OPINIÃO DE PRIMEIRA
Léo e a ‘febre’ das redes sociais; só Confúcio não quer a anistia; e os furtos de energia

Coronel Ferro: Rondônia perde mais um grande personagem da sua história recente

Por Sérgio Pires - quarta-feira, 19/03/2025 - 08h53

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Em muitas manhãs dos últimos anos, os frequentadores da  Padaria Pão Recife recebiam, principalmente nos finais de semana, na hora do café da manhã, uma visita especial. O Coronel Valnir Ferro, sempre caminhando ereto, com a cabeça firme, olhando nos olhos dos amigos e, mesmo aos 76 anos, ainda demonstrava ter muito daquela personalidade da nossa Polícia, um rondoniense da gema, que orgulhou sua farda desde o primeiro dia em que a vestiu e até o momento que, com todas as honras, foi para a Reserva. Falando baixo, com alguma timidez, mas sempre bem-humorado, Ferro era reverenciado por todos com quem conversava. Foi um homem público que entregou grande parte da sua vida à causa da segurança pública, dedicando a ela seus melhores anos. Não era de muitas palavras. Não gostava de ter que repetir histórias dos tempos em que polícia era polícia e bandido era bandido. Dos tempos em que uma farda da PM assustava os criminosos, que não eram pajeados por leis absurdas que os protegem e deixam as pessoas de bem sob seu jugo, reféns do crime. Nas poucas vezes em que tocou no assunto em público, o Coronel Ferro deixava clara sua tristeza ao ver os rumos que nosso País abraçou. Mas suas queixas eram reservadas a eventuais e rápidas conversas com os amigos mais próximos. Só sorria, quando alguém provocava, dizendo que ele devia voltar a cuidar das pessoas, porque nos seus tempos, sim, tínhamos segurança de verdade.

Na crise com o Acre, Valnir Ferro, que começara como membro da Guarda Territorial, em 1969 e tinha galgado todos os cargos na Polícia Militar, criada pouco depois, teve papel dos mais importantes. Foi ele quem comandou, a mando do então governador Jerônimo Santana, uma caravana de 98 viaturas, levando militares e civis, que “dominaram” parte da Ponta do Abunã, que o Acre estava tomando de Rondônia. O evento aconteceu entre a noite e o amanhecer de 13 de maio de 1989. Por pouco não houve um confronto entre representantes das polícias dos dois Estados. Exímio negociador, o Coronel Ferro falou firme, mas dando as condições para um acordo. No dia seguinte, por ordens vindas de Brasília, foi o Exército que tomou conta da área e os rondonienses puderam voltar incólumes. Meses depois, toda a área da Ponta do Abunã, incluindo os distritos de Extrema e Nova Califórnia, que estavam em litígio, foram entregues ao Governo de Rondônia, por decisão do Supremo Tribunal Federal. Foi um momento inesquecível deste policial que nosso Estado perdeu, nesta semana. Sua liderança, coragem e bom senso ficaram patentes. Dois anos depois, ele foi o primeiro rondoniense nato a comandar a Polícia Militar do seu Estado.

O Coronel Valnir Ferro morreu na madrugada de segunda-feira, levando consigo grande parte da história da nossa segurança pública das últimas décadas, incluindo o boom de crescimento do Estado; a corrida do ouro; o surgimento e o fim das gangues que dominavam várias regiões do Estado; a chegada de milhares e milhares de migrantes e o crescimento de uma terra a quem ele dedicou sua vida.  É um personagem inesquecível desta terra de Rondon. Não escreveu o livro que deveria ter escrito, mas em muitas das suas entrevistas, relatou o trabalho e contou detalhes da História que viveu e da qual foi personagem importante. A História que, certamente, lhe fará Justiça. O Coronel Ferro foi um grande rondoniense e nossa terra fica um pouco mais pobre com a ausência dele!

O MESMO DO MESMO: 70 MILHÕES EM REFORMAS DO ALUIZÃO. NÃO SERIA MELHOR INVESTIR NO FUTURO?

Dar pitaco, ainda mais quando envolve futebol, é coisa de todo o brasileiro. Com este blogueiro, não seria diferente! Por isso, vai daqui uma opinião contrária à reforma do Estádio Aluízio Ferreira, que vai custar cerca de 70 milhões de reais. Os primeiros 40 milhões de reais já estão em caixa, conseguidos por emendas da eficiente e dedicada deputada federal Cristiane Lopes. É um erro. Por que? Ora, reformar de novo o mesmo estádio, no mesmo lugar, sem pensar no futuro, é a melhor escolha? Espremido numa área hoje central da cidade, não seria muito mais lógico negociar a área central, caríssima certamente, por uma muito maior, digamos próximo à BR 364 e lá sim, com o dinheiro da venda do local nobre, construir um grande estádio não só para futebol, mas também para esportes olímpicos, pensando não só no agora, mas no que será Porto Velho daqui a 20, 30 anos? A imensa área do Aluizão, localizada no coração da cidade, poderia ser comercializada para grandes empreendimentos, como um novo Shopping, por exemplo, ou um condomínio daqueles de Primeiro Mundo, que a Capital, aliás, já comporta. Que grupo poderoso não faria um investimento tão grandioso como este, pagando alguns milhões de reais para se apossar da área?

Com o dinheiro da venda e com mais os 70 milhões que serão investidos numa reforma que, se sabe, não resolverá nem de perto todos os problemas para que tenhamos um grande estádio, se poderia pensar no futuro e, então sim, construir uma obra para as próximas décadas. Áreas imensas as há. E de sobra! Sem querer jogar areia no projeto de ninguém, mas já jogando, gastar tanto dinheiro no mesmo pequeno estádio, só trará uma certeza: daqui a pouco tempo precisaremos de mais outros 70 milhões para novas reformas. Porto Velho merece que pensemos em como as novas gerações poderão usufruir de um estádio completo. Uma pena gastar tanto para muito pouco!

UM PROJETO BASEADO NA OBSTINAÇÃO: GOVERNO ROCHA CONSEGUIU LEVAR NOSSOS PRODUTOS AO BRASIL E AO MUNDO

Já em 2019, primeiro ano do seu mandato inicial, o governador Marcos Rocha deixou claro que tinha uma visão ousada em relação à nossa produção e à nossa economia. Sua decisão foi a d levar os produtos de Rondônia não só para todos os cantos do Brasil. Ele queria ir além. A pandemia de 2020 e 2021 obviamente atrasou, por longo tempo, a intenção de fazer nossos produtos ultrapassarem  nossas fronteiras e chegar à mesa de consumidores mundo afora. Ao invés de desistir, Rocha utilizou esse tempo para aperfeiçoar os produtores e seus produtos, “preparando o terreno para um grande salto”, segundo suas próprias palavras. Foi a partir de 2022 que a teoria ousada passou para a prática. Rondônia começou a se destacar no Brasil e no exterior, inaugurando tempos novos de participação em feitas internacionais; em eventos que, a exemplo do que acontecia Brasil afora, destacava nosso café e o tambaqui, apenas para dar dois exemplos.

Nada aconteceu por acaso. Foi um período de grande esforço, liderado pelo Governador, mas com vital apoio do seu secretária de Agricultura, Luis Paulo e uma grande equipe, dedicada a levar ao mundo o que um Estado antes que aparecia só por más notícias, se tornasse respeitado muito mais por sua gente, seu agronegócio e sua produção de qualidade. Hoje, tudo mudou!

“O TAMBAQUI ARREBATOU O CORAÇÃO DOS AMERICANOS!” DURANTE A FEIRA DE PESCADOS EM BOSTON

Foi a partir daí que as coisas começaram a acontecer. O Estado passou a experimentou um crescimento explosivo, com produtos como café, amêndoa de cacau, castanha e peixe tambaqui se tornando estrelas das exportações. Logicamente ao lado da nossa carne verde, de qualidade reconhecida em todo o mundo, pelo gado criado no pasto e sem produtos químicos/. A economia do estado decolou! Mas os avanços não pararam por aí. Nesta semana, mais um périplo internacional está divulgando nossos produtos, numa comitiva liderada pelo próprio Marcos Rocha; com a participação do seu fiel escudeiro, o secretário Luis Paulo e do Sebrae, parceiros nos eventos. O grupo participa, em Boston, da maior feira de pescados dos EUA. Lá, Rocha e seu time promoveram um festival do tambaqui, que, segundo o Governador, “arrebatou o coração dos americanos”.

Mais dois eventos também fizeram parte da agenda, um deles em Nova York. Graças a esta série de iniciativas, de boa política, relações internacionais que estão se consolidando e muito de relações públicas, Marcos Rocha comemora os frutos que plantou lá atrás. Para se ter ideia do sucesso dos negócios, em apenas uma noite o próprio Governador liderou a venda de vários containers de tambaquis para o mercado americano. Os bons resultados não param. “Queremos escrever uma nova História para nossa Rondônia”, comemora, com entusiasta, o governador que sonhou alto e conseguiu concretizar seus sonhos para nossa economia.

LÉO BRILHA NOS VÍDEOS: AS REDES SOCIAIS SÃO NOVA FEBRE PARA ELE E MUITOS OUTROS POLÍTICOS

Há uma verdadeira febre de políticos usando as redes sociais para se comunicar com a população. Se poderia citar vários nomes, mas o que mais se destaca (aliás, é o campeão da modalidade desde a campanha eleitoral do ano passado) é o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes. Tem vídeo cobrando apoio da população para uma cidade menos suja. Tem vídeo no confronto com o Porto Velho Shopping, abrindo o estacionamento externo, contrariando os interesses do grande grupo que comanda o centro comercial. Tem vídeo abraçando a Bailarina da Praça, nova funcionária da Prefeitura que, finalmente, recebe as homenagens que sempre mereceu, pela figura que é e pelo que representa na sua cidade. Tem vídeo de Léo entregando caminhões para os produtotres rurais. Tem vídeo dele encenando uma luta com a figura da morte, tirando as mãos dela motoristas que teriam bebido no carnaval. Tem vídeo para todos os gostos, a maioria feita de forma criativa e de bom gosto.

Além de alguma teatralidade e boas informações, há vídeos que realmente são importantes para a imensa maioria dos porto-velhenses. O principal deles, dos últimos dias, foi festivo, mas sem dúvida surpreendente anúncio de que o preço da passagem dos ônibus na Capital saiu dos exagerados seis reais e caiu para a metade, ou seja, 3 reais. Léo garante, nas informações prestadas, que a medida foi tomada sem qualquer custo adicional para a Prefeitura. Mas como não existe milagre na vida real, não ficou claro quem vai pagar a conta, porque, é claro, alguém vai pagar a conta. Mas há que se tirar o chapéu para a movimentação, ligada na alta voltagem desde antes da posse, do novo Prefeito da Capital.  Até agora ele vai muito melhor do que se poderia esperar, em tão pouco tempo. 

ASSASSINOS DA VERDADE “INFORMAM” QUE HAVIAM MENOS DE 30 MIL PESSOAS NO ATO PELA ANISTIA DO RIO DE JANEIRO

A vergonhosa e lamentável mentira oficial, espalhada por boa parte da imprensa brasileira, imaginando que as pessoas são idiotas e facilmente enganadas, continua servindo de base para informações distorcidas, recheadas de opiniões baseadas em fatos falsos. O que aconteceu no último domingo, no Rio de Janeiro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados levaram mais de 400 mil pessoas para a praia de Copacabana, num dia de calor infernal no Rio de Janeiro, entristece as pessoas sérias, que ainda tinham alguma credibilidade na imprensa, ela cada vez pior, mais canalha, mais mentirosa, mais a serviço da mentira e levando a verdade definitivamente para um cemitério de covas sem fundo. Seria cômico, não fosse trágico, muitos veículos de comunicação que ainda têm um resquício de credibilidade, darem como verdadeira a “!informação” de que os cálculos da PM (400 mil pessoas) estavam errados e que o certo era a conta da USP, isso mesmo, do maior antro do esquerdismo e do comunismo do país, que num cálculo baseado em bobagens, anunciou que Bolsonaro havia mobilizado menos de 20 mil pessoas. Dá asco!

Infelizmente, há ainda brasileiros que se enganam com os discursos de que as coisas vão mudar e que voltarem à verdadeira democracia. Movimentos como os de Domingo só servem para fazer com que os poderosos, aliados a um Judiciário que, em suas cortes superiores, ignora a Constituição, tenham reações mais fortes, porque sabem que do Congresso, de onde deveria vir as decisões de proteção à democracia, nada se pode esperar. Muitos dos que discursam em Copacabana, correm o risco de serem acordados pela Polícia Federal de Governo ou parlamentares terão seus mandatos cassados?  

BANCADA FEDERAL QUER AUTORES DO VANDALISMO ANISTIADOS, MAS CONFÚCIO ACHA QUE HOUVE TENTATIVA DE GOLPE

Mais uma vez, de Rondônia, três parlamentares bolsonaristas dois mais fiéis,  estavam no Rio, participando do ato pela anistia do 8 de Janeiro. O principal deles, o senador Jaime Bagattoli, tem sido uma voz forte do onservadorismo rondoniense; de apoio ao ex-presidente da República e de repúdio às injustas condenações do 8 de Janeiro. O outro é deputado federal. O Coronekl Chrióstomo, com sua voz aguda e forte, tem sido constante em todas as movimentações políticas dos conservadores e da direita brasileira. O terceiro nome foi o do deputado federal Maurício Carvalho, coordenador da bancada federal de Rondônia no Congressio Nacional. A ex-deputada federal Mariana Carvalho também participou do evento no Rio de Janeiro. Marcos Rogério, sempre próximo a Bolsonaro, não esteve presente, porque preferiu cumprir agenda já organizada em Porto Velho. Tanto Bagattoli quanto Chrisóstomo têm proferido discursos e se mobilizado em favor dos projetos pela anistia dos atos de vandalismo do 8 de janeiro.

Embora tenha permanecido no Estado, o deputado federal Lúcio Mosquini regustrou um vídeo nas suas redes sociais, deixando claro se apoio à anistia e condenando as injustiças praticadas. Em discursos anteriores, os deputados federais Cristiane Lopes, Fernando Máximo e Thiago Flores também haviam feito protestos contra as condenações e pedindo a anistia. O mesmo, aliás, fez Marcos Rogério, por reiteradas vezes. O deputado Lebrão não se pronunciou e o senador Confúcio Moura já disse, publicamente, que houve sim uma tentativa der golpe de Estado no 8 de Janeiro.

POLÍCIA AGE NA CAPITAL E NOS DISTRITOS CONTRA FURTO DE ENERGIA: 26 FORAM PRESOS NOS DOIS PRIMEIROS MESES DESTE ANO

Apenas nos dois primeiros meses deste ano, 26 pessoas foram presas em flagrante pelo crime de furto de energia no estado. As prisões aconteceram em Porto Velho, Ariquemes, Ji Paraná, Cacoal e Vista Alegre (distrito de Porto Velho). Willian Rafael Morais da Silva, coordenador de Medição e Combate às Perdas da Energisa, explica que o furto de energia é crime, previsto no Código Penal, com pena de um a quatro anos de reclusão. “O furto de energia elétrica, conhecido como ‘gato’, é um crime que traz sérias consequências para toda a sociedade. A Energisa tem investido constantemente em tecnologias e ações para identificar e combater essas irregularidades, ao mesmo tempo em que busca conscientizar a população sobre os prejuízos que o furto causa a todos. Também reforçamos que existem alternativas legais para quem enfrenta dificuldades no pagamento da conta de luz, como programas sociais e negociação de débitos”, afirma. Com o furto, o estado deixa de arrecadar mais de R$ 10 milhões em ICMS, valor que poderia viabilizar, por exemplo, a compra de 75 ambulâncias modernas ou a construção de 60 casas populares.

Afora tudo isso, o furto de energia também pode ocasionar oscilações de energia, queimas de equipamentos e interrupções no fornecimento. Ainda impacta diretamente os consumidores que pagam suas contas em dia, já que os custos gerados por estas práticas podem elevar o valor da tarifa de energia para todos os consumidores. “Contamos com o apoio da comunidade para denunciar práticas ilícitas de forma anônima pelos nossos canais oficiais. Dessa forma, podemos garantir um fornecimento mais seguro, confiável e justo para todos os clientes”, reforça William Rafael. A população pode contribuir por meio de denúncias anônimas no 190 da Polícia Militar ou por meios dos canais de atendimento da Energisa: Site oficial: www.energisa.com.br e Chat Gisa: https://gisa.energisa.com.br/; App Energisa On, disponível para IOS e Android – Call Center: 0800 647 0120.

PERGUNTINHA

Se vc fosse questionado sobre um tema atual, em relação ao custo dos alimentos, qual é sua resposta à pergunta do presidente Lula, quando ele disse querer saber quem foi o “sem-vergonha” que aumentou tanto o preço do ovo?

AUTOR: SÉRGIO PIRES





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