
Negociador
Eu pergunto: qual o governo dos EUA conspirou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e deu início a guerras pelo mundo? Governos dos Democratas. Neste caso, Donald Trump (Republicanos) é um negociador como também é o presidente Lula (PT) – desde a época do sindicato no ABC Paulista, daí não acredito que teremos conspiração da CIA/Pentágono para fomentar a ruptura da ordem institucional no país.
Celebrou
A direita venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, celebrou a vitória de Donald Trump (Republicanos) e pede apoio para derrubar o ditador Nicolás Maduro (PSUV) na Venezuela e o restabelecimento da democracia no país. Coitados, Trump não interferiu na Venezuela no primeiro governo, não é no segundo governo que vai interferir quando ele reforça que “não quer guerra com ninguém”.
Empréstimo
Em sessão plenária, os deputados estaduais autorizaram o Governo de Rondônia a contratar empréstimos na ordem de R$ 1 bilhão de reais para custear um pacote de obras voltados para a malha rodoviária estadual, infraestrutura e terceirização. Sinceramente, muito me estranha esse pedido do Governo para contratação de empréstimo mediante o aumento da arrecadação e apresentação de superávit de receita mês a mês após aumento do ICMS.
Repassou
No início da atual legislatura da Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB), a Casa de Leis repassou R$ 81 milhões ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, sob o pretexto de minimizar o déficit previdenciário e dar continuidade aos pagamentos de aposentadorias e pensões.
IPERON I
Daí me causa estranheza o IPERON, por meio do Pregão – 90287/2024, abrir licitação no valor de R$ 2.812.455,00 milhões para contratação de empresa especializada em auditoria para analisar a conformidade nos benefícios dos servidores inativos e pensionistas vinculados ao referido instituto previdenciário. Não seria mais econômico o Governo de Rondônia abrir concurso para analistas e auditores previdenciários?
IPERON II
O IPERON, por meio do Pregão – 90373/2024, abriu licitação no valor de R$ 114.267,33 mil reais para contratação de empresa para execução de serviços de planejamento, assessoramento e execução da “I Corrida de Rua do IPERON”. Não seria mais fácil e econômico formalizar convênio com a SEJUCEL, Corpo de Bombeiros Militar ou uma faculdade de Educação Física para organizar e promover a corrida de rua?
Economicidade
Vale lembrar que na Coluna de terça-feira (05), divulguei que o IPERON publicou o Pregão Eletrônico n.º 90298/2024 para contratação de empresa especializada na prestação de serviços destinados à realização de censo previdenciário para a atualização da base cadastral dos servidores ativos e inativos. Por que não recorrer à SEGEP e a SETIC para realizar esse censo? Cadê a economicidade do governo do coronel Marcos Rocha (União Brasil)?
CAERD
Caro leitor, faltam só novembro e dezembro para o prefeito Hildon Chaves (PSDB) deixar o Prédio do Relógio, daí a CAERD deverá deixar de quebrar o asfalto e o abastecimento de água voltará à normalidade. Parece ser proposital a ação dos gestores da autarquia estadual para desgastar a imagem do prefeito Hildon junto à população portovelhense.
Mimo
O município de Pimenta Bueno, administrado pelo prefeito, delegado Arismar Araújo (Podemos), recebeu do Governo de Rondônia, através do DER/RO – (Diof – 05/11/24), um mimo no valor de R$ 10.743.433,22 milhões de reais. O recurso será destinado para pavimentação asfáltica. Neste caso, o mimo do governador Coronel Marcos Rocha é para ter o partido Podemos como legenda alternativa para as eleições de 2026?
Sério
Falando sério, um princípio fundamental da democracia é a alternância do poder, em especial, o reconhecimento das vitórias e das derrotas eleitorais. É importante, quando se perde uma eleição, reconhecer os resultados. Este princípio democrático distingue a democracia de governos autoritários ou tirânicos.
AUTOR: HERBERT LINS